Crise chega ao setor imobiliário corporativo canadense

Toronto - O setor de escritórios e mercados industriais canadense está começando a sentir o impacto da desaceleração econômica mundial. Esta afirmação é caracterizada pela crescente disponibilidade de imóveis e um aumento acentuado do sublocação em algumas grandes cidades canadenses. Apesar do mercado imobiliário do Canadá ainda ser relativamente estável, pesquisa realizada pela Colliers International demonstra o resultado do impacto que as recentes perdas de postos de trabalho canadenses provocaram neste setor. Ressalta-se a tendência crescente por parte das empresas em alugar espaços em galpões, que estavam reservados para a expansão das companhias.

O relatório da Colliers International revela que sublocar espaços - um dos principais indicadores da saúde econômica deste mercado - passou a responder por 19,5% do total das vagas escritórios em todo o país no primeiro trimestre de 2009. A média canadense para a taxa de desocupação e mercados industriais aumentou para 5,9% no 1 º trimestre 2009, contra dos 5,1% no 4º trimestre de 2008. As médias de renda bruta em imóveis de escritório caíram para US$ 47,00 o metro quadrado, a partir de uma alta de 50,40 dólares no final de 2008. Já a renda bruta média em áreas industriais de US $ 31,10 o metro quadrado.

"Este não é, de modo algum, um quadro sombrio", diz Ian MacCulloch, vice-presidente de pesquisa da Colliers International. "Entramos com a atual recessão, com taxas historicamente baixas de desocupação e com uma significativa nova oferta de imóveis. Embora a procura de escritórios possa se manter baixa em 2009, esperamos ver, em breve, um saudável retorno nos imóveis corporativos. O aumento do espaço de sublocação apresentado no 1º trimestre de 2009 está em linha com as expectativas, e não sugere uma iminente crise imóveis comerciais."

Cidades como Toronto e Montreal, mais fortemente voltadas à distribuição, armazenagem e à indústria automobilística, têm sentido o peso da desaceleração do mercado industrial até agora. De acordo com analistas, esses centros devem voltar a ter uma posição mais sólida a médio prazo, o que pelas atuais previsões apontam para 2010 e 2011.