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24/04/2009 - 11:40

Errol Flynn Galeria de Arte realiza exposição e lançamento de livro do artista plástico Sérgio Telles


A Errol Flynn Galeria de Arte, em Belo Horizonte (MG), promoverá no dia 29 de abril (quarta-feira) o lançamento do livro “Sérgio Telles A Pintura da Coerência”, que reúne uma parte da obra do artista, como pinturas das cidades mineiras Ouro Preto, Mariana, Diamantina e Serro, além de alguns países como Portugal, França, Tunísia, Líbano e Malásia. O livro de 18 páginas mescla as obras de Sérgio Telles com poemas de Carlos Drummond de Andrade, consagrando uma harmonia entre obra e poesia, num jogo de cores, paisagens e palavras. Um dos poemas que estarão no livro, ‘Festa no Mangue’, foi criado especialmente por Drummond para uma série de águas-fortes realçadas à aquarela e têmpera pelo pintor.

Esse lançamento também marca o início de exposição no local– que se estenderá até o dia 23 de maio – com quadros de Sérgio Telles. Os preços variam entre R$ 4.500 e R$120.000. Algumas telas não estarão à venda. A entrada será gratuita. A curadoria é do jovem galerista Bruno Reis, que recebeu o convite devido ao seu extenso trabalho de pesquisa sobre a obra de Sérgio Telles. Ele mergulhou, durante quatro anos, pelas profundezas e belezas dos traços do artista brasileiro.

Sérgio Telles é considerado por críticos de arte um dos grandes artistas da atualidade. Já participou de exposições em vários países e possui obras em aproximadamente 30 museus espalhados pelo mundo. Abraçou a profissão de diplomata, sem perder a essência artística, que o possibilitou morar e conhecer diversos países. Aproveitou para retratar os locais por onde passou.

O nome do livro “Sérgio Telles A Pintura da Coerência” foi baseado em uma crítica escrita por Oscar D’Ambrósio, membro da Associação Internacional de Críticos de Arte, intitulada “Sérgio Telles A Pintura da Coerência”. O crítico diz sobre Sergio Telles que “...ele apresenta o seu trabalho com uma coerência interna admirável: pinceladas geralmente largas, pessoas sem rosto e criação de climas urbanos de intensa luminosidade ganham destaque”. (São Paulo, 2006).

As pinturas de ateliers são marcantes também no trabalho do artista. Oscar D’Ambrósio, no mesmo texto, diz que “Parece estar nessas criações a busca pelo segredo da criação. O ambiente do criador diria muito do artista? Sem dúvida, lá estão boa parte das matrizes que levam cada um a pintar”.

Minas Gerais - Em suas caminhadas mundo afora, Sérgio Telles encantou-se pela charmosa Minas Gerais. No carnaval de 1954 conheceu a intelectual família do casal Antônio Joaquim de Almeida, então diretor do Museu do Ouro em Sabará, e a escritora Lúcia Machado de Almeida. “Eles me apresentaram em deliciosas tardes em sua residência, em Belo Horizonte, obras de Guignard, Di Cavalcanti e outros importantes artistas”, afirma o pintor. “Aprendi muito em Minas, não só o valor paisagístico, arquitetônico e patrimonial das cidades históricas, mas o valor artístico delas”, diz.

. Perfil: Sérgio Telles nasceu em 1936, no Rio de Janeiro, e começou a pintar aos nove anos na Quinta da Boa Vista, orientado pelo paisagista Levino Fânzeres. Em 1954, participou, pela primeira vez, de um Salão de Belas Artes, agraciado com uma viagem à Bahia. No ano seguinte, realizou sua primeira exposição individual na galeria de arte da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Em 1957, Sérgio Telles viajou pela primeira vez para a Europa, e visitou os principais museus na Itália, França, Bélgica, Espanha, Holanda, Portugal e estagiou nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano. Depois de seu retorno ao Brasil, trabalhou nos ateliês de Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e Marie Nivouliès de Pierrefort, no Rio de Janeiro. Em 1964, ingressou no Ministério das Relações Exteriores por concurso público e, como diplomata, exerceu diversas funções em Portugal, Argentina, Síria, Angola, Japão, França, Malásia, Líbano, Suíça, Tunísia e Iraque.

