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28/04/2009 - 08:41

As vendas de artigos de luxo deverão cair até 20% no primeiro semestre de 2009, segundo previsões da Bain & Company

Marcas lutam com o encolhimento da riqueza pessoal, cortes de preços no varejo e desaceleração do crescimento nos mercados emergentes.

São Paulo- A Bain & Company divulga uma atualização semestral de seu estudo Luxury Goods Worldwide Market Share (7ª edição) em resposta à recessão da economia global desde outubro 2008. O mercado de bens de luxo enfrentará uma redução nas vendas entre 15% e 20% nos dois primeiros trimestres de 2009 (taxa de câmbio constante), encolhendo para € 153 bilhões, em comparação aos € 170 bilhões registrados em 2008. A Bain acredita que o mercado mundial de artigos de luxo começará a se estabilizar na segunda metade do ano, o que resultará em uma queda líquida de 10% para 2009.

“O declínio deste ano está afetando tanto as empresas de bens de luxo de primeira linha quanto as que oferecem produtos de menor preço,” afirma a autora do estudo Claudia D’Arpizio, sócia da Bain e especialista no mercado de bens de luxo. “Os consumidores de artigos de luxo estão gastando menos, viajando menos e se sentem menos confiantes. Os fabricantes também estão sentindo os reflexos da forte pressão e redução de preços das lojas de luxo”.

A Bain estima uma queda de 15% nas Américas e de 10% na Europa e no Japão. Estes principais mercados de artigos de luxo representam mais de 80% das vendas mundiais. Mercados menores são mais promissores, com projeção de crescimento de 7% na China e 2% no Oriente Médio, mas estes ganhos terão um efeito pequeno em relação aos acentuados declínios nos principais mercados.

Entre as principais categorias de artigos de luxo, o vestuário sofrerá o maior impacto, com uma redução de 15%. Jóias e relógios deverão cair 12%, enquanto artigos de couro, sapatos e acessórios recuarão 10%. Cosméticos e perfumes de luxo serão as categorias que mais resistirão em 2009, com vendas de € 22.4 bilhões para cosméticos e € 18.4 bilhões para perfumes, números comparáveis com os de 2008.

As diferenças entre categorias refletem uma tendência entre os consumidores em optar por artigos de menor preço, permanecendo ainda fiéis às principais marcas. "Uma das maiores mudanças que observamos entre os consumidores é que ‘preço’ e ‘luxo’ não são mais sinônimos", observa Claudia. O estudo aprofunda as mudanças no comportamento e atitudes dos consumidores de artigos de luxo à medida que eles se adaptam à recessão global:

Optando pelo menor preço. Consumidores recém-ingressados no mercado de luxo, chamados de consumidores de “luxo acessível”, compram os artigos mais baratos das linhas de produtos.

Procurando por valor intrínseco. Os mais ricos, ou compradores de artigos de luxo “absolutos”, passam a valorizar a qualidade essencial dos produtos e sua durabilidade, ao contrário de seu conteúdo fashion.

Comprando com base na experiência. As experiências estão em voga. Os consumidores que valorizam os sonhos proporcionados pelas marcas de luxo, chamados de “consumidores aspiracionais”, estão tão motivados pelo serviço e eventos na loja quanto pelo produto.

Gastando discretamente. A ostentação é out. Os consumidores se interessam por produtos mais discretos, preferindo uma postura comedida em suas compras nas lojas de artigos de luxo

Procurando por desconto. Em todos os segmentos de luxo, consumidores agora esperam obter descontos maiores ao fim da estação ou procuram descontos nas lojas de departamentos e outlets.

Embora as empresas de artigos de luxo devam enfrentar maiores pressões em 2009, Claudia alerta para que elas evitem reagir com exagero às quedas previstas. A análise da Bain mostra uma tendência de crescimento contínuo, no longo prazo, no número de consumidores de bens de luxo com os novos segmentos emergentes, como: . novos consumidores abastados nos mercados emergentes, especialmente mulheres executivas | . homens mais dispostos a se conceder um ‘mimo’ | . gerações mais jovens com novos gostos e estilos

. número de pessoas com renda alta. De acordo com o estudo da Bain de 2009, “Riqueza Privada na China”, o número de chineses com renda alta (aqueles com mais de 10 milhões RMB, ou aproximadamente $1,5 milhão) deverá crescer 6% em 2009.

Claudia conclui que “as mudanças de valores e hábitos de consumo estão criando enormes oportunidades para as marcas conquistarem novos clientes e reforçarem seu relacionamento com os atuais. Embora a turbulência econômica dos dias de hoje exija uma boa dose de cautela com os preços, os fabricantes de artigos de luxo deveriam também ficar de olho no futuro."

Estudo da Bain “Artigos de Luxo no Mercado Global” - A Bain & Company, em colaboração com Altagamma - a principal associação comercial para a indústria de artigos de luxo da Itália - analisou o mercado e o desempenho financeiro de 200 das mais importantes empresas e marcas de luxo do mundo. A base de dados de empresas, conhecido como o “Observatório do Mercado Global de Artigos de Luxo”', tornou-se referência e é uma fonte muito procurada pela indústria internacional de artigos de luxo. A Bain publica anualmente as suas conclusões no seu estudo Worldwide Luxury Goods Market, publicado pela primeira vez em 2000.

Bain & Company - A Bain & Company, uma empresa líder de consultoria global, atende os clientes fornecendo informações sobre estratégia, operações, tecnologia, organização e fusões e aquisições. A empresa foi fundada em 1973 com base no princípio de que os consultores da Bain devem medir seu desempenho em função dos resultados financeiros de seus clientes. Os clientes da Bain têm superado o mercado acionário em 4 a 1. Com 39 escritórios em 26 países, a Bain já trabalhou com mais de 4.150 grandes multinacionais, empresas privadas e outras corporações em todos os setores econômicos. | www.bain.com.br.

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