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08/05/2009 - 10:10

EDP Energias do Brasil registra EBITDA de R$ 340 milhões no 1T09

Gastos Gerenciáveis, excluindo depreciação e amortização, reduziram 17% em relação ao primeiro trimestre de 2008.

São Paulo –A EDP Energias do Brasil, empresa do Grupo EDP, registrou no primeiro trimestre deste ano EBITDA (resultado antes dos juros, impostos, resultados financeiros, resultado não operacional, depreciação e amortização) de R$ 340 milhões. “O resultado desse trimestre foi impactado em relação ao cenário apresentado em 2008, quando o preço da energia no mercado livre atingiu níveis excepcionalmente elevados, e pela redução do consumo dos clientes industriais afetados pela atual crise econômica”, afirma António Pita de Abreu, diretor-presidente da EDP Energias do Brasil.

A área de distribuição (Bandeirante e Escelsa) registrou um EBITDA de R$ 179,6 milhões, acréscimo de 24,7% em relação a igual trimestre do ano passado. Já em geração, o valor do EBITDA manteve-se estável em R$ 176 milhões nos primeiros três meses de 2009.

A receita líquida consolidada totalizou R$ 1,116 bilhão neste primeiro trimestre, montante 7,6% inferior à receita obtida no mesmo período de 2008. Esta queda é explicada pelo ganho extraordinário obtido pelo Grupo no primeiro trimestre de 2008, em razão da elevação dos preços do mercado spot e da saída da empresa de distribuição Enersul (MS) do perímetro de consolidação. Já o lucro líquido consolidado destes primeiros três meses do ano alcançou R$ 117,3 milhões.

Os gastos gerenciáveis consolidados, excluindo depreciação e amortização, reduziram 17,4% em relação ao 1T08, resultado do controle de custos nas empresas do Grupo e também pela finalização da operação de permuta de ativos (Enersul e Lajeado Investco).

No primeiro trimestre de 2009, registrou-se gasto adicional de R$13,2 milhões em função da reestruturação do Grupo. Esse custo adicional deverá ser compensado com redução na rubrica em até 1 ano. “Realizamos a primeira fase da reestruturação que levou a redução em 40% dos cargos de chefia, diminuindo os níveis de cinco para três”, afirma Pita de Abreu.

Pita de Abreu acrescenta que estão em andamento e devem ser concluídas até o fim deste ano outras ações para o redesenho dos processos e atividades que consolidarão a nova estrutura da empresa e devem produzir efeitos positivos no desempenho do Grupo.

Investimentos - Neste trimestre, os investimentos totalizaram R$ 120,1 milhões, valor 23% inferior ao registrado em igual trimestre de 2008, devido basicamente à saída de Enersul do perímetro de consolidação do primeiro trimestre de 2009. Os valores foram distribuídos entre geração (44%) e distribuição (55%).

Na geração, houve crescimento de investimento de 8,3% em relação ao primeiro trimestre de 2008, totalizando R$ 52,0 milhões. Esse aumento deveu-se aos investimentos na usina térmica Porto do Pecém.

No segmento de distribuição, os investimentos no 1T09 somaram R$ 66,8 milhões dirigidos, principalmente, a melhorias nas redes da Bandeirante e da Escelsa. Os valores estão praticamente em linha se desconsiderarmos a Enersul do portfólio. O investimento destinado para universalização nos três primeiros meses pelas duas distribuidoras da EDP Energias do Brasil totalizou R$ 2,4 milhões.

Geração - Neste segmento, o volume de energia vendida pelas usinas do Grupo no trimestre alcançou 1.890,6 GWh, acréscimo de 22,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram vendidos 1.537,9 GWh. Este aumento do volume de energia vendida é efeito da consolidação do volume vendido pela Lajeado Energia e Investco (471 GWh) desde setembro de 2008 e início de entrega de energia pela PCH Santa Fé (36,2 GWh), localizada no Espírito Santo.

Com a entrada em operação, neste ano, da PCH Santa Fé, cuja licença de operação foi obtida em abril, e das conclusões das obras de repotenciações, em 2010, a capacidade instalada da EDP alcançará 1.756 megawatts. E, com o início da operação comercial de Pecém I, a Empresa chegará aos 2.116 MW, meta prevista para 2012.

Distribuição - Neste mercado, o volume total de energia vendida a clientes finais (residencial, industrial, comercial e rural) totalizou um pouco mais de 3,3 GWh, o que representa um acréscimo de 0,5% em relação a idêntico período de 2008. No total, o volume de energia distribuída por Bandeirante e Escelsa reduziu 9%, ficando em 5,0 GWh, enquanto no primeiro trimestre de 2008 o volume distribuído foi de 5,5 GWh.

O setor que mais contribuiu para este resultado foi o Industrial, com queda de 11,4%. Na área da Bandeirante, o baixo desempenho foi verificado nas atividades de veículos automotores, equipamentos elétricos, borracha e plástico. Na área de atuação da Escelsa, o setor mais afetado foi de pedras ornamentais, que representa 37% do mercado industrial cativo.

Comercialização - A Enertrade comercializou 1.727 GWh, uma redução de 3,5% em relação aos 1.789 GWh negociados no mesmo período de 2008. Entretanto, a empresa registrou em março a comercialização de 969 megawatts médios, recorde histórico de venda de energia desde agosto de 2007, quando o índice chegou 955 megawatts médios. Esse aumento é reflexo do início de suprimentos dos contratos resultantes do 9º Leilão de Ajuste, em que a Enertrade foi a segunda maior vendedora.

Endividamento - A dívida bruta consolidada registrou R$ 2,9 bilhões em março deste ano, 5% inferior ao valor de dezembro de 2008. Este incremento do montante da dívida bruta consolidada no período está relacionado à entrada formal da EDP Energias do Brasil na empresa Porto do Pecém S.A.

A dívida líquida ajustada pelos valores de caixa/aplicações e pelo saldo líquido de ativos regulatórios chegou a R$ 2,3 bilhões. A relação dívida líquida/EBITDA encerrou o mês de março em 1,8 vezes, demonstrando uma posição favorável de alavancagem da Companhia.

Do total da dívida bruta no final de março de 2009, 8,2% estavam denominados em moeda estrangeira, sendo que 17,1% estão protegidos da variação cambial por meio de instrumentos de hedge, resultando em uma exposição líquida de 6,8%.

Os vencimentos de dívida em 2009 totalizam R$ 922 milhões, parte dos quais (R$ 280 milhões) referem-se ao empréstimo-ponte de Pecém I, o qual será liquidado com os recursos dos financiamentos de longo prazo (project finance) em fase final de negociação junto ao BNDES e ao BID. Outra parte diz respeito ao financiamento bancário de R$ 257 milhões, captados pela holding EDP Energias do Brasil em outubro do ano passado para liquidação parcial do direito de recesso e que vence em dezembro deste ano, o qual será liquidado com a geração de caixa do Grupo ao longo do ano. Os demais vencimentos referem-se a amortizações de dívidas de longo prazo nas afiliadas dos segmentos de geração e distribuição.

Sobre a EDP Energias do Brasil – A EDP Energias do Brasil é a holding que consolida ativos de energia elétrica nas áreas de geração, comercialização (Enertrade) e distribuição (Bandeirante e Escelsa). É controlada pela EDP Energias de Portugal.

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