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29/04/2009 - 09:41

Vale: redução de demanda contrai produção industrial no mundo neste 1T09


A Vale como a única fornecedora global do minério de ferro tem lidado com os efeitos dos cortes da produção de aço nas Américas e Europa, bem mais significativos do que em outras regiões do mundo. A produção de aço na Europa caiu 43,8% no primeiro trimestre de 2009 contra o 1T08, na América do Norte 52,1% e no Brasil de 42,1%, enquanto que na Ásia, apesar da profunda recessão japonesa, a redução foi de 8,9%. As Américas e a Europa responderam por 47,5% de todas as nossas vendas de minério de ferro em 2008.

Rio de Janeiro – A Companhia Vale do Rio Doce (Vale) vem administrando a produção de acordo com sua avaliação da evolução das condições de demanda no curto prazo. Diante da recessão global, a ênfase na flexibilidade operacional é complementada pela prioridade atribuída à minimização de custos.

De acordo com o comunicado da Vale, como produtora de matérias-primas destinadas às indústrias de transformação e construção civil, temos enfrentado redução de demanda sem precedentes derivada da substancial contração da produção industrial global.

“No caso específico do minério de ferro, como a única fornecedora global de fato a Vale tem lidado com os efeitos dos cortes da produção de aço nas Américas e Europa, bem mais significativos do que em outras regiões do mundo. A produção de aço na Europa caiu 43,8% no primeiro trimestre de 2009 contra o 1T08, na América do Norte 52,1% e no Brasil de 42,1%, enquanto que na Ásia, apesar da profunda recessão japonesa, a redução foi de 8,9%. As Américas e a Europa responderam por 47,5% de todas as nossas vendas de minério de ferro em 2008”, explicou.

Com poucas exceções, a produção de todos os nossos produtos apresentou declínio relativamente ao 1T08 e 4T08.

“Em resposta ao choque negativo na demanda por minérios e metais, paralisamos a operação das minas com custo de produção mais elevado e menor qualidade dentro do nosso universo e administramos a produção das outras unidades com flexibilidade.

A produção de minério de ferro no 1T09 atingiu 46,9 Mt12, o que implicou em decréscimo de 37,1%, relativamente ao 1T08 e 25,9% contra o 4T08.

A produção de Carajás alcançou 20,3 Mt no 1T09, com redução de 16,2% em relação ao 1T08, devido à parada na primeira semana de janeiro e durante o Carnaval. O minério de ferro de alta qualidade e baixo custo de Carajás representou 43,3% da nossa produção total no 1T09, contra 32,5% no 1T08. Tal mudança de composição é importante na medida em que resulta em redução do custo médio de produção e elevação da qualidade média.

Os Sistemas Sul e Sudeste, responderam por 79,8% da queda de nossa produção total de minério de ferro de 27,6 Mt contra o 1T08. Devido aos menores teores de ferro em relação à Carajás e no caso do Sistema Sul à necessidade de utilização de ferrovia de terceiros para transportar a produção até dois de nossos terminais marítimos – Itaguaí e Ilha de Guaíba – os custos são mais elevados. O Sistema Sudeste, que compreende os complexos de Itabira, Mariana, Minas Centrais e Urucum, foi responsável no 1T09 por uma produção de 16,6 Mt, o que foi 42,3% menor do que o 1T08. Urucum foi paralisado desde janeiro de 2009. O Sistema Sul, composto por Minas Itabiritos, Vargem Grande e Paraopebas, produziu 9,8 Mt no 1T09.

A demanda por pelotas tende a ser mais sensível a fatores cíclicos do que a de minério de ferro, dada sua importante contribuição para aumentar a produtividade na produção do aço. Para lidar com essa redução de demanda e evitar a formação de estoques excessivos, a Vale tem mantido em operação apenas as plantas de Tubarão I, Kobrasco e Vargem Grande. Dado o foco no mercado chinês, onde a demanda vem apresentando sinais de recuperação, as três plantas da Samarco já estavam operando ao final de março. Vargem Grande, que faz parte do projeto Itabiritos, iniciou suas operações no final do primeiro trimestre de 2009, produzindo 4.000 t. A usina está localizada em Minas Gerais e possui uma capacidade anual de produção de 7 milhões de toneladas métricas.

