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24/04/2009 - 11:55

Investimentos em tempos de crise

Estamos presenciando uma grave crise financeira como tantas outras que já presenciamos e como tantas outras que ainda vão acontecer. Como sempre, as crises têm início, meio e fim. A economia mundial ainda vai levar um tempo para se recuperar. Mas, enquanto isso, qual a melhor alternativa para investir? Onde devo deixar meu dinheiro?

A resposta para estas questões começa na análise do orçamento familiar. É preciso avaliar se é possível fazer investimentos de longo prazo ou se haverá necessidade de utilizar os recursos no curto prazo. Para quem puder investir no longo prazo, os investimentos em renda variável passam a ser uma alternativa interessante, pois os ativos estão depreciados e, quando a crise passar, eles terão uma valorização que pode trazer retornos muito interessantes. Mas não se sabe quando isto vai acontecer. No caso do investidor que precisa resgatar suas aplicações no período inferior a dois anos, a renda fixa apresenta uma segurança maior e deve dar um rendimento real de 5% neste ano, o que na conjuntura atual é uma rentabilidade atraente.

Renda Fixa X Renda Variável

Em tempos de crise, os investidores tendem a fugir das oscilações do mercado de renda variável, e a palavra de ordem dos analistas tem sido “minimizar os riscos”. Assim, mesmo o investidor moderado deverá manter mais de 80% dos seus investimentos entre fundos DI, fundos de renda fixa indexados à inflação e CDBs. Apesar da trajetória descendente da taxa de juros (Selic), a renda fixa é uma boa alternativa para evitar riscos.

A Renda Fixa deve ser estimulada ainda pelas grandes emissões de títulos de dívidas, em especial de grandes companhias brasileiras que buscam alternativas para financiar suas operações, como emissões externas de dívidas, e emissões no mercado doméstico (debêntures e notas promissórias) pagando juros atraentes. A Bradespar, por exemplo, lançou debêntures com remuneração anual de 125% do CDI.

Mesmo considerando o potencial do mercado de renda fixa, não podemos descartar a possibilidade de recuperação parcial da Bolsa de Valores ainda este ano. Como os efeitos da crise internacional derrubaram literalmente o preço das ações, há espaço para recuperação destes preços caso a conjuntura econômica melhore ao longo do ano. Espera-se que a ação governamental, através de pacotes de estímulo à economia em diversos países, traga alguns efeitos positivos para economia mundial ainda em 2009.

Reforçando a estratégia de investir em ações de empresas brasileiras, há uma série de análises de gestores de fundos de investimentos de que o Brasil está no grupo dos países menos afetados pela crise e, consequentemente, estará entre os primeiros a sair dela.

. Por: Cláudio J. Carvajal Júnior – Coordenador dos cursos de Administração da Faculdade Módulo. É Master of Business Administration - MBA Executivo Internacional - pela Universidade da Califórnia (EUA), pós-graduado em Administração pela EAESP/FGV e bacharel em Administração de Empresas. Coautor do livro “Como sair do vermelho e se tornar um investidor de sucesso”.

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