Por que as empresas investem em estandes cinematográficos?

Em um panorama de crise econômica internacional e pela necessidade das empresas ativarem seus canais de distribuição, as feiras tornam-se a melhor mídia presencial, permitindo a realização de negócios imediatos e de médio prazo.

As grandes feiras de negócios brasileiras quintuplicaram de tamanho. Em 1992 eram realizadas em uma área de 500 mil m2. Dezessete anos depois, em 2009, as 172 feiras previstas pela UBRAFE (União Brasileira dos promotores de Feiras) serão sediadas em 2,5 milhões m2 de área nos pavilhões. Em 2008 as feiras receberam 5 milhões de visitantes.

Segundo o calendário da UBRAFE, as grandes feiras de negócios de 2009 serão sediadas em 23 cidades, entre elas Natal (RN), que pela primeira vez figura no Calendário da entidade "Principais Feiras de Negócios do Brasil". Juntas, elas serão ponto de encontro para 4,6 milhões de visitantes e profissionais.

Os maiores players do mercado promoverão feiras de negócios em uma área total de 2,5 milhões/m2, palco da exposição de produtos e serviços para 35 mil empresas de todos os portes. Deste universo, 30% são grandes empresas, 30% médias, 30% micro e pequenas e 10% são expositores estrangeiros.

Um exemplo do sucesso desse setor é a M Checon, do empresário Marcelo Checon, 31, há apenas 4 anos no mercado. Fechou o ano de 2008 com 20 mil m² de estande construídos e milhares de projetos de cenografia acumulando um crescimento de 56% em relação a 2008.

Estima-se que essa movimentação gerada pelas feiras crie anualmente cerca de 200 mil postos de trabalho no país, sendo que 120 mil só em São Paulo, cidade que é a capital das feiras do Mercosul e sedia 75% das grandes feiras de negócios brasileiras.

Ao contrário do que ocorre com alguns seguimentos da economia, o marketing cenográfico prevê crescimento nos negócios. O segmento pertence à área de marketing promocional, que ano passado movimentou R$ 27 milhões no país, um aumento de 17,4%. E a estimativa, para 2009, da Associação de Marketing Promocional (Ampro) é de um crescimento de dois dígitos, como nos últimos anos.