Prefeitura dá a largada na revitalização da Zona Portuária do Rio de Janeiro

O total de US$ 187 milhões previstos, a maior parte (US$ 89,3 milhões) será investida em Infraestrutura de Serviços Básicos, que inclui a revitalização da Praça Mauá e a implantação do Binário do Porto (ao lado da Cidade do Samba) e de um corredor de segurança para os turistas.

O prefeito Eduardo Paes deu início dia 12 de maio (terça-feira), ao processo de revitalização da Zona Portuária do Rio de Janeiro ao lançar, em parceria com o Ministério do Turismo, o Prodetur (Programa de Desenvolvimento do Turismo) Cidade do Rio - Revitalização da Zona Portuária.

A iniciativa vai investir 187 milhões de dólares em cinco anos, nos bairros da Zona Portuária - Gamboa, Santo Cristo, Saúde e área da Praça Mauá - e ainda na região do Pólo Turístico do Rio Antigo, que inclui Centro, Lapa e Santa Teresa. Metade dos recursos será garantido pelo Ministério do Turismo, e a outra metade será obtida junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Durante o lançamento Eduardo Paes e o ministro do Turismo, Luiz Barretto, assinaram o Memorando de Entendimento do Prodetur, que oficializa a abertura da linha de financiamento para a aplicação dos recursos. O prefeito também entregou ao ministro uma carta-consulta, com os dados principais do programa de revitalização.

Entre os objetivos do Programa na cidade do Rio estão a ampliação e a requalificação da infraestrutura e da rede de serviços turísticos, o aumento da atividade econômica local, e a recuperação dos patrimônios histórico, cultural e paisagístico da região. Outra meta é consolidar o Porto do Rio como destino principal na América do Sul para cruzeiros marítimos.

Para isso, do total de US$ 187 milhões previstos, a maior parte (US$ 89,3 milhões) será investida em Infraestrutura de Serviços Básicos, que inclui a revitalização da Praça Mauá e a implantação do Binário do Porto (ao lado da Cidade do Samba) e de um corredor de segurança para os turistas.

Outro grande investimento, de US$ 69 milhões, será na oferta de produtos turísticos na área. Nesta categoria se incluem o Museu do Amanhã, a ser implantado nos armazéns 5 e 6; a Pinacoteca do Rio, que será instalada no Edifício D. João VI; um espaço para recepção dos turistas; os Galpões Culturais da Gamboa, próximos à Vila Olímpica; e a recuperação de pontos históricos como o conjunto arquitetônico do Morro da Conceição, tombado pelo Patrimônio Histório Nacional, e do Largo de São Francisco da Prainha.

- É um projeto que vai ter duas etapas: a primeira é essa, de investimentos do poder público na região, e a outra é de "chamamento" da iniciativa privada, para participar do processo de revitalização - explicou, acrescentando que as cidades perdem sua identidade quando suas áreas de origem são abandonadas e degradadas.

- Revitalizar a Zona Portuária é fundamental para que a cidade não só recupere um patrimônio histórico fantástico, mas também a sua identidade, como a região onde começou o Rio de Janeiro - argumentou Paes.

O prefeito lembrou que algumas ações do Município e do governo do Estado já vêm promovendo essa recuperação, bem como a mobilização de setores da sociedade. Ele deu como exemplos a próxima edição do Fashion Rio, em junho, que será no Píer Mauá; e, em 2010, um encontro internacional da ONU sobre habitação, o qual por sugestão do poder público também será realizado na área do Porto do Rio.

A cerimônia teve também a participação do secretário municipal de Turismo e presidente da Riotur, Antônio Pedro Figueira de Mello, e ainda do presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), Felipe Góes. Ambos apresentaram, em linhas gerais, como será o processo de revitalização, e quais os principais locais beneficiados com as obras.

Segundo Antônio Pedro, o Prodetur do Rio de Janeiro vai focar os investimentos na revitalização e será articulado com o Prodetur estadual, de maneira a definir a cidade do Rio como Porta de Entrada do Turista Estrangeiro, servindo também a outros destinos turísticos do estado (regiões dos Lagos e Serrana e o Sul Fluminense, por exemplo).| Por: Karine Fonte.