Baosteel acelera processo de consolidação industrial e adquire participação em rivais menores

A Baosteel Group Corp., maior produtora de aço da China, anunciou, em fevereiro de 2009, aquisição de 56,15% da rival de menor porte Ningbo Iron & Steel Co., em conjunto com a Hangzhou Iron and Steel Group, que adquirirá participação restante. A Baosteel também recebeu aprovação do governo para adquirir outra siderúrgica menor, a Baotou Iron & Steel Co..

De acordo com a nota da Carta da China, a China tem incentivado fusões e aquisições no setor a fim de aumentar competitividade e poder de barganha em negociações por minério de ferro. Estímulo ao processo de consolidação foi intensificado concomitantemente ao aprofundamento da crise internacional e seus impactos sobre a economia chinesa, entre eles a desaceleração significativa do setor automobilístico e dos investimentos no mercado imobiliário. De acordo com a China Iron and Steel Association, em três anos apenas cinco siderúrgicasdeverão ser responsáveis por 45% da produção chinesa de aço.

A compra de ativos da Ningbo pela Baosteel mostrou-se também relevante por ter sido uma das primeiras financiadas por empréstimos bancários, após regulamentação de dezembro de 2008 permitindo financiamento de fusões e aquisições por bancos comerciais. O China Construction Bank e o China’s Bank of Communications emprestaram, em conjunto, cerca de US$ 226,6 milhões do total de US$ 459 milhões investidos na Ningbo pela Baosteel. Em janeiro de 2009, empréstimo de US$ 240 milhões do China Development Bank para a CITIC Guo'an Group ampliar participação na Baiyin Group foi o primeiro realizado sob a nova lei.

Os principais beneficiários dos mais de US$ 5,8 bilhões em financiamentos para fusões e aquisições já disponibilizados foram grandes grupos estatais, reforçando o interesse do governo chinês em aprofundar processo de consolidação industrial em curso. Para 2009, a China planeja reduzir a produção de aço em 8%, fechando unidades produtivas com tecnologia ultrapassada e aumentando eficiência energética. | Carta da China/CEBC