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02/05/2009 - 08:09

'INCT em Sistemas Embarcados Críticos 'define os projetos prioritários e a oferta de cursos


Em workshop realizado na USP São Carlos, instituto recebeu o presidente do CNPq e representantes do Exército e da Polícia Federal, cuja a meta é desenvolver veículos autônomos para uso em defesa civil e na segurança pública.

Terminou no dia 30 de abril (quinta-feira), o I Workshop do INCT-SEC (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos). Mais de cem pessoas estiveram presentes na USP São Carlos durante os três dias do encontro. No Workshop, o INCT-SEC alinhou projetos de pesquisa e desenvolvimento de produtos, delineou os cursos que oferecerá já a partir de 2009 e avançou no diálogo para a cooperação com instituições e empresas.

O primeiro dia, 28 (terça-feira)foi destinado à apresentação dos grupos de pesquisadores das universidades vinculadas ao projeto. No dia seguinte, o INCT-SEC recebeu a visita do presidente do CNPq, Marco Antonio Zago. Ele compôs a mesa principal do Workshop e disse que o programa dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia representa uma grande oportunidade para o avanço e a aplicação das pesquisas científicas no país. Além disso, frisou a importância estratégica do INCT em Sistemas Embarcados Críticos, voltado para o apoio a setores como a segurança pública, a defesa, o agronegócio e o meio ambiente.

Ainda na quarta, empresas e instituições apresentaram suas demandas em relação aos domínios de atuação do instituto. Representantes do Exército e da Polícia Federal mostraram a necessidade que o Brasil tem de contar com veículos não-tripulados para fazer monitoramentos que colaborem com a segurança pública e a defesa do país. Também estiveram presentes representantes da Embraer e do ITAI (Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação), instalado na região da Tríplice Fronteira, no Oeste do Paraná.

“Vi um cenário muito promissor. Existe uma demanda impressionante por essa tecnologia. Temos o desafio de agregar conhecimentos para o desenvolvimento de soluções com a rede de pesquisadores que montamos, os parceiros e os potenciais parceiros”, afirmou José Carlos Maldonado, coordenador do INCT-SEC, presidente da Sociedade Brasileira de Computação e vice-diretor do ICMC-USP.

O terceiro e último dia do Workshop foi reservado para reuniões do Comitê Gestor do INCT-SEC e dos grupos de trabalho. Ficou acertado que o instituto dará prioridade ao desenvolvimento de três veículos não tripulados: um aéreo e dois terrestres com capacidade de cumprir missões de monitoramento de forma autônoma.

Além disso, o Centro de Treinamento e Ensino do instituto relacionou 30 cursos de formação de pessoal que podem ser ministrados pelas instituições acadêmicas envolvidas nos próximos anos, sendo que 13 devem ser oferecidos ainda em 2009. O primeiro será um curso à distância de Programação de Robôs Móveis, montado pelo ICMC-USP e pela PUCRS.

“Vamos cuidar com carinho da formação de recursos humanos e a motivação de novos talentos para o atendimento da demanda crescente do país nessa área de conhecimento”, declarou Maldonado.

O professor Raimundo da Silva Barreto, do grupo de pesquisa da Engenharia da Computação da Universidade Federal do Amazonas, ressaltou a importância do trabalho do instituto para a região. “Na Amazônia, os veículos autônomos que empregam sistemas embarcados críticos são fundamentais para monitoramentos na fronteira e no meio ambiente”.

O Comitê Gestor do INCT-SEC deverá se reunir novamente no começo de junho. Até lá, os representantes do instituto vão manter novos contatos com instituições como o Exército, a Polícia Federal e a Embraer para tratar de possíveis cooperações.

O INCT-SEC é uma rede nacional com mais de duzentos pesquisadores vinculados à USP São Carlos (sede do projeto), à UFSCar, à Poli-USP, USP Leste, Unesp de São José do Rio Preto, PUCRS, Universidade Estadual de Maringá, Universidade Federal de Goiás e Universidade Federal do Amazonas. Instituições como Embrapa, Inova e CTI (Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer) e empresas como Orbisat, AGX e Aeroalcool também fazem parte do instituto.

Sistemas embarcados críticos são módulos computacionais de monitoração e controle empregados em veículos autônomos, que podem, por exemplo, beneficiar a agricultura, auxiliar a proteção ao meio ambiente, a defesa e a segurança pública.

[Fotos: José Carlos Maldonado, coordenador do INCT-SEC e Raimundo Barreto, professor da Universidade Federal do Amazonas.].

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