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06/05/2009 - 08:37

Boas perspectivas para a hotelaria

Resorts e hotéis de negócios acreditam que a crise possa gerar crescimento.

As notícias preocupantes que circulam sobre a crise econômico-financeira global e o seu impacto no Brasil tendem a fazer com que as pessoas em geral prevejam um período negativo para esse ano. No entanto, analisando os últimos acontecimentos podemos ver que 2009 será um ano difícil, mas com boas perspectivas para o mercado hoteleiro.

No caso dos resorts, que são essencialmente voltados para o público de lazer, mas também atendem a uma parcela importante do segmento de convenções, a queda do dólar nos últimos anos fez com que o Brasil ficasse caro demais para os estrangeiros e os destinos internacionais ficassem baratos para o mercado doméstico, o que consolidou uma queda significativa para os negócios desse segmento. Com a crise, a moeda norte americana teve um aumento substancial e esse quadro reverteu-se, tanto para os turistas brasileiros quanto para os estrangeiros. O mercado de eventos vem seguindo a mesma lógica. E 2009 deverá ser apenas o inicio dessa retomada.

O diretor geral do resort SERHS Natal Grand Hotel, Jan Von Bahr, enxerga um período promissor: “Será um ano com mais dificuldades, mas com grandes oportunidades no mercado de lazer e convenções. Já criamos programas de incentivos para os organizadores de eventos, para os agentes de viagens, como estratégia para transpor esses obstáculos. Esperamos um crescimento significativo para os dois segmentos, principalmente no que se diz respeito ao mercado nacional. Acredito que a América do Sul é um dos poucos continentes do globo que pode estar mais confiante esse ano. A maioria dos países conquistaram a estabilidade econômica há pouco mais de 10 anos e esses períodos de crise são muito recentes na memória da população, que não fica paralisada, como acontece em outros países. Este comportamento acaba beneficiando a economia.”

Outro resort tradicional do Brasil, o Jatiúca Hotéis & Resort, em Maceió, anda bem otimista. Para o diretor geral, Frederico Melo, o resort alagoano começou o ano de 2009 com o pé direito. Os bons resultados podem ser vistos no primeiro bimestre deste ano, quando o resort apresentou uma melhora de 20% se comparado com 2008. Uma das mudanças do resort para lidar com a crise foi o novo foco aplicado. “A principal mudança na estratégia comercial é que estamos focando todos os esforços no mercado nacional, que agora está viajando mais dentro do Brasil e para hotéis de lazer”, diz. Já sobre o impacto da crise sobre os resultados do resort, Frederico se mostra otimista. “Acredito que o impacto será positivo no resultado do hotel e o motivo principal para acreditar nisso é a desvalorização do Real que faz com que a receita em Reais seja maior”. Quando Melo é questionado sobre as perspectivas para o mercado da América do Sul para 2009, se mostra bem confiante. “Acredito que 2009 será um bom ano para a América do Sul em algumas áreas, inclusive, a de hotelaria”.

Já para os hotéis voltados para o turismo de negócios, as perspectivas também não são ruins. Esse segmento sofreu um forte impacto nos primeiros cinco anos desta década provocada pela avalanche de apart-hotéis em construção. A partir de 2005, após a inauguração dos últimos apart-hotéis em construção, e impulsionado pelo forte crescimento econômico, iniciou-se um processo de recuperação do mercado hoteleiro das grandes cidades. Hoje, devido a crise de liquidez, são poucos os projetos de construção para esse mercado. A concorrência é um pouco maior e a recuperação de receita será um pouco mais modesta, mas ainda na ordem de 10% para esse ano.

Nesse cenário, o diretor geral da Hotelaria Brasil, Ronaldo Albertino, acredita que a hotelaria econômica será, ainda, a grande oportunidade para desenvolvimento de novos empreendimentos. “Temos visto inúmeros investidores nacionais e internacionais se aproximando de possibilidades de investimento no curto prazo. Há consenso que no momento que a economia ‘voltar’ ao normal em 2 ou 3 anos, quem estiver estruturado vai colher frutos mais rentáveis e a hotelaria nacional proporciona este tipo de possibilidade pela taxa de ocupação média de 2008, que ficou acima de 65%”, conclui Albertino.

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