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29/04/2009 - 10:51

Quanto vale um ponto comercial?

Um dos segmentos mais ativos no mercado imobiliário é o de compra, venda e locação de estabelecimentos comerciais, situação justificada pela cultura empreendedora dos brasileiros e também pela escassez de ofertas no mercado de trabalho.

O ponto comercial, local onde o empresário vende seus produtos ou presta seus serviços, constitui-se em parte do fundo de comércio, que é o conjunto de bens corpóreos (vitrine, maquinário, estoque) ou incorpóreos (ponto, nome, marcas, patentes) que compõem o exercício da atividade mercantil.

Abrir um negócio é uma tarefa relativamente fácil, porém, atrair os clientes e manter a empresa com lucro é um grande desafio. Todos os dias, com ou sem crise econômica, observa-se novos comércios sendo abertos ou fechados. São inúmeros os fatores que contribuem para o sucesso (ou fracasso) de um empreendimento, e sem sombra de dúvida o plano de negócios é o primeiro passo. E a definição do ponto comercial faz parte desta etapa.

Do ponto de vista legal, é importante verificar se o alvará está regular e pesquisar se há impedimentos ao proprietário do imóvel quanto à transferência. O contrato de venda e compra (ou locação, conforme o caso) deverá assegurar os direitos e deveres do novo dono de forma a estabelecer as condições de pagamento e exigir uma eventual transição do negócio. Além disso, deve-se saber se as atividades a serem desenvolvidas no local respeitam a lei de zoneamento do município. No caso de bares, restaurantes, farmácias ou clínicas pode ser necessário um alvará da vigilância sanitária e/ou do corpo de bombeiros. É importante verificar também se os impostos que recaem sobre o imóvel (como o IPTU) estão em dia, como é a legislação municipal que trata da instalação dos anúncios, entre outras providências burocráticas.

Quando a Arquitetura Funde-se ao Marketing - Para Silvia Rocha, sócia da Fabio Rocha Arquitetura, “tudo começa na identificação do público-alvo. Antes de qualquer coisa, é preciso saber como se comporta o cliente, qual seu estilo de vida e, principalmente, qual é a sua motivação e disposição para comprar”.

A partir destes dados será possível identificar a localização mais adequada e se o negócio requer ponto comercial em shopping, galeria, rua temática ou sala comercial, bem como a metragem ideal e, o planejamento da reforma. Sobre este conjunto de itens o arquiteto Fabio Rocha, destacou as providências que todo empreendedor deve tomar com seu negócio, novo ou em curso. Para ele, “num ponto de venda é essencial que os clientes se sintam ao mesmo tempo confortáveis e estimulados. A atmosfera do ambiente deve chamar atenção aos produtos de forma agradável, prazerosa”.

1. Escolha do imóvel: deve levar em conta o público-alvo e o tipo de mercadoria (ou serviço) que serão comercializados. A localização e metragem do imóvel precisam estar adequadas ao negócio.

2. Fachada: é ao mesmo tempo o cartão de visitas e o convite para a festa. A fachada é um grande elemento de identificação com o negócio e é através deste contato que o cliente decidirá pela entrada (ou não) no comércio. Muitas são as alternativas para se criar uma fachada convidativa: uso de cores e revestimentos diversificados, elementos volumétricos e cenográficos são algumas possibilidades.

Um cuidado importante é consultar a legislação municipal a respeito de normas de publicidade. Em São Paulo, a lei Cidade Limpa (como ficou conhecida) prevê que em imóveis com testada (linha divisória entre o imóvel e a via pública) inferior a 10 metros lineares, a área total do anúncio deverá ser de até 1,5 metro quadrado. Imóveis com testada superior a 10 metros poderão ter anúncios indicativos que não ultrapassem 4 metros quadrados e sua altura, a exemplo dos totens, não poderá ser superior a 5 metros do chão e deverá estar no lote do estabelecimento comercial.

3. Vitrine: o cliente conhecerá a mercadoria vendida a partir dela. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de preparar a vitrine. É preciso transmitir uma clara informação a respeito do que se poderá encontrar no interior da loja, sem, no entanto, transformar o espaço num catálogo, com excesso de exposição de produtos.

4. Layout: ao entrar no ambiente, o cliente precisa perceber com facilidade onde estão expostos os produtos. Na medida do possível, as áreas de circulação devem ser fartas, de forma a permitir ao cliente que conheça outras opções, sem que ele se perca, se confunda ou se aborreça. É muito importante estar atento a eventuais obstáculos nas áreas de entrada, provadores e caixa. O cliente precisa se sentir acolhido e não rejeitado. A exposição de produtos deve ser bem planejada, de modo que não haja exagero quanto ao número de itens expostos. É positivo contar com uma área para estoque e retaguarda – com criatividade consegue-se guardar a mercadoria sem perder área útil.

