Impacto da crise global sobre a indústria da alimentação – abril de 2009

O estudo foi realizado entre os associados da ABIA, a nível nacional, no período de 23 a 29 de abril de 2009. A íntegra foi mostrada no dia 13 de maio (quarta-feira), pelo presidente da ABIA, Edmundo Klotz, durante reunião do Comitê de Acompanhamento da Crise, que acontece em Brasília, no Clube do Banco do Brasil, a partir das 15 horas, com a presença do presidente Lula.

A Associação Brasileira de Alimentação – ABIA apresentou no dia 13 de maio (quarta-feira), por intermédio de seu presidente, Edmundo Klotz, estudo inédito sobre o impacto da crise econômica global na indústria setor de alimentos. O objetivo da pesquisa foi retratar a situação presente da indústria alimentícia no Brasil.

Klotz fará a exposição dos resultados do estudo durante reunião do Comitê de Acompanhamento da Crise, que acontece em Brasília (DF), no Clube do Banco do Brasil, com a presença do presidente Lula.

Para realizar o estudo, a ABIA ouviu seus associados em todo o País.

Entre as conclusões do Estudo, destacam-se os seguintes pontos: . O setor sofreu impacto negativo mais acentuado nos últimos três meses de 2008. No acumulado janeiro/abril as exportações de alimentos processados melhoraram a taxa negativa em relação ao acumulado janeiro/março, principalmente pelo aumento das exportações de açúcar e farelo de soja.

·As empresas sentiram melhora no acesso aos créditos bancários em abril, mas apenas para capital de giro.

· As empresas ainda sofrem com a redução dos prazos, a restrição de volume de crédito para giro e o aumento nos juros.

· As empresas que exportam enfrentam dificuldades com a insuficiência de crédito para exportação, o aumento nos juros, os prazos reduzidos, e mesmo o cancelamento de contratos e a necessidade de renegociar preços e volumes em contratos já assinados.

·Há uma expectativa positiva em relação às linhas especiais de crédito criadas pelo Governo para apoiar frigoríficos, laticínios e cooperativas.

· As empresas anseiam pela implementação do seguro de crédito de risco de inadimplência, para que os bancos privados voltem a emprestar com menores exigências.

· A desaceleração dos países emergentes, bem como a estagnação (ou mesmo recessão) dos EUA, área do Euro e Japão, podem frear ainda mais a demanda em 2009, porém não a demanda mundial de alimentos, particularmente no segundo semestre (conclusão baseada nos movimentos recentes da China).

· Cenário global de estagflação em 2009 não está fora de cogitação.

Evolução da produção física e das vendas reais na indústria da alimentação 2008 (Var% Mensal):

Perspectivas da indústria da alimentação para 2009 (Posição março/09):