Santa Catarina foca no mercado interno e cresce 4% em meio a invasão chinesa

O estado de Santa Catarina está driblando a crise econômica mundial e os problemas decorrentes das enchentes do ano passado. Em março, o setor catarinense retomou o crescimento na produção física de vestuário em 4% se comparado ao mesmo período do ano passado, segundo o IBGE. Neste mesmo mês, o segmento de vestuário no País teve um recuo de 7,4%. Em função disso, no trimestre, o saldo de empregos formais no estado está em 155.529 contra 148.490 no mesmo período do ano passado, resultando em 7039 novos postos gerados em 2009 (CAGED/ MTE). Apesar disso, Santa Catarina não foge à regra e acompanha o setor nacional na forte queda das exportações de vestuário no período de janeiro a abril de 2009 (SC em 34,31% e Brasil em 30,60%, de janeiro a abril de 2009) e no crescimento recorde de importação de vestuário provenientes da China (SC em 108,53% e Brasil 83,11%, no quadrimestre).

“O mercado interno é o maior patrimônio do setor têxtil e não podemos entregá-lo a terceiros. O pólo de Santa Catarina está apresentando uma retomada e isso se deve especialmente ao mercado doméstico, visto que o setor têxtil e de confecção nacional vem apresentando quedas expressivas das exportações por conta dos entraves com a Argentina e os mercados em recessão dos EUA e União Européia. Somos uma indústria forte e competitiva, mas não podemos admitir esse ataque chinês, de um País que visivelmente não é uma economia de mercado, atuando sistematicamente de forma desleal” comentou Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT).

Acreditando na força e na criatividade do setor têxtil catarinense, a ABIT, por meio do Texbrasil, Programa desenvolvido em parceria com a Apex-Brasil, apóia e leva à 10ª edição da Feira jornalistas vindos dos EUA, Canadá, Colômbia e Polônia, além de compradores da Itália, Colômbia, Portugal e Guatemala. “Na Texfair será apresentado o resultado da indústria têxtil catarinense que, mesmo em meio a um cenário desequilibrado, continua investindo em tecnologia, design e inovação”, concluiu Diniz Filho.

Importações chinesas batem recorde no setor têxtil - No mesmo mês em que o Governo federal organiza comitiva brasileira para visitar a China e promover as relações comerciais entre os dois países, as importações de vestuário provenientes do país asiático atingiram valor recorde, com crescimento 83% maior em relação ao mesmo período do ano passado (janeiro a abril).

“O mercado interno é o maior patrimônio do setor têxtil e não podemos entregá-lo a terceiros. O setor têxtil e de confecção nacional vem apresentando quedas expressivas das exportações por conta dos entraves com a Argentina e os mercados em recessão dos EUA e União Européia. Somos uma indústria forte e competitiva, mas não podemos admitir esse ataque chinês, de um país que visivelmente não é uma economia de mercado, atuando sistematicamente de forma desleal”, comentou Aguinaldo Diniz Filho, presidente da ABIT.

As importações brasileiras de produtos têxteis e confeccionados atingiram mais de US$ 1 bilhão neste primeiro quadrimestre, sendo que a China é responsável por 42,5% do total deste montante, o que equivale a US$ 442,19 milhões. Quando comparados apenas os dados do segmento de vestuário, os resultados são ainda mais alarmantes. De janeiro a abril, o país asiático enviou ao Brasil US$ 224,16 milhões em roupas, contra US$ 122,42 milhões no mesmo período do ano passado, alta de 83%. Esta soma representa 62,5% do total de importações brasileiras de vestuário.

Balança Comercial do setor têxtil sem fibras de algodão (fibras, fios, filamentos, tecidos, linhas de costura, confecções e outras manufaturas):