5. Iluminação: um bom projeto luminotécnico torna o ambiente mais produtivo, equilibra os contrastes e gera economia. Pode-se inclusive, utilizar diferentes luminárias e lâmpadas, adequadas a cada estação do ano, ambiente e cores (quentes ou frias) dos produtos. A iluminação pode ser uma grande aliada na formatação do projeto, pois ao mesmo tempo em que permite a humanização dos espaços, tem a função de destacar mercadorias. Um ambiente em penumbra é desagradável e o excesso de luz causa irritação, podendo desmotivar a compra.

6. Decoração: o uso de displays personalizados é uma alternativa na hora de decorar o ambiente. Além disso, do piso ao teto há soluções que além de funcionais, tornam o espaço mais bonito. Degraus, rampas, forros, sancas, nichos e balcões podem ser aproveitados como elementos decorativos. Quanto mais personalizado for o ambiente, maior será a possibilidade de identificação com a marca e fidelização do cliente. Os materiais utilizados têm que ser compatíveis ao negócio e adequados a cada ambiente, conforme o uso.

7. O uso das cores: a escolha das cores depende muito das preferências pessoais e características do espaço. Uma boa escolha pode disfarçar problemas ou destacar pontos fortes.

Fabio Rocha dá algumas dicas: para “elevar” o teto, pinte-o com uma cor mais clara que as paredes. Se quiser alongar um ambiente quadrado, a sugestão é que se aplique uma cor mais escura em duas paredes opostas. Em residências o bem estar deve estar acima de qualquer modismo, já nos espaços comerciais a adequação dos ambientes à imagem corporativa deve ser a principal preocupação e as cores são largamente utilizadas em estratégias para divulgação e fidelização da marca.

8. Temperatura: um sistema de refrigeração adequado é favorável à permanência no ambiente. Nem quente, nem frio - o cliente precisa se sentir confortável. Os modelos tipo Split são mais indicados, pois é possível controlar a temperatura por ambiente. Atenção especial deve ser dada aos provadores, pois é geralmente neste local que se dá a decisão pela compra.

9. Aromatização: já faz algum tempo que a aromaterapia saiu das páginas de revistas místicas e foi incorporada ao marketing como ferramenta de alavancagem de vendas e fidelização da marca. Muitas lojas já investem em aromatização de ambientes como forma de relacionamento com seus clientes. Muitos são os aromas a serem usados: lavanda, laranja (os frutais são muito bem aceitos), terra molhada, floresta, pão, entre outros, sendo primordial escolher aquele que melhor identifique os produtos vendidos e agrade o cliente, criando um vínculo com ele. Para valer-se deste recurso podem-se usar velas perfumadas, odorizadores de ambientes, sprays, entre outros.

10. Sonorização: fazer compras com uma música alta e estridente de fundo pode ser uma tarefa nada relaxante. Mesmo que o negócio seja para público jovem, é importante ter muito cuidado com a disposição das caixas acústicas, o volume do som e a escolha do repertório musical.

11. Segurança: para proteger o seu negócio todo cuidado é pouco! Câmeras de segurança permitem que de qualquer lugar do mundo se vigie os ambientes. Além disso, sensores de presença, controles de acesso e alarmes são antigos aliados. O projeto de layout precisa ser eficiente quanto ao posicionamento do caixa e estoque e também os acessos de clientes e funcionários.

Abrir e manter um negócio é um desafio para qualquer um. Independente da verba disponível para o investimento há muitos detalhes a se pensar. E nem se falou sobre o treinamento dos colaboradores, vestimentas, cordialidade no atendimento, opções para pagamento, embalagens, etc etc etc...

Fazer um bom nome no mercado é para poucos e persistentes empreendedores. Mas o resultado valerá a pena. Além das questões financeiras, o ponto comercial deve ser o local de realizações pessoais, um lugar onde se experimenta sentimentos positivos e recompensadores. Onde se faz amigos, onde se descobre coisas, onde se “cresce e aparece”. | Site: www.fabiorochaarquitetura.com.br

Os sócios.: Fabio Rocha - Diplomado pela tradicional Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Fabio Rocha atua desde 1993 em Arquitetura & Interiores. Cursos variados, relacionados às novas técnicas construtivas, materiais de acabamento, luminotécnica, decoração, feng shui, gerenciamento de obras, entre outros, o mantêm integrado às evoluções mercadológicas. Conquistadas experiência e credibilidade, assume através da Fabio Rocha Arquitetura o compromisso de superar as expectativas de seus Clientes, apresentando soluções inovadoras e práticas, com o melhor aproveitamento do capital investido.

Sílvia Rocha: Pós-Graduada em Negócios Imobiliários pela FAAP de São Paulo, Sílvia Rocha fortalece as áreas de Administração e Marketing da Fabio Rocha Arquitetura. Graduada em Psicologia, diversificou seus conhecimentos com cursos nas áreas de direito, administração e marketing. Seu objetivo é o constante aprimoramento na qualidade da prestação dos serviços da empresa. Sua experiência em gestão administrativa e sua visão geral do mercado possibilitaram a implantação de métodos modernos e eficazes, que garantem a qualidade e agilidade na conclusão e entrega das obras.

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