Um outro business verde

Um outro processo eco-compatível do inicio ao fim da vida e rentável.

Rock Port, no Missouri, é a primeira cidade norte-americana completamente alimentada com energia eólica. E desde o início de 2009 podem vender até 3 GW de energia a terceiros.

Esta cidade se localiza no meio da planície americana, entre o Missouri e o Mississipe, com 1.300 habitantes. No entorno da cidade foram instaladas quatro turbinas eólicas de 1,25 MW cada, que fornecerão um total de 16 gigawatt/hora no ano. Deste modo será possível utilizar 100% de energia limpa para alimentar casas, escolas, edifícios públicos e comerciais.

Mas não para por ai: a necessidade total anual da cidade está por volta de 13 gigawatt/hora, enquanto que o rendimento das turbinas chega a 16 gigawatt/hora. Os 3 gigawatt/hora produzidos além da necessidade serão vendidos a uma empresa pública.

A energia eólica parece então um bom negócio. Pesquisadores no campo da energia renovável da Universidade do Missouri estão convencidos.

Existem já 75 pás eólicas distribuídas no entorno de Rock Port e segundo os especialistas só os impostos pagos pela Wind Capital Group, empresa responsável pela gestão da “fazenda de vento” nesta região, produzirão mais de um milhão de dólares.

Outras empresas produtoras de energia eólica estão procurando na mesma região para a criação de novas instalações: segundo um mapa publicado pelo Departamento da Energia ( EUA) o norte do estado do Missouri tem o mais potencial no campo eólico do País, possuindo tanto o vento como os locais aptos a receberem turbinas. A cultura mais prospera do futuro parece ser o vento: não polui e os benefícios vêem redistribuídos para toda a população. O aluguel de um terreno para as turbinas, por exemplo, podem chegar entre 3 e 5 mil dólares, um negócio muito mais rentável que qualquer plantação.

É bem possível que em nosso País tenhamos regiões como Rock Port, com terras disponíveis e a vocação dada pela natureza para abrigarem as fazendas de vento e assim gerarem riqueza a ser distribuída, sem a necessidade de programas assistencialistas com fins eleitoreiros.

. Por: Valmir Mondejar, Engenheiro Industrial com pós-graduação em Economia (Univ. de Milão) e Sistemas da Qualidade (Fundação Vanzolini),, consultor da ERCL [ www.ercltda.com.br ] | [email protected].

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