A produção de pelotas atribuível à Vale, onde os volumes produzidos pelas joint ventures – Hispanobrás e Samarco – são computados proporcionalmente à nossa participação acionária, atingiu 2,9 Mt no 1T09, sendo 73,4% inferior a do 1T08, de 10,9 Mt.

O volume de pelotas de alto forno produzidas no 1T09 totalizou 1,6 Mt e o de pelotas de redução direta chegou a 1,3 Mt.

Em conseqüência dos cortes previamente anunciados, a produção de minério de manganês totalizou 113,0 kt no 1T09, contra 491,0 kt no 4T08 e 541,0 kt no 1T08. A mina do Azul, nossa maior mina de manganês, ficou paralisada entre dezembro de 2008 e março de 2009.

A produção de ligas foi reduzida em 63,6% no 1T09 contra 1T08, alcançando apenas 48,0 kt. No 1T09, foi composta por 31,3 kt de ligas de ferro silício manganês (FeSiMn), 9,9 kt de ligas de ferro manganês médio carbono (FeMnMC) e 6,9 kt de ligas de ferro manganês alto carbono (FeMnAc).

Nossas plantas de ligas no Brasil foram paralisadas durante o mês de dezembro de 2008, tendo retomado suas atividades no início de 2009, à exceção de Urucum que permaneceu paralisada. A planta de ligas em Mo I Rana, Noruega, teve a manutenção de seu forno estendida até junho de 2009. As operações em Dunkerque, na França, foram interrompidas em agosto de 2008 devido a problemas com o forno elétrico e permanecerão inativas até abril de 2009.

Em resposta às condições prevalecentes no mercado global de níquel, a Vale tem promovido ajustes em seu plano de produção. Como os dados reportados em nosso relatório são de níquel refinado e o ciclo de produção do níquel é longo, estendendo-se por várias semanas, os cortes de produção já anunciados podem levar um trimestre ou mais para que sejam refletidos.

Nossa produção de níquel refinado chegou a 65,2 kt no 1T09, comparativamente a 73,2 kt no 4T08, resultando em queda de 10,9%. O volume produzido no 1T09 foi 7,3% acima do 1T08, quando nossa produção de níquel havia sido negativamente impactada pela mudança no fluxo de embarques necessário para alimentar a planta de Dalian, localizada na China, que começou a operar em abril de 2008.

Os dados de concentrado de níquel extraído das minas nos revelam declínio mais expressivo da produção no 1T09: quedas de 21,8% do volume de níquel contido em concentrado em relação ao 1T08 e de 15,5% contra o 4T08. A redução mais significativa ocorreu em nossas operações na Indonésia, onde chegou a 43,2% na comparação com o 1T08. Como conseqüência, a produção de níquel em matte – produto intermediário na cadeia produtiva do metal - diminuiu 19,4% versus o 1T08 e 6,4% contra o 4T08. Em Sudbury, nossa principal operação de níquel e onde a mina de CC South foi paralisada, o níquel contido em concentrado caiu 18,2% em relação ao 1T08.

A produção de níquel refinado em Sudbury, província de Ontário, Canadá, atingiu 22,4 kt no 1T09, 6,4 kt inferior a do 4T08. Além da paralisação de CC South, antecipamos a manutenção de um dos dois fornos da refinaria de níquel de Clydach 2 para o início de março. Esta mudança reduz a produção de pelotas de níquel e “powders” de níquel refinado e privilegia a produção de sinter de níquel, já que a demanda para a produção de níquel refinado na Ásia tem sido relativamente maior.

Anunciamos a parada por um período de oito semanas – de 1º de junho a 27 de julho – das operações das minas e plantas de Sudbury. Esta paralisação será antecedida por manutenção normal planejada durante o mês de maio.

