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17/04/2009 - 11:12

Dilma Roussef promete estudar pleito do setor sucroalcooleiro do NE

Usinas pedem crédito de R$ 660 milhões para pagar fornecedores de cana e salários de trabalhadores.

Durou quase duas horas a reunião ontem entre a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, e os governadores de Alagoas, Teotonio Vilela Filho e Eduardo Campos, de Pernambuco. O encontro acompanhado pelo ministro José Múcio, das Relações Institucionais, e pelos presidentes de sindicatos do açúcar de Alagoas, Pedro Robério, de Pernambuco, Renato Cunha, e da Bahia, Carlos Gilberto, serviu para a apresentação de propostas dos empresários do setor sucroalcooleiro do Nordeste. Em dificuldades por causa da crise internacional, as usinas pedem um crédito de R$ 660 milhões, sendo R$ 360 milhões para pagamento de salários aos trabalhadores do setor durante os cinco meses de entressafra, a partir de maio e R$ 300 milhões para pagar os atrasados a fornecedores de cana.

O tempo da reunião e o interesse da ministra que chegou a discutir com os governadores várias alternativas para o atendimento do pleito foi avaliado como um bom sinal pelo governador de Alagoas. "Ela prometeu estudar, buscar saídas legais que possibilitem ao governo federal atender o setor. E ao fazer isso, o governo federal estará ajudando a manter empregos e a tranquilidade num dos setores mais importantes da economia nordestina. O arranjo da cana-de-açúcar tem para o Nordeste o mesmo peso que a indústria de automóveis tem para o centro-sul. E por conta dessas dificuldades, o setor precisa de uma ajuda emergencial. Não houve promessa, mas o compromisso de que a questão será avaliada e em breve a ministra nos dará um retorno, que espero seja positivo", afirma Teotônio Vilela Filho.

Para o presidente do Sindaçúcar-AL, o fato de a ministra ter demonstrado interesse pelo problema é extremamente positivo. "Ela gostou muito da proposta na medida em que não pedimos dinheiro para o caixa das empresas e sim crédito para pagar salários, um recurso que seria transferido diretamente para a conta do trabalhador. Já uma dificuldade inicial por conta da habilitação, vez que nem todas as empresas tem as certidões negativas exigidas pelos bancos oficiais. Ainda assim a ministra ficou de estudar alternativas e de avaliar inclusive a possibilidade de resolver essa questão através do orçamento da União", explica Pedro Robério.

Todas as possibilidades foram levantadas e discutidas durante o encontro. E segundo Pedro Robério o sentimento é de que o governo federal deve anunciar medidas efetivas nas próximas semanas. "A ministra nos disse que tem acompanhado de perto a situação do setor canavieiro do Nordeste. Ela esteve em Pernambuco no final do ano passado, conversou com fornecedores de cana e sabe que a nossa realidade é diferente do Centro-Sul e que por isso admite um tratamento diferenciado. Agora é esperar que os técnicos do governo apontem um caminho. Mas, se depender da boa vontade demonstrada pela ministra e do seu interesse eu diria que tivemos um bom começo", reforça Pedrono Robério.

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