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29/04/2009 - 09:50

Entidade comunitária de Juruti, no Oeste do Pará, obtém reconhecimento internacional

Modelo de parceria entre a comunidade e a Alcoa é apresentado por integrantes do Conselho Juruti Sustentável a instituições de 10 países, na África do Sul.

A instalação de um grande projeto de mineração na Amazônia, acompanhado de forma intensa pela sociedade civil, está despertando o interesse da comunidade internacional. Dois integrantes do Conselho Juruti Sustentável-CONJUS participaram, de 30 de Março a 3 de Abril, do encontro “Direitos, Riscos e Responsabilidade”, em Joanesburgo, na África do Sul. Cerca de 30 representantes de instituições de 10 países, entre eles Inglaterra, Nigéria, Estados Unidos e Brasil, reuniram-se para avaliar experiências de relacionamento entre comunidades e empresas mineradoras.

O evento foi promovido pela London School of Economics and Political Science, universidade da Inglaterra dedicada à economia e à ciência política; CommDev, organização ligada à corporação financeira internacional; e a organização não-governamental Business Community Synergies, em parceria com a Alcoa Foundation.

O CONJUS foi representado por José Neto Vieira, coordenador geral do CONJUS e presidente do Movimento 100% Juruti; e Gustavo Hamoy, também integrante do Conselho e presidente da Associação Comercial e Empresarial de Juruti-ACEJ. Viviane Penna, analista de Relações Comunitárias da Alcoa, também participou do evento em Joanesburgo.

Além do CONJUS, outras experiências foram selecionadas, como a do Instituto Africano para Governança da Energia, da Uganda; a Fundação para Desenvolvimento Comunitário, de Burkina Faso; e Pró-Natura, da Nigéria. “Foi um fato muito positivo esse reconhecimento internacional do CONJUS como uma iniciativa inovadora, unindo comunidades e empresas de maneira sustentável”, avalia Fábio Abdala, consultor de Sustentabilidade e Projetos Sociais da Alcoa e representante da Companhia no CONJUS.

“Foi uma experiência muito valiosa sair de Juruti para outro continente e ter a oportunidade de conhecer outros programas de mineração. As mais antigas mineradoras de lá, com cem anos ou mais, sempre trabalharam em regime de exploração. A maioria das empresas não se acha no direito de contribuir com a questão social devido ao histórico da região. E aqui, nós funcionamos totalmente ao contrário”, reforça José Neto Vieira, do Movimento 100% Juruti.

Segundo ele, a apresentação do CONJUS chamou a atenção dos participantes e muitos demonstraram interesse em aderir a um modelo semelhante em suas respectivas localidades. “Essa experiência de apresentar o CONJUS num fórum internacional foi um termômetro para medir nosso trabalho, para saber em que pé está essa parceria. E, com esse contato que fizemos com outras pessoas, a gente tem a certeza de que estamos no caminho certo”, comenta Vieira.

Gustavo Hamoy revela que, ao conhecer as experiências de outros países, observou que as atuais condições de Juruti são excelentes e acima da média dos resultados demonstrados no evento. “A legislação do nosso País nos dá mais liberdade que a de outros países participantes. Sobre a abertura das grandes empresas com as comunidades, estamos bastante evoluídos nesse sentido”. O representante da ACEJ no CONJUS também destaca o pioneirismo do Conselho no mundo. “O CONJUS é uma experiência inédita em nível mundial porque engloba o poder público, entidades civis organizadas e empresas. Apresentamos nosso método de trabalho e todos ficaram bastante motivados em replicar esse modelo de sucesso”.

“No caso da participação do Conselho, foi estudada uma proposta de como o CONJUS pode desenvolver, em conjunto com a Mina de Juruti, um relacionamento positivo, criando condições favoráveis para o desenvolvimento sustentável do município. Esse treinamento serviu para fortalecer a sociedade civil”, conclui Fábio Abdala, da Alcoa.

Tripé de sustentabilidade - O Projeto Juruti Sustentável visa a atender aos três aspectos do tripé de sustentabilidade, vislumbrando o desenvolvimento regional: respeito ao Meio Ambiente, Responsabilidade Social e Sucesso Econômico. Identificada como uma das aspirações da própria comunidade de Juruti, a implementação deste modelo é uma iniciativa voluntária da Alcoa, que se soma a todas as demais ações em andamento, decorrentes de requisitos legais, para a implantação da Mina de Juruti (Planos de Controle Ambiental, Matriz de Compensação Coletiva do Assentamento Socó I) e às diversas outras iniciativas voluntárias da Alcoa, que compõem a chamada Agenda Positiva.

Criado por um trabalho conjunto entre o GVCes-Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, o FUNBIO-Fundo Brasileiro pela Biodiversidade e a Alcoa, o Projeto já vem sendo trabalhado com êxito. E, além do Sistema de Indicadores de Sustentabilidade e do Fundo Juruti Sustentável, que já teve sua primeira proposta de funcionamento apresentada, o Projeto conta com o Conselho Juruti Sustentável, um espaço público de diálogo entre as diversas partes interessadas no desenvolvimento local.

Os indicadores devem constituir bases para apoiar as tomadas de decisão do Conselho, que, por sua vez, recomendam ao Fundo orientações sobre prioridades, investimentos e apoios financeiros. Cada componente do Projeto conta com a participação ativa de representantes de organizações civis, poder público local e empresas. A expectativa é de que, uma vez implementado, este projeto se configure num bem público a serviço de toda a sociedade.

Alcoa - Há 44 anos no Brasil, a Alcoa Alumínio S.A. é subsidiária da Alcoa Inc., líder mundial na produção e transformação do alumínio, que atua nos mercados aeroespacial, automotivo, embalagens, construção, transportes comerciais e no mercado industrial. Além de alumina e alumínio primários, a Alcoa fabrica produtos transformados como laminados e extrudados, bem como rodas forjadas, sistemas de fixação, fundidos de superligas e de precisão, estruturas e sistemas para construções. A Companhia possui 97 mil funcionários em 34 países e integra pela sétima vez consecutiva o Índice Dow Jones de Sustentabilidade. A Alcoa foi eleita pela quinta vez consecutiva uma das empresas mais sustentáveis do mundo no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça e é uma das fundadoras da Parceria Americana pela Ação Climática (United States Climate Action Partnership - USCAP), uma associação composta por importantes companhias e ONGs ambientais norte-americanas que lutam pela redução significativa das emissões de gases causadores do efeito estufa.

Na América Latina e Caribe, a Alcoa conta com mais de sete mil funcionários e opera em seis estados brasileiros – Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina – incluindo uma nova mina de bauxita, que está sendo instalada em Juruti (PA). Possui operações também na Jamaica, Suriname e Trinidad & Tobago. Além das usinas de Barra Grande e Machadinho, a Alcoa tem participação nos consórcios das hidrelétricas em construção de Estreito, na divisa do Tocantins e Maranhão; e Serra do Facão, entre os estados de Goiás e Minas Gerais. A Alcoa está entre as “empresas mais admiradas do Brasil” em 2007, segundo pesquisa publicada pela revista Carta Capital e destaque no ranking das 500 Melhores Empresas da revista Dinheiro, em 2008. A mesma revista incluiu em 2009 a Alcoa em sua lista das 50 Empresas do Bem. Também foi reconhecida no Guia de Boa Cidadania Corporativa 2006, publicado pela revista Exame, nas áreas de Valores e Transparência e de Governo e Sociedade. Mais informações sobre a Alcoa podem ser encontradas no site www.alcoa.com.br.

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