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23/04/2009 - 11:24

Governo chinês confiante na recuperação econômica

Shanghai – O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, declarou no dia 17 de abril de 2009 que a economia chinesa está reagindo bem ao pacote de medidas tomadas em novembro de 2008, e posteriormente, com o intuito de fazer frente aos efeitos da crise econômica que afeta o mundo. O “premier” chinês observou que, apesar do crescimento econômico do país ter se situado no patamar de 6.1% no primeiro trimestre deste ano, o menor nível em 17 anos, os indicadores de investimentos, consumo e produção industrial são encorajadores.

No entanto, Wen mostrou cautela e ponderação ao advertir para o fato de que os efeitos da crise financeira internacional ainda estão a se espalhar mundo afora. Assim, a sociedade foi advertida dos efeitos de excessivo otimismo, o que foi reforçado na mesma data pelo presidente do Banco Central Chinês, Zhou Xiaochuan.

Essa posição cautelosa está baseada na constatação de que a solução dos problemas fundamentais do sistema financeiro mundial ainda não foi obtida e que, por conseguinte, a economia real mundo afora continua a ser afetada de maneira adversa. Como conseqüência, o líder chinês adverte que a recuperação econômica global pode ter um caminho tanto longo quanto tortuoso.

Wen declarou que a crise trouxe grandes e graves desafios à economia chinesa nas áreas econômica e social, como decorrência do declínio pronunciado nas exportações, capacidade ociosa nas indústrias, frustrações na política de geração de empregos e ineficiência na produção agrícola.

Contudo, ao falar no fórum asiático BOAO, realizado na semana passada na província de Hainan, Wen mostrou-se otimista a respeito do papel a ser desenvolvido pelos países da Ásia na recuperação mundial. Disse ele ser a Ásia o novo pólo da prosperidade mundial, o que parece ser uma constatação bastante acertada, tendo em vista os indicadores de desempenho econômico mais recentes.

De fato, nas previsões de Março do insuspeito Banco Mundial, publicadas dias atrás, apesar de uma revisão para baixo de 1.4%, estima-se que as economias em desenvolvimento da região asiática crescerão neste ano o importante percentual de 5.3 pontos, o que vem a corroborar plenamente a assertiva do líder chinês.

Segundo observou o “premier” Wen, “ a Ásia é hoje uma das mais dinâmicas e promissoras regiões na economia mundial. Juntos, compreendemos 60% da população mundial, um quarto da economia global e um terço do comércio internacional”.

O observador estrangeiro pode constatar, a olhos vistos, a procedência da análise do líder chinês. Se, de um lado, há um claro arrefecimento na atividade econômica retratado, por exemplo, pela queda dos preços dos aluguéis comerciais em Shanghai, de outro continuam muito ativas as obras de infra-estrutura e de construções civis.

Os supermercados e lojas estão cheios de consumidores chineses e os aluguéis residenciais permanecem muito altos. Os preços dos alimentos estão estáveis. Empregos são ainda gerados, embora num ritmo mais lento do que o do ano passado.

A China parece bem posicionada não apenas para a superação da crise econômica, como também para ser o principal agente da retomada global.

. Por: Durval Noronha Goyos Jr. – Sócio sênior de Noronha Advogados - Durval de Noronha Goyos Jr., uma das maiores autoridades mundiais em Direito Internacional, é também árbitro da Comissão Internacional de Arbitragem Comercial da China (CIETAC), do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) e da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Lingüista e lexicógrafo, Durval é autor de dicionários consagrados. Entre eles o Dicionário Jurídico Noronha, anglo-português, atualmente na 6ª edição e com mais de 60 mil exemplares vendidos, o Dicionário de Anglicismos, sucesso de crítica, e o Dicionário Empresarial Português - Mandarin PinYin, primeiro do gênero no Brasil, com mais de 3.500 palavras em português, inglês e mandarim PinYin, essenciais para as relações empresariais e jurídicas no mercado globalizado.

Coordenador do curso de pós-graduação em Direito Internacional da Escola Paulista de Direito, Durval Noronha tem mais de 40 outras publicações. A última obra publicada é O papel do advogado nas relações exteriores do Brasil, em que faz uma análise histórica contra a falta de clareza de atuação e descaracterização do advogado ao longo dos anos até o ineficiente modelo atual do Itamaraty como gestor das negociações comerciais do Brasil.

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