Semana Santa exige atenção na hora da compra de chocolates e pescados

São Paulo - Depois da folia é tempo de reflexão, pelo menos para os religiosos. Durante 40 dias, vivencia-se o período da Quaresma, que é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para a preparação da grande festa da Páscoa. Segundo a igreja, é tempo para arrependimentos de pecados e de mudanças interiores, com o objetivo da aproximação do homem com Cristo. A Quaresma começou na Quarta-feira de Cinzas e terminou no último domingo, onde foi comemorado o dia de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, faz-se esforços para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devem viver como filhos de Deus.

A palavra tradição, entre outros significados, refere-se ao ato de transmitir ou entregar. Também pode ser, segundo o dicionário, a transmissão de valores espirituais, através das gerações. Algumas datas materializam esta definição. A Páscoa é uma delas. Junto com os valores religiosos, um dos símbolos desta época é o consumo de pescado. Principalmente na Sexta-feira Santa, ou Sexta-feira da Paixão, assim denominada já que teria sido numa sexta-feira que Jesus Cristo teria se entregado à morte, por amor à humanidade. Em respeito ao sangue derramado do Cristo, católicos do mundo todo se abstém do consumo de carne vermelha, dando preferência ao peixe.

Devido ao consumo excessivo nesta época do ano, o preço dos pescados tende a aumentar, por isso é necessária pesquisa de preços antes das compras, recomenda o consultor Financeiro e presidente da Boriola Consultoria, Dr. Cláudio Boriola.

De acordo com o Consultor, ao comprar peixe é importante reparar alguns itens como o odor característico do peixe, olhos salientes e brilhantes, pupilas negras, escamas bem aderidas ao corpo e as guelras rosadas ou vermelhas, sem sinal de muco. A carne precisa, ainda, estar firme e resistente à pressão do dedo. Também é bom observar se o ventre não apresenta inchaço. E, caso de compra de produtos congelados, é preciso atentar para o carimbo dos serviços de inspeção e a existência de uma névoa branca na embalagem, que indica boa refrigeração. Outro cuidado imprescindível é observar as condições de higiene das peixarias. Para preservação da qualidade, as postas e os peixes devem estar dispostas lado a lado, sobre o gelo.

Um outro produto muito consumido nesta época do ano é o chamado Ovo de Páscoa. Portanto, tudo que é derivado do chocolate os preços sofrem altas alterações. A fim de evitar prejuízos e gastos desnecessários, o especialista faz um alerta: “Evite fazer as compras com crianças, pois, elas são facilmente influenciadas pelo marketing de vendas e acabam querendo produtos que, nem sempre, caracterizam um bom custo/benefício. No caso de haver brinquedos no interior do produto, o consumidor deve verificar se a embalagem traz o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro) e a idade recomendável para uso do brinquedo. Se a opção de compra for por ovos dispostos em bancas de promoção, com informação de que estão quebrados, normalmente mais baratos que outros em perfeitas condições, o comerciante não será obrigado a trocar o produto”, orienta Boriola.

Outra recomendação do consultor é de que as pessoas comparem preços e fiquem atentas as qualidades dos produtos: “As pessoas não devem comprar sem comparar os valores, uma vez que de um lugar para outro podem apresentar grande variação nos preços. Bem como recomendo o importante hábito de observar, com redobrada atenção, a qualidade, prazo de vencimento e embalagem. Neste caso, os chocolates devem ficar em lugar fresco, seco e longe de objetos que podem deixar cheiro. Os ovos de Páscoa estão sendo comercializados por alguns estabelecimentos em pagamentos parcelados. O consumidor deve se certificar sobre as vantagens e desvantagens desta opção. No caso do parcelamento, as informações de pagamento devem ser apresentadas ao consumidor de forma clara, precisa e ostensiva, com o preço à vista, número e valor da parcela, juros e valor final”, conclui o especialista.| Por: Fabrício Andrade/Boriola Consultoria