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14/05/2009 - 12:17

Fundo garantidor é importante mas não resolve spread caro, diz presidente da CNI

Brasília – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, afirmou que a criação do fundo garantidor de crédito para as micro, pequenas e médias empresas, anunciada no dia 13 de maio (quarta-feira), pelo governo, é importante para reativar a tomada de financiamentos por essas empresas. Ele ressaltou, porém, que essa medida não resolve sozinha o principal problema para quem busca empréstimos no Brasil: o alto custo do crédito.

“O presidente Lula e também o setor empresarial destacaram com ênfase que ainda têm muita preocupação com o spread bancário, com o custo do crédito no Brasil, que continua extremamente elevado”, salientou Monteiro Neto, ao deixar a reunião do Grupo de Acompanhamento da Crise (GAC), em Brasília, que teve a participação do presidente da República e de ministros da área econômica.

De acordo com o presidente da CNI, ficou claro durante a reunião que os empresários e também o governo fizeram o mesmo diagnóstico, de que a taxa básica de juros (Selic) cai de forma expressiva, mas os juros para o consumidor e para a pequena e média empresa não caem. “O crédito continua curto e caro”, disse Monteiro Neto.

O fundo garantidor anunciado hoje será autorizado por meio de Medida Provisória e terá um total de R$ 4 bilhões. O tomador dos recursos terá de pagar 0,5% do valor financiado para o fundo garantidor, que protegerá as instituições financeiras de uma eventual inadimplência das empresas. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o fundo poderá alavancar empréstimos de seis a dez vezes o valor do fundo garantidor. “Você estima uma inadimplência de 6%, 7% até 10%, então pode-se alavancar o fundo em até dez vezes”, disse Mantega. Ou seja, o fundo poderá garantir entre R$ 24 bilhões e R$ 40 bilhões em créditos.

Solução - O presidente da CNI lembrou que a solução para a questão do crédito, tanto da liquidez do mercado quanto dos preços cobrados pelo dinheiro, não resolvida de um dia para o outro e que não há uma fórmula simples para tanto. Mas ele explicou que passa pela mudança do spreads razoáveis, revisão da tributação que incide regime de depósitos compulsórios, pela criação de incentivos para os bancos que praticam sobre o crédito e a aprovação pelo Congresso do cadastro positivo, que premia os bons pagadores. “É claro que estamos discutindo tudo isso em momento de crise, em que os bancos estão mais avessos ao risco, em que as linhas externas secaram, portanto a questão se tornou mais complexa ainda. Mas todos temos a obrigação de atuar nessa agenda”, finalizou.

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