Indústria interrompe queda-livre e dá sinais de recuperação, diz presidente da CNI

Brasília – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, afirmou no dia 5 de maio (terça-feira) que a alta de 0,7% da produção industrial em março ante fevereiro mostra que a queda-livre experimentada pelo setor no fim do ano passado e no começo deste ano foi interrompida. “Há sinais tênues de que a atividade possa estar evoluindo de forma positiva neste segundo trimestre”, disse Monteiro Neto, que participa de audiência pública da comissão especial da crise mundial da Câmara dos Deputados, durante a qual comentou os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar de prever um início de recuperação, Monteiro Neto ressaltou que não se deve exagerar no otimismo. “No segundo trimestre teremos um desempenho melhor, mas há uma ponta de preocupação de que voltemos a ter uma forte queda na produção industrial, que consequentemente gerará forte queda no PIB industrial”, afirmou.

O presidente da CNI lembrou que neste ano o PIB industrial será negativo em relação a 2008, mesmo com certa recuperação a partir deste trimestre ou, mais provável, no segundo semestre. “Teremos no ano crescimento do PIB próximo de zero, e a indústria contribuirá de forma negativa, com queda de 2,5% a 3% na produção industrial”, destacou.

Armando Monteiro Neto disse que os resultados divulgados hoje pelo IBGE não surpreenderam. “Eles vieram em linha com os indicadores antecedentes”, resumiu.

A CNI divulgará, no dia 7 de maio (quinta-feira) em Brasília, os Indicadores Industriais referentes ao mês de março. Por meio dessa pesquisa será possível saber como a indústria brasileira fechou o trimestre em relação ao faturamento real, às horas trabalhadas na produção, ao emprego, à massa salarial e à utilização da capacidade instalada.