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05/05/2009 - 11:15

Cabral lança candidatura do Rio de Janeiro a Patrimônio Cultural da Humanidade


A exuberância natural do Rio de Janeiro, cidade incrustada entre o mar e montanhas cobertas de florestas de Mata Atlântica, combinada com as interferências do homem e manifestações culturais, pode transformar a capital fluminense em Patrimônio Cultural da Humanidade da UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) na categoria Paisagem Cultural.

O governador Sérgio Cabral, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, junto com a Associação de Empreendedores Amigos da UNESCO e a Fundação Roberto Marinho (FRM), lançaram,no dia 4 de maio (segunda-feira), no Palácio da Cidade, a candidatura do Rio a Patrimônio Mundial.

Em 2011, será dado o passo mais importante para que o Rio de Janeiro seja declarado Patrimônio Cultural da Humanidade. O Comitê Institucional formado por representantes das três instâncias de governo já trabalha na elaboração do dossiê que será protocolado no escritório da entidade no Brasil e aguardará o retorno para ajustes e reconhecimento da candidatura. Se for declarado Patrimônio Mundial, o Rio será a primeira grande cidade a conquistar o título de Paisagem Cultural.

A principal condição para um bem se tornar patrimônio mundial é a interação entre as três esferas do governo para garantir a conservação do bem, após o seu tombamento pela UNESCO. Esse quesito o Rio de Janeiro já conquistou. Paralelamente, na solenidade que reuniu autoridades federais, estaduais e municipais, representantes da sociedade civil e do empresariado realizada esta manhã, também foi lançada a logomarca da campanha.

Visivelmente emocionado, o governador Sérgio Cabral destacou a combinação da paisagem com o ser humano (o carioca nato e o sentimento carioca de todos os brasileiros e estrangeiros que aqui vivem) como a principal marca da candidatura do Rio a patrimônio mundial. Sem se esquecer das contradições, mazelas e problemas da cidade, Cabral lembrou que ainda assim, somos todos protagonistas e citou a comunidade do Santa Marta como sinônimo do Rio que a “gente sonha e que está acontecendo de verdade”.

- Essa, sem dúvida, é uma candidatura a que o Rio faz jus. A combinação da paisagem da cidade feita por Deus e os seres humanos que habitam esta terra com sua cultura, esporte, bem-viver e gosto pela vida. A cidade que foi a primeira sede de um império no mundo, uma cidade que produziu a bossa, o Garrincha, o Maracanã e as escolas de samba. A combinação dessa face humana e com a face da beleza estética só o Rio tem - destacou Cabral.

Para o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, o Rio de Janeiro é um exemplo único de paisagem cultural, exuberância e singularidade no mundo e que deve ser valorizada, preservada e conservada.

- Essa integração entre a cultura e o ambiente também vai reforçar não apenas a auto-estima do carioca, mas de todo o Brasil e será uma plataforma de revelação e de exposição do Rio de Janeiro de forma muito positiva - explicou Luiz Fernando.

O título de Patrimônio Cultural da Humanidade atrai investimentos privados e públicos, facilita a captação de recursos de organismos internacionais e fomenta o turismo, um dos principais setores da economia no Rio de Janeiro.

O programa de classificação visa catalogar e preservar locais de excepcional importância cultural ou natural, como patrimônio comum da humanidade. No Brasil, 17 sítios são considerados Patrimônio Mundial: os centros históricos de Ouro Preto, Olinda, Salvador, Diamantina, São Luis e Goiás, as Missões Jesuíticas Guarani, o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, o Parque Nacional do Iguaçu, o Plano Piloto de Brasília, reservas de Mata Atlântica do Sudeste e da Costa do Descobrimento, os parques nacionais do Jaú, do Pantanal, das Emas e da Serra da Capivara, a Chapada dos Veadeiros, Fernando de Noronha e Atol das Rocas.

Também participaram de cerimônia, entre outros convidados, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, a coordenadora técnica do Iphan, Cristina Lodi, o presidente da FRM, jornalista José Roberto Marinho, a representante da UNESCO no Brasil, Jurema Machado, e o presidente da Associação de Empreendedores Amigos da Unesco, Nizan Guanaes. | Por: Rafael Masgrau/Secom

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