A produção em Thompson, província de Manitoba, Canadá, foi de 6,3 kt no 1T09, resultando em queda de 6,7% em relação ao 1T08 e 16,6% contra o 4T08. Isto deu-se em função de algumas restrições na operação do smelter e da planta de processamento, conseqüência dos reparos praticados no conversor e o do comissionamento da nova infraestrutura de controle de emissões.

“ Não são computadas em nossa produção quantidades produzidas a partir de concentrado de níquel adquirido de outras companhias e processado externamente sob contratos de tolling. Esses volumes foram de 2,0 kt no 1T08, 2,4 kt no 4T08 e 1,8 kt no 1T09”,frisaram.

Parte do concentrado de níquel de Sudbury é refinado em Clydach. Os números para nossas operações em Sudbury e Thompson incluem apenas a produção originada em nossas minas, excluindo dessas quantidades todo o concentrado proveniente de terceiros que são posteriormente processados em nossas operações.

Voisey’s Bay, na província canadense de Newfoundland and Labrador, produziu 17,5 kt de níquel refinado. A operação de Voisey’s Bay é composta pela mina Ovoid e uma planta de processamento, que ficarão paralisadas durante o mês inteiro de julho.

“A produção de níquel contido em matte de nossas operações na Indonésia totalizou 15,6 kt no 1T09, contra 15,3 kt no 1T08 e 14,5 kt no 4T08. Desde o 4T08, a Vale cortou a produção de níquel baseada em energia gerada por óleo combustível, mantendo as operações alimentadas pela geração hidrelétrica de nossas plantas de Larona e Balambano, de custo bem mais baixo, fator muito importante no processamento de níquel saprolítico, que é muito intensivo no consumo de energia.

O matte, proveniente de Sorowako, é posteriormente processado em nossas plantas de Matsuzaka, Japão, e Dalian, China. O matte produzido na Indonésia é também vendido para as nossas joint ventures na Coréia do Sul (KNC) e Taiwan (TNRC). Dada a recuperação da demanda chinesa, a produção de níquel refinado aumentou ajudada pela utilização dos estoques de matte existentes em Matsuzaka e Dalian, o que explica o aumento da produção de níquel refinado com o minério proveniente de Sorowako, mesmo diante da queda da produção de minério e de matte no 1T09”,continuaram .

No 1T09, atingimos a produção de 3,1 Mt, 24,9% acima do volume registrado no 1T08, mas 13,1% menor que o recorde obtido no 4T08.

A produção atribuível à Vale em Trombetas foi de 1,6 Mt, ou 2,8% abaixo em relação ao 4T08 e 19,6% versus 1T08, influenciado pelo nosso programa de embarque para o ano.

A operação na mina de Paragominas, no estado do Pará, produziu 1,5 Mt no 1T09, 24,9% superior a do 1T08, uma vez que Paragominas II iniciou suas operações em maio de 2008.

Paragominas é conectada à refinaria de alumina pelo primeiro mineroduto de bauxita do mundo. A mina está operando a 60% de sua capacidade, já que desde o início das operações a bauxita produzida pela planta de processamento tem apresentado granulometria menor do que a adequada, dificultando a filtragem. Para corrigir esse problema, foram encomendados filtros adicionais, o que permitirá Paragominas atingir a capacidade nominal de 9,9 Mt a partir do 1S10.

A produção de alumina na refinaria de Barcarena totalizou 1,5 Mt no 1T09, contra 1,1 Mt no 1T08, um aumento de 40,0%, uma vez que os módulos 6 e 7 da refinaria de Barcarena entraram em operação em junho e julho de 2008, respectivamente, ampliando a capacidade nominal de produção de alumina para 6,26 Mt por ano.

A produção de alumínio passou de 132,0 kt no 1T08 para 121,0 kt, face à redução de atividades na Valesul. A produção da Albrás manteve-se constante em 112,0 kt enquanto que a da Valesul diminuiu em 11,0 kt, em linha com a nossa decisão de desacelerar as operações das unidades de custo mais elevado.

Em outubro de 2008, a Vale limitou a produção da Valesul a 40% de sua capacidade nominal de 95,0 kt por ano, nível suficiente para operar utilizando apenas energia própria. Em abril de 2009, a Valesul deixou de ter atividades de smelter de alumínio, transformando-se em produtora de tarugo, a partir do emprego de lingotes de alumínio primário e sucata comprados de terceiros.

