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14/05/2009 - 11:40

Recomeços, da nornalista Lina de Albuquerque


Recomeços são inevitáveis. Recomeça-se por decisões, revelações, adversidades, rompimentos, amores, fatalidades. Neste livro, 26 pessoas, entre homens e mulheres, famosos e anônimos, ricos e humildes, empreendedores e funcionários, artistas e religiosos, músicos e jornalistas contam como enfrentaram as maiores e mais profundas mudanças de suas vidas. São depoimentos francos, abertos, emotivos.

Narradas em primeira pessoa, as histórias exploram os momentos em que os que os depoentes tiveram que reinventar os seus caminhos diante de golpes do acaso ou escolhas pessoais, compelidos a examinar antigos valores e criar novas redes de afetos, crenças, ou laços profissionais. Lina de Albuquerque fez a seleção dos personagens e transformou as suas entrevistas em relatos que privilegiam um traço comum que norteia essas experiências de superação: o da reafirmação da vida.

Em “Recomeços”, depoimentos de personalidades conhecidas, como Elza Soares, Barbara Paz, Lily Marinho, Dorina Nowill, Chico César, Paulo Borges, Adriana Bombom, DJ Zé Pedro e Lucinha Araújo convivem com relatos de pessoas anônimas, como o pedreiro Evando dos Santos, que se alfabetizou aos 18 anos e fundou 37 bibliotecas pelo Brasil, e a economista Giuliana Marsiglia, que deixou uma rotina estressante no mercado financeiro para administrar uma pousada no litoral e viver com um pescador. Personalidades populares como Rita Cadillac, a ex-chacrete que durante anos subiu voluntariamente no palco do Carandiru, dividem experiências com figuras eruditas, como o pianista João Carlos Martins, que perdeu os movimentos das mãos e iniciou uma carreira de regente aos 64 anos.

Os depoimentos de “Recomeços” começam com o de Soninha Francine e terminam com o de Joice Alves. A primeira certamente todos conhecem, a última é atendente de uma joalheria paulistana e poucos pediriam seu autógrafo na rua. O ponto de contato das suas vidas une e arremata as duas pontas do livro, como uma metáfora de um ciclo que se encerra. Não são assim os recomeços? Pessoais e intransferíveis, mas também semelhantes e universais.

A autora: Jornalista, Lina de Albuquerque formou-se na PUC-SP e cursou, sem terminar, Filosofia e o mestrado em Antropologia, ambos na USP. Trabalhou nas redações da revista Veja e dos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Foi subeditora da revista Isto É e editora de reportagem da revista Marie Claire, onde ganhou o primeiro Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo, com a reportagem “A Dança das Severinas”. Continua colaborando com Marie Claire, além das revistas Claudia e do jornal Valor Econômico. Lina ainda é letrista de músicos como Fernanda Porto, e criou, com o parceiro Gedley Braga, um projeto de composições na internet batizado de Lavadeiras (myspace.com/lavadeiras), que será lançado no final do ano na voz da cantora carioca Helena Cutter (myspace.com/lavadeirashelenacutter).

Frases dos depoentes: “Perdi um filho, enfrentei doenças. Tive dois casamentos felizes. E me casei pela segunda vez aos 67 anos. Eu travei um embate com a vida. Venci. Não gosto de perder nenhuma batalha”.

Lily Marinho: “Não gosto da ideia de provocar piedade. Por causa disso já pensei em parar. Mas se eu tivesse desistido da música por causa dos acidentes com as mãos, jamais teria me tornado um regente aos 64 anos. Vivo a minha melhor da minha vida”.

João Carlos Martins: “O duro que dei na vida nunca afetou a minha capacidade de amar. Amo com o mesmo envolvimento que sinto pela música. Afinal, ela salvou a minha vida”.

Elza Soares:“O apresentador de televisão me perguntou:- É difícil ser repórter de uma perna só? Respondi: - É mais difícil do que com duas, mas é mais fácil do que com quatro.”

José Hamilton Ribeiro: “Abençoado foi o dia em que saí para consertar um vazamento e voltei carregando 50 livros doados. Ajudei a criar 37 bibliotecas pelo país e ainda devolvi para a sociedade um centro cultural projetado por Niemeyer. Nada mal para um ex-pedreiro que se alfabetizou aos 18 anos”.

Evando dos Santos: “Eu só podia fazer caridade com o que sabia. Cantando e dançando no Carandiru, ganhei respeito dos presos e consideração do médico Dráuzio Varella. Deixei de fazer filmes pornográficos para, aos 54 anos, virar tema de um longa-metragem de Toni Venturi, um diretor premiado. E, ainda no meio das filmagens, me casei e conheci uma irmã que nunca soube da existência”.

Rita Cadillac: “Quando assumi a minha homossexualidade e desfiz um casamento que me deu duas filhas, cerrei as cortinas de um teatro para recomeçar uma vida de verdade”.

Luis Mott: “Meu futuro parecia garantido. Para que arriscar uma mudança numa fase tão estável? Porque estar razoavelmente satisfeito não é o mesmo que ser feliz.”

Reinaldo Polito: “Vivo meus melhores dias por ter deixado de controlar a vida como se fossem finanças de um banco. Deixei de ser uma estressada operadora da bolsa para viver junto ao mar e com um pescador que amo”.

O que Lançamento do livro “Recomeços”, de Lina de Albuquerque, dia 14 de maio de 2009 (quinta-feira), das 19h30 às 22h, na Livraria Saraiva do Shopping Higienópolis. Av. Higienópolis, 618 Loja 315 - Piso Higienópolis, São Paulo – SP. Telefone (11) 3662- 3060. Preço R$ 29,00. Editoras Saraiva e Versar, 160 páginas.

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