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08/05/2009 - 10:22

O pior da crise já passou, afirma o presidente do Itaú Unibanco


Ao participar de encontro no Secovi-SP, empresário avaliou que mudança na caderneta de poupança é inevitável.

Durante evento realizado no dia 7 de maio (terça-feira) na sede do Secovi-SP, o presidente executivo do Itaú Unibanco S/A, Roberto Setubal, afirmou que o pior da crise já passou, especialmente no Brasil. “Lá fora a situação é mais complicada, mas a possibilidade de desastre está afastada”, disse o empresário, em palestra realizada no âmbito do programa Olho no Olho, do Sindicato.

Setubal fez uma radiografia do atual cenário econômico brasileiro e mundial, destacando aspectos da crise financeira internacional, a política local de juros e o estado de liquidez do mercado brasileiro. “Estou relativamente otimista de que o Brasil vai retomar o nível de crescimento”, afirmou o empresário, prevendo, porém, que a expansão do Produto Interno Bruno (PIB) será inferior à que vinha sendo registrada antes da crise. “Uma taxa de 3% é bastante possível e, à medida que a economia mundial crescer, poderemos chegar a 4% ou 5%.” Nesse cenário de expansão e de juros declinantes, frisou o presidente do Itaú Unibanco, o setor imobiliário, que trabalha focado no longo prazo, tende a crescer muito.

Na avaliação do presidente do Itaú Unibanco, a situação do País é mais confortável que a do exterior, porque os fundamentos da nossa economia – contas públicas, inflação, etc – são mais sólidos, ao contrário do ocorrido em crises passadas. “Além disso, não dependemos tanto de exportações, como outras economias do mundo”, disse.

Roberto Setubal aprova mudanças que, segundo a mídia vem noticiando, o governo estuda fazer na caderneta de poupança. “É inevitável”, resumiu. Segundo ele, não é possível manter as regras com os juros caindo para um dígito. “Quando se deseja operar em uma economia com juros mais baixos, o investimento mais básico do mercado não pode pagar 8% e ainda ser isento de Imposto de Renda (IR)”, comentou o banqueiro. Setubal lembrou que, em outros mercados, aplicações como a poupança pagam IR na fonte e que, na outra ponta, os juros dos financiamentos imobiliários podem ser deduzidos na declaração. No entender do comandante do Grupo Itaú Unibanco, o modelo brasileiro é equivocado: “Deveriam apoiar o financiamento, e não o investidor”.

Com a queda dos juros, segundo o empresário, a tributação da poupança torna-se “inexorável”. Uma saída possível, segundo sua avaliação, seria taxar o investimento a partir de um determinado valor, mantendo a maioria da população isenta da tributação.

O presidente do Secovi-SP, João Crestana, enfatizou a importância de os bancos privados se prepararem para atuar no novo mercado imobiliário – imóveis com valores inferiores a R$ 150 mil. “Esse mercado, até então intocado, tem tudo para se desenvolver, em face do programa governamental ‘Minha Casa, Minha Vida’. E os bancos devem estudar como atender ao segmento com renda familiar de seis a sete salários mínimos, oferecendo produtos adequados para essa faixa”.

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