A demanda por cobre tem se mantido relativamente mais forte do que as de outros metais base. Além das compras realizadas pela China Strategic Reserve Bureau, o consumo de bens duráveis e automóveis está liderando a recuperação do consumo de cobre na China. A produção de cobre da Vale permaneceu inalterada em relação ao 1T08, em 73,3 kt.

As operações canadenses - Sudbury, Thompson and Voisey`s Bay - produziram 38,5 kt de cobre, tendo sido 6,6% menor do que a 1T08. A redução foi determinada pela contração da produção de níquel nesses sites, tendo em vista que e o cobre é produzido como subproduto do níquel.

A produção de cobre em concentrado na mina de Sossego, em Carajás, foi de 29,5 kt no 1T09, contra 30,2 kt no 1T08.

Para completar a nossa produção, a Vale aumentou o uso de concentrado proveniente de terceiros para 5,4 kt de 1,9 kt no 1T08.

No 1T09, a produção de cobalto atingiu 713 toneladas métricas, com aumento de 15,8% em relação ao ano anterior, e 79 toneladas a menos do que no 4T08, em conseqüência da redução de produção de níquel no Canadá.

A produção de platina aumentou 10,7% no 1T09 versus 1T08. A redução a partir do 4T08 ocorreu devido à menor taxa de recuperação em Sudbury e do calendário de embarque para a refinaria de Acton, na Inglaterra, onde processamos os metais do grupo da platina.

Nossas plantas de processamento de metais preciosos de Port Colborne, Ontário, serão paralisadas entre 1º de junho e 27 de julho de 2009.

A produção de Taquari-Vassouras no 1T09 foi de 186,0 kt, 12,0% acima do valor registrado no 1T08 e 83,5% acima do que no 4T08.

Nossas operações de potássio foram temporariamente paralisadas em novembro de 2008. Porém, dada à redução de estoques e a demanda sazonalmente maior por potássio no Brasil, operamos a plena capacidade no 1T09.

No 1T09, a produção de caulim se reduziu significativamente refletindo os cortes previamente anunciados tendo chegado a 138,0 kt, contra 297,0 kt no 1T08 e 231,0 kt no 4T08.

A PPSA produziu 57,0 kt, uma redução de 59,4% sobre o 1T08, enquanto na Cadam a produção foi de 81,0 kt, queda de 48,3%.

“Nossa produção de carvão no 1T09 alcançou 950,0 kt, sendo composta por 511,0 kt de carvão metalúrgico e 439,0 kt de carvão térmico. A menor demanda por carvão metalúrgico - principalmente pelos tipos PCI e semi-soft – em conseqüência da contração da produção global de aço nos levou a priorizar a produção de carvão térmico durante o trimestre.

A produção da Integra Coal, localizada no Hunter Valley, Austrália, diminuiu 6,5% no 1T09 em relação ao 1T08. Sua operação compreende mina subterrânea que produz carvão metalúrgico do tipo semi hard por método de longwall e mina a céu aberto com a flexibilidade de produzir carvão metalúrgico e térmico. Dada essa flexibilidade, a Vale foi capaz de aumentar a produção na mina a céu aberto no 1T09. A produção de carvão de Carborough Downs totalizou 99,0 kt no 1T09, 5% acima do 1T08, como resultado da melhoria de desempenho operacional.

Broadlea atingiu volume de produção de 165,0 kt no 1T09, contra 106,0 Kt no 1T08. O carvão produzido nas minas de Broadlea e Carborough Downs é transportado pelo corredor logístico de Goonyella, que liga as minas de Bowen Basin, na região de Central Queensland, ao terminal marítimo Dalrymple Bay.

No dia 1º de abril, a Vale concluiu a aquisição de ativos de carvão térmico na Colômbia. Por isso, a produção de El Hatillo, que está em fase de ramp up, será adicionada ao relatório de produção da Vale a partir do 2T09”, concluíram em nota.

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