Em 1991, Sérgio Telles foi convidado a participar do WAF – “World Art Forum”, em Veneza, com Jorge Amado, José Mindlin, Olavo Setúbal, Gilberto Gil e outras personalidades mundiais: Rufino Tamayo, De Kooning, Robert Rauschenberg, Carlos Fuentes, Octávio Paz, Ingmar Bergman, Costa-Gravas, Francis Coppola, Plácido Domingo, além de Ministros da Cultura, como Jack Lang, da França. Em 1992, figurou na exposição “Natureza: Quatro Séculos de Arte no Brasil”, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro; curadoria de Jean Boghici e Wilson Coutinho.

A obra de Sérgio Telles, desenhos, aquarelas, gravuras e pinturas realizadas naqueles países (paisagens urbanas, marinhas, mercados, bailes populares, interiores de seus ateliês) figura em museus importantes como o Carnavalet, o Beaubourg, o de Arte Moderna de Paris, Grenoble, Bordeaux, Lyon, Rouen e Marselha, o Petit Palais de Genebra, o Hermitage de São Petersburgo, o Pouchkine de Moscou, o MASP e a Pinacoteca de São Paulo, o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, a Fundação Gulbenkian e o Museu de Lisboa, o Bridgestone de Tóquio, o Albertina de Viena e o Palácio Kheireddine de Túnis.

Suas principais exposições foram organizadas por alguns desses museus e pelas galerias Wildenstein de Londres, Tóquio e Buenos Aires, Bernheim Jeune, « La Cave » e Claude Marumo em Paris, Perron em Genebra, Jean Boghici no Rio de Janeiro, Renato Magalhães Gouvêa em São Paulo, S. Mamede em Lisboa, Nuno Lima de Carvalho no Estoril, Fujikawa em Tóquio e Osaka, Stuker em Zurique, Hamadi Chérif Fine Art em Sidi Bou Saïd, Tunísia, e Arte 57 em São Paulo.

Textos sobre a pintura de Sérgio Telles foram escritos por críticos de arte e intelectuais como Bernard Dorival, Gaston Diehl, Raymond Cogniat, Arnaud d’Hauterives, Pierre Courthion, Pierre Seghers, Henri Dauberville, Jeanine Warnod (Paris), François Daulte (Lausanne), Antonio Bento, Jorge Amado, Olivio Tavares de Araujo, Ferreira Gullar, Fabio Magalhães, Carlos Drummond de Andrade, Mario Barata, Clarival do Prado Valladares, Ítalo Campofiorito, Fernando Morais, Oscar d´Ambrosio, José Roberto Teixeira Leira, Jacob Klintowitz, Gilberto Gil, Rachel de Queiroz (Rio e São Paulo), Gyorgy Sebestyén, Viena, Antonio Valdemar, José Carlos Vasconcellos, Fernando Namora (Lisboa), Rafael Squirru, Cesar Magrini, Eduardo Baliari, Sigmart Blum (Buenos Aires), Chisaburo Yamada, Yasuo Kamon (Tóquio). Estudos publicados em livros, álbums de gravuras e catálogos de suas exposições na França, Brasil, Suíça, Argentina, Portugal, Tunísia e Japão.

Museus e bibliotecas internacionais que possuem suas obrasMasp - Museu de Arte de São Paulo; Carnavalet, Nacional de Arte Moderna; Arte Moderna da Cidade de Paris, Grenoble, Lyon, Rouen, Limoges, Bordeaux, Caen, Cantini, Marselha; Grão Vasco, em Viseu; Nacional Soares dos Reis, Porto, Évora e Lisboa; Petit Palais, Genebra; de Arte Moderna e Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; Arte Moderna, Buenos Aires; Arte Moderna, Kobe; Bridgestone, Tóquio; Pouchkine, Moscou; Hermitage, São Petersburgo; Fundações Calouste Gulbenkian, Lisboa, Paris, e Fundação Hermitage em Lausanne; Galeria Nacional, Kuala Lumpur, Malásia; Graphischem Sammlung Albertina, Viena; Museu de Túnis e as Bibliotecas Nacionais de Paris, Tóquio, Rio de Janeiro e Lisboa.| Por: Maíra Rolim.

Vernissagem:“Sergio Telles A Pintura da Coerência”, dia 29 de abril (quarta-feira, às 20h, no Errol Flynn. Galeria de Arte - Rua Alagoas, 977. Savassi. Belo Horizonte, MG. .Preço de lançamento do livro: R$50,00 (somente no dia).

Exposição: Errol Flynn Galeria de Arte, em 29 de abril (junto com lançamento do livro), até 23 de maio, das 10 h às 20 h (segunda a sexta-feira) e das 10h às 14h (sábado) Entrada: gratuita. Telefone: (31) 3318-3830 / 3318-3807.

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