Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

09/05/2009 - 10:26

Nova Classe Média Brasileira requer novos modelos de negócios e comunicação, aponta livro


O publicitário e consultor André Torretta*, especialista em marketing para a baixa renda, lançou no dia 7 de maio, o livro “Mergulho na Base da Pirâmide – Uma nova oportunidade para sua empresa” (Editoras Saraiva e Virgília, 248 páginas, R$ 45,00). Com base em 15 anos de experiência em projetos desenvolvidos junto à Classe C e em relatórios de observação desenvolvidos em periferias das principais capitais do país, André Torretta traça nesta obra um retrato sobre a “Nova Classe Média Brasileira”. Mais do que revelar as diferenças fundamentais que separam o topo e a base da pirâmide social brasileira e apresentar o aumento do poder de consumo desta nova classe social nos últimos anos, o livro aponta a necessidade das empresas interessadas nesta nova camada da população em desenvolver modelos de negócios e comunicação adequados à sua realidade. Cerca de 100 milhões de pessoas compõem a Nova Classe Média Brasileira, o que corresponde a 53,8% da população.

“Nos últimos anos, muito tem se falado a respeito das classes C, D e E. Pesquisas têm sido desenvolvidas para conhecer a nova classe média brasileira e apontam uma infinidade de números. Mas, na verdade, se conhece muito pouco o mundo em que essas pessoas vivem. O conhecimento da realidade dos consumidores de menor poder aquisitivo pode gerar bons negócios para as empresas. O sucesso é criar projetos adequados às características dos consumidores locais”, afirma Andre Torretta.

Em um de seus dez capítulos, o livro traz um estudo que revela que 17 multinacionais investiram 10 bilhões de dólares em projetos desenvolvidos em países emergentes da África, Ásia e América Latina – entre eles o Brasil. Porém, 66% das ações para a base da pirâmide fracassaram. “As ações fracassaram porque tentou-se aplicar os mesmos modelos de negócios, comunicação e pesquisa utilizados com sucesso em países de primeiro mundo e em mercados desenvolvidos. Se as empresas persistirem no erro e ignorarem a realidade da base da pirâmide, continuarão a gastar dinheiro à toa e a perder boas oportunidades de negócios”, defende Torretta.

André Torretta conta a história da criação da expressão “base da pirâmide” e do surgimento de quatro bilhões de consumidores em todo o mundo. Aborda o aumento do poder de compra dos brasileiros da base da pirâmide a partir do Plano Real e apresenta cases de negócios e de comunicação desenvolvidos em países como Índia, Nigéria, México e África do Sul. “André escreve de dentro. Não, ele não vive lá, não veio de lá, não abdicou de seu conforto, mas tampouco tem preconceitos tradicionais, é seu sangue baiano, o sotaque e algo mais, pois outros conterrâneos na mesma profissão ou preferiram palácios ou tiveram mais escolha. Você vai descobrir a riqueza de uma estética que se esconde do outro lado dos insulfilms”, afirma Marcelo Melo, editor do livro.

Vale destacar que o livro traz também os resultados de alguns relatórios de observação sobre a Nova Classe Média desenvolvidos por André Torretta em periferias de periferias de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador. “O que eu acho bonito”, “Lan House” e “Baladas” são os títulos destes relatórios que decifram os hábitos de consumo e de lazer, as preferências, as aspirações, as formas de comunicação e a realidade desta camada da população. “Hoje, a maioria das empresas encontra problemas quando quer atravessar a última fronteira econômica. Por isso, estes relatórios de observação ajudam a derrubar mitos, expõem a falta de conhecimento das empresas sobre o Brasil e revelam diferenças fundamentais que separam o topo e a base da pirâmide”.

Por fim, Mano Brown, vocalista do grupo de rap paulista Racionais MC’s, é quem assina o prefácio do livro. “A visão aguçada da indústria reconhece aí a mina de ouro. A massa excluída, consumidora voraz. Reconhece o poder dos números desta massa reunida, mas por herança colonialista não reconhece a pessoa, o indivíduo. Nem como ser, nem como humano. (...) Saber vender bem para estas pessoas não significa ter respeito e ética para com elas. ‘Açúcar para os diabéticos’, o importante é a venda. Falando estritamente sobre o Brasil, é necessário entender as nossas raízes e toda a mistura física e comportamental do brasileiro original. Entender onde está a beleza, o estilo e as prioridades deste povo. Ainda não usei o termo ‘periferia’, agora discordo dele. Estamos ao redor de quem mesmo? (...) Talvez este livro signifique realmente uma nova visão”, assina o rapper.

Perfil de André Torretta - Publicitário há 25 anos, André Torretta trabalhou por 15 anos no marketing político, período que obteve a experiência com as classes C, D e E. Em 2001 fundou o primeiro instituto de pesquisa e a primeira agência de propaganda especializada na base da pirâmide. Atualmente comanda a “A Ponte Estratégia”, consultoria de marketing especializada nas classes C, D e E fundada por ele em 2007. A empresa desenvolve pesquisas e projetos de hábitos de consumo, lazer e preferências junto à base da pirâmide em todo o país utilizando-se de métodos de abordagem ao público que se diferem dos convencionais, transformando os próprios moradores das periferias em pesquisadores – os chamados “antenas”. [ Lançamento pelas Editoras: Saraiva e Virgília, Livraria Saraiva – Shopping Iguatemi, 248 páginas, por R$ 45,00].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira