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25/04/2009 - 10:21

Tráfico de seres humanos

Acontecimentos atuais envolvendo o tráfico de seres humanos remontam um passado nebuloso de nossa história, quando negros africanos foram tirados a força de sua pátria e vendidos como escravos para as classes burguesas. Os tempos passaram e a história se repete ações criminosas de grande violência contra o ser humano.

O tráfico humano é considerado, para o traficante, uma atividade de baixo risco e de alta lucratividade. Segundo estudiosos, é a terceira maior fonte de lucro do crime organizado, perdendo somente para o tráfico de drogas e de armas. Devido a uma série de fatores, como a pobreza, o desemprego e a desagregação familiar, torna-se um crime difícil de ser combatido. Assim, de vital importância é a informação, a integração e articulação de todas as instituições policiais, públicas e sociais para o enfrentamento desse crime.

Configura-se em tráfico de pessoas quem recruta, transporta, hospeda e acolhem pessoas, recorrendo à ameaça, à força, à coação, à fraude, ao engano ou outras formas de violência, com o objetivo de se beneficiar ou de obter lucro. Importa ressaltar que o tráfico acontece em todas as partes do mundo, podendo ser dentro de um mesmo país, entre países vizinhos e até entre continentes.

Frise-se que nessa atividade comercial ilegal há preferência étnica. No caso do tráfico de mulheres, buscam-se as originárias do Leste Europeu (Rússia, Ucrânia, Polônia, Kosovo) Sudeste Asiático e África (Gana, Nigéria e Marrocos), e são facilmente encontradas em prostíbulos da Europa Ocidental. No caso brasileiro, a preferência é por mulheres de cidades litorâneas, como Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Recife e Fortaleza. No entanto, há registros consideráveis de casos no Estado de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Pará.

O governo dos EUA estima que, a cada ano, entre 600 a 800 mil pessoas são tiradas de suas comunidades para serem exploradas em outros países, destas 80% são mulheres e 70% acabam na indústria do sexo. Matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, em 2005, registrava que cerca de 75.000 mulheres brasileiras estavam se prostituindo em países da Europa, segundo estatísticas da Fundação Helsinque.

Geralmente essas pessoas são transportadas para países da Europa, em especial, Espanha, Itália e Portugal; e países da América Latina, como Paraguai, Suriname, Venezuela e República Dominicana. As idades das mulheres recrutadas variam entre 15 e 25 anos. Relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho, registra que o lucro anual total produzido pelo tráfico humano gira em torno de 31,6 bilhões de dólares. Estima-se que, para cada ser humano transportado ilegalmente, de um país para outro, o lucro chegue a 13 mil dólares ao ano. Nota-se que, por envolver muito dinheiro, a grande dificuldade em combater esse tipo criminal.

. Por Eduardo Veronese da Silva, Licenciatura em Educação Física – UFES.Bacharel em Direito – FABAVI/ES.Instrutor e Mentor do Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD.Subtenente da PMES.Contato: telefones (27) 9863.9443 e (27) 3380.2730 PMES.| E-mail: [email protected] ou [email protected]

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