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18/04/2009 - 10:52

Lloyd’s anuncia parceria de $35.000 voltada para a mudança climática


Lord Levene, presidente do conselho do Lloyd’s

Lloyd’s, o principal mercado especialista de seguros do mundo, anunciou no dia 17 de abril (sexta-feira), que está formando uma parceria com a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) para aumentar a conscientização sobre a mudança climática no país.

A nova parceria buscará ajudar empresas, órgãos do governo e indivíduos por toda a região a entender a mudança climática e como poderão responder e se adaptar às mudanças futuras.

Lord Levene, presidente do conselho do Lloyd’s, afirmou: “Para uma seguradora, pode ser que haja atualmente algumas preocupações maiores do que a mudança climática e, no Lloyd’s, percebemos mais o impacto dos fenômenos climáticos do que a maioria das pessoas. O Brasil sofre muito poucas catástrofes naturais, portanto, é essencial que trabalhemos com o governo e as empresas do Brasil para que se prepararem para o que pode acontecer no futuro.

“Mesmo com as catástrofes naturais sendo poucas, o Brasil já está começando a vivenciar eventos que são desencadeados pela mudança climática. Por exemplo, o sudeste do país tem visto um aumento de 58% na freqüência de precipitação pluviométrica nos últimos 100 anos, enquanto a Amazônia passou por uma seca em 2005.”

Israel Klabin, presidente do conselho de administração da FBDS, afirmou:

“A mudança climática é o problema mais importante que a humanidade enfrentará ao longo deste século e é a essência do trabalho da FBDS. Nossa parceria com o Lloyd’s é muito importante e com certeza contribuirá para aumentar a mobilização dos principais envolvidos no Brasil em relação a este assunto”.

O projeto continua a pesquisa que o Lloyd’s vem conduzindo sobre a mudança climática através de seu Projeto de Risco 360. O projeto se concentrará em quatro aspectos importantes:

Mudança climática global e eventos extremos no Brasil – este documento abordará como os efeitos da mudança climática global afetam a ocorrência de fenômenos climáticos extremos no Brasil, tais como enchentes e os impactos na sociedade brasileira.

Adaptação no setor agrícola do Brasil – o conhecimento de atividade rural tradicional permitiu aos fazendeiros entender quais cultivos são mais apropriados para suas terras. Com a mudança climática global (incluindo o aquecimento da superfície e a instabilidade pluviométrica), este conhecimento precisará ser revisado, pois os cultivos que foram adaptados para certas regiões terão que ser plantados em outros lugares para manter a mesma produtividade.

Risco e adaptação no setor energético do Brasil – a geração de eletricidade brasileira é altamente dependente das hidroelétricas. As mudanças na intensidade e distribuição da chuva durante o ano podem afetar o equilíbrio entre a oferta e a demanda. A diversificação da geração de eletricidade (sem aumentar a utilização de combustíveis fósseis) é o principal desafio para o Brasil neste setor.

Aumento do nível do mar e adaptação nas principais cidades litorâneas do Brasil – grande parte da população e infraestrutura brasileiras estão próximas do Oceano Atlântico. O Rio de Janeiro e o Recife são duas grandes cidades que podem ser altamente afetadas pelo aumento do nível do mar. Assim, para evitar grandes perdas, as empresas, o governo e a sociedade civil precisarão adaptar suas infraestruturas.

O relatório final será divulgado em uma cúpula e amplamente distribuído pelo Lloyds’s e a FBDS.

Perfil: Lloyd`s é o líder mundial de seguros especializados e detém a 5a posição em receita de prêmio de resseguro global, além de ser o segundo maior segurador de linhas de excesso de responsabilidade nos EUA. Em 2009, 74 sindicatos estão subscrevendo seguros no Lloyd`s, cobrindo todas as linhas de negócios de mais de 200 países e territórios no mundo. Lloyd`s é regulado pela Autoridade de Serviços Financeiros do Reino Unido.| http://www.fsa.gov.uk.

Perfil da FBDS - A Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1992 pela associação de 24 empresas brasileiras líderes, focada no conceito e na implementação do desenvolvimento sustentável. Seu conselho de administração combina uma sólida experiência corporativa com forte conhecimento técnico/científico. A FBDS já desenvolveu mais de uma centena de projetos relacionados à mudança climática, conservação e uso sustentável dos recursos naturais e sustentabilidade corporativa. Vale destacar a elaboração do Relatório Stern brasileiro (“A Economia da Mudança Climática no Brasil”) e vários estudos relacionados ao impacto das mudanças climáticas em relação aos recursos naturais brasileiros – água, florestas, biodiversidade, etc.

Mudança Climática no Brasil (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).: . Primeiro furacão registrado no Atlântico Sul - Catarina - em 2004, com chuvas fortes e ventos de aproximadamente 150km/h, matando 11 pessoas no continente e no mar e causando destruição em dezenas de cidades. | . Seca na região sudeste em 2001, que contribuiu para o racionamento de energia. | . Seca na região sul, em 2005 e 2006, com sérias conseqüências para a agricultura local. |. Seca na região amazônica em 2005.| . Diminuição na variação de temperatura, com aumento das temperaturas mínimas maior do que as temperaturas máximas em todas as regiões do Brasil, nos últimos quarenta anos.| . Na região sul, aumento na freqüência de dias quentes durante o inverno. | . Na região sudeste, aumento na freqüência de noites quentes e moderadamente quentes e diminuição na freqüência de noites frias. | Na região sudeste, aumento de 58% na freqüência de chuvas extremas em 100 anos. | . Em São Paulo, durante todo o ano, houve diminuição na freqüência de chuva com com acúmulo de menos de 5mm por dia, além de aumento na freqüência de chuva com acúmulo de mais de 30mm, majoritariamente em fevereiro e maio. | . Tendência positiva no número de dias com chuvas intensas (10mm) e muito intensa (20mm), concentrada num curto espaço de tempo, e a quantidade de chuva concentrada em uma única precipitação são indicadores do tipo particular de chuva que produz inundações, durante o período de 1961 a 2000. Estas tendências sugerem um aumento na intensidade e freqüência de precipitações pluviométricas nas regiões sul e sudeste.

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