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18/04/2009 - 11:49

LAAD 2009 discute combate à atividade pirata e uso de aeronaves não tripuladas

Rio de Janeiro- Dois momentos marcaram no dia 16 de abril (quinta-feira), a sétima edição da LAAD-Latin America Aerospace and Defence, que se encerrou no dia 17 (sexta-feira), no Pavilhão 3 do Riocentro.

No primeiro deles, no início da tarde, a INSITU, da Boeing, apresentou modelos de aeronaves não tripuladas que podem ser usadas em missões militares diversas. A empresa é uma das líderes em alta tecnologia de sistemas de baixo custo e longa duração e atua em vários países.

De acordo com o responsável pela área de Desenvolvimento e Negócios, Alex Pita, este sistema de aviões não tripulados (VANTs), já apresentado ao governo brasileiro, pode operar em diferentes situações climáticas, por isso atrai tanto a atenção das forças armadas do mundo todo. “As pessoas pensam que o veículo é o produto, quando na verdade, o produto em si é a informação que ele pode captar”, esclareceu Pita.

As aeronaves, com autonomia de voo de 16 horas, podem operar dia e noite (com infravermelho) e ter como base de lançamento de navios a pequenas embarcações. Além disso, sua utilização, segundo Pita, vem se mostrando bastante eficaz em bases terrestres. Eles são capazes de captar imagens em detalhes em operações como busca e salvamento, de vigilância etc.

Pirataria – Num segundo encontro, no Pavilhão 5, durante o II Seminário de Defesa, executivos das empresas DCNS e Denel Dynamics trocaram idéias no Painel “Novas Tarefas e Capacidade para a Defesa” com militares brasileiros e estrangeiros.

Ao abordar os ataques piratas a embarcações, Michel Perchoc, da empresa francesa DCNS, destacou os elementos principais do sistema de mobilização tática contra a pirataria que, segundo ele, é uma ameaça nova.

“A Marinha francesa está envolvida nos combates a esses ataques desde 2007, especialmente na zona principal, no Canal de Moçambique, situado no Oceano Índico entre a costa da África Oriental e Madagáscar. Infelizmente, essa luta ainda não se beneficia de um corpo doutrinário estabelecido. Temos contado com tecnologia, mas para o combate efetivo, são precisos ataques similares ao de um submarino, uma vez que o fator surpresa é essencial nesta luta”, afirma Perchoc. As ações são registradas numa área de até mil quilômetros da costa.

O executivo ressaltou ainda que os piratas atacam sempre de surpresa, mas são mal equipados e totalmente vulneráveis. “Eles são agressivos e têm comportamento inesperado. Para o contra ataque, temos que tirar deles o que eles têm de melhor, que é a informação sobre aquela determinada embarcação que eles pretendem dominar”, explica Perchoc ao ressaltar a criação de centros de coordenação naval voltados especialmente para este tipo de ação e a implementação de um eficiente e seguro sistema de comunicação onde as embarcações mercantes também podem colaborar.

O Coronel do Exército, Ian Van Vuuren, da Denel Dynamics, empresa da África do Sul que trabalha com tecnologia e transferência de tecnologia em mísseis, apresentou um modelo prático de programa de desenvolvimento tecnológico em conjunto com o Brasil para transferência de tecnologia. E ressaltou a importância em se ter o apoio do governo em qualquer programa para desenvolvimento de armas, já que os impactos dos riscos são grandes.

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