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13/05/2009 - 09:56

Pesquisa da PwC contempla líderes sul-americanos e seus cenários de atuação

Os CEOs enfrentam um momento decisivo, em meio a uma crise sem precedentes. Embora haja a inevitável necessidade de solucionar problemas urgentes em curto prazo, a visão de longo prazo continua a ser um imperativo que não pode ser ignorado. Esse é o principal desafio identificado na 6ª Pesquisa Anual de CEOs Sul-americanos.

Nossa pesquisa foi realizada num momento muito peculiar em que a crise financeira, cuja magnitude atingiu esfera global, estava ganhando corpo enquanto fazíamos as entrevistas com cerca de 200 líderes de empresas em nosso continente. Entre os líderes sul-americanos, as maiores preocupações em relação às perspectivas de crescimento dos negócios são a recessão nas principais economias mundiais, apontada por 81% dos entrevistados na região, assim como seus reflexos nos mercados de capitais, apontado por 70% dos participantes da pesquisa.

Quase a metade dos líderes (45% na América do Sul) afirma que, no cenário de crise, a expansão dos negócios se dará por meio do aumento da participação em mercados nos quais já atuam, o que está de acordo com a forte contração ocorrida no comércio internacional. Na avaliação deles, as condições não são favoráveis e nem há disposição para o desenvolvimento de novos produtos ou para explorar novos mercados.

Some-se a isso a dificuldade para financiar a exploração de eventuais oportunidades de negócios, em virtude da desaceleração nos mercados de capitais. Entre os entrevistados, 84% manifestaram preocupação em relação ao aumento no custo de empréstimos, 78%, sobre as restrições no acesso a fontes de financiamento. Mais de 80% acreditam que a crise postergará planos de investimentos e reduzirá as perspectivas para expansão dos negócios.

Os CEOs sul-americanos são quase unânimes ao elencar os aspectos fundamentais para a sustentabilidade dos negócios: capacidade de atrair e desenvolver talentos, qualidade dos serviços e produtos e capacidade para fazer mudanças sempre que necessário. Mais de 93% apontam estes aspectos. Adicionalmente, eles dão mais importância à inteligência de mercado e inovação tecnológica do que seus pares de outras regiões do mundo. Isso, provavelmente, decorre do fato de o nível de inovação ainda ser muito baixo na região, o que indica uma oportunidade para o futuro.

Mais fusões, menos aquisições - Somente 25% dos líderes da América do Sul pretendem fazer aquisições este ano, ao passo que 45% consideram as joint-ventures ou alianças como uma estratégia viável para a expansão dos negócios, um aumento significativo em relação aos 29% que declararam esta intenção na pesquisa anterior. A mudança de percepção certamente reflete as limitações de acesso aos mercados e às fontes de financiamento e às restrições ao crédito impostas pela crise global.

Aspectos culturais, custos imprevistos, exigências regulatórias conflitantes e gestão de recursos humanos deficiente são os principais obstáculos enfrentados pelos CEOs sul-americanos ao realizar transações de fusão ou aquisição. Sendo que mais de 50% deles, tanto regionalmente quanto entre os brasileiros, apontam a superação dos custos estimados como o maior problema.

Talento, a chave para sobreviver à crise - No que diz respeito à estratégia de gestão de pessoas, os líderes dos países da América do Sul têm como prioridade promover a maior flexibilidade no ambiente de trabalho, a sucessão de profissionais que ocupam postos-chave e o estímulo ao engajamento dos funcionários em ações de responsabilidade social. Este último item reforça a tendência de maior integração entre as empresas e a comunidade em que ela atua.

O percentual de CEOs que preveem terceirizar funções, uma prática mais comum na América do Sul do que em outras regiões do mundo, aumentou de 38% no ano passado para 55% em 2009. Geralmente, em períodos de crise há preferência por terceirizar funções para evitar aumentar o quadro de pessoal. Nos Estados Unidos, por exemplo, a disposição por terceirizar duplicou este ano em relação à pesquisa anterior, chegando a 61% dos entrevistados.

O desafio da regulação - A regulação é um dos principais tópicos de interesse e de preocupação entre os líderes. Eles afirmam ter ciência da necessidade de colaborar com os governos para endereçar problemas sistêmicos, no entanto, 91% deles creditam o baixo índice de investimento na região à complexidade e à instabilidade dos sistemas tributários dos países.

A carga tributária é o segundo item entre os que impactam negativamente as decisões de investimento, 83% dos líderes da região consideram a carga excessiva. Eles também defendem a adoção de um sistema que incentive os projetos de longo prazo. Estas questões têm significativo impacto no investimento estrangeiro direto e, na opinião dos líderes, não vêm sendo satisfatoriamente endereçados. É necessário obter o equilíbrio adequado entre os incentivos e restrições por meio de regulação e impostos.

Embora seja uma prioridade dos governos dos países da América do Sul, os CEOs não veem nenhum avanço significativo na qualidade da educação formal. Deles, 83% consideram que o deficiente sistema educacional tem relação direta com o elevado nível de corrupção na região, assim como a ineficiência do sistema legal, apontada por 94%, e a consequente sensação de impunidade.

A previsibilidade e a consistência da política econômica, melhorias na infraestrutura e no nível de educação da força de trabalho, maior transparência, menos burocracia e regulação são os aspectos-chave, na opinião dos CEOs, que devem ser endereçados para acelerar o desenvolvimento de negócios sustentáveis na região. Esses temas são consistentemente mencionados por, pelo menos, 80% dos líderes entrevistados nas últimas quatro edições da pesquisa de CEOs sul-americanos.

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