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18/04/2009 - 11:37

Estudo da FGV revela: adulto analfabeto que aprende a ler aumenta a renda em cerca de 10%

Segundo os pesquisadores, o retorno financeiro é ainda maior no caso das mulheres, que pode chegar a cerca de 17%.

O Centro de Microeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da FGV realizou o estudo "Efeitos da alfabetização de adultos sobre salário e emprego", que revela dados sobre a relação entre alfabetização e aumento de renda.

A análise teve como base de dados a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2006 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ouviu mais de 1,6 milhão de pessoas das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Salvador.

Desse total, os pesquisadores da FGV Maúna Soares de Baldini Rocha e Vladimir Ponczek fizeram um recorte e levaram em conta os dados referentes às pessoas entre 25 e 65 anos de idade com até um ano de escolaridade. "Isso nos deixou cerca de 2.000 pessoas para avaliarmos", explica Ponczek.

Dados obtidos - O trabalho apontou que um adulto analfabeto que aprende a ler e escrever tem um aumento em torno de 10% em sua renda. Entre aqueles que são empregados formais - ou seja, com carteira assinada - o número passa para cerca de 15%.

“É importante notar que a formalização não possui impacto sobre o salário, o que sugere que os ganhos decorrentes da alfabetização ocorrem por causa do aumento de produtividade e não pelo fato de pessoas se formalizarem", destacam os pesquisadores.

Segundo a avaliação, o retorno financeiro é ainda maior no caso das mulheres: 17%, sendo essa diferença mais acentuada quanto mais velho for o indivíduo. Se para pessoas de 46 a 60 anos é de 15%, o retorno financeiro para as mulheres nessa faixa etária é de cerca de 25%.

Ponczek explica que a diferença entre os ganhos obtidos por um homem e uma mulher pode estar no tipo de trabalho desenvolvido: "Uma possibilidade é que, em geral, os homens analfabetos trabalham em setores manuais, como na construção civil, onde o ganho com a alfabetização não será muito grande. No caso das mulheres, o aumento é maior porque, se ela trabalha como empregada doméstica, a capacidade de leitura será importante e a valorizará".

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