Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

Propostas para aumentar bancarização em evento no Rio de Janeiro

Comitê Latino-Americano de Assuntos Financeiros (CLAAF) apresentará primeiro raio-x da baixa utilização de serviços bancários na América Latina na Assembléia 2006.

A Assembléia 2006, marcada para 12 a 14 de novembro, no Rio de Janeiro, vai discutir como incrementar o acesso a serviços bancários de segmentos importantes da população da América Latina, pois ele ainda é muito baixo. O evento, que vai reunir cerca de 1.500 representantes de bancos de 40 países diferentes, é uma realização conjunta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Federação Latino-Americana de Bancos (Felaban).

Na ocasião será apresentado o estudo realizado pelo Comitê Latino-Americano de Assuntos Financeiros (CLAAF), com números fechados em 2006, que pela primeira vez revelará indicadores de bancarização em toda a América Latina, comparados com os níveis atingidos em todo o mundo.

O Comitê entende que existem aspectos alarmantes, como a alta porcentagem da população que não utiliza os serviços bancários para tornar mais eficientes suas transações e investir suas economias. Dados recentes mostram que nos países industrializados 90% das famílias usam o sistema financeiro para esses fins. Enquanto isso, na área urbana do Brasil e na cidade de Bogotá, na Colômbia, esta aplicação cai para 40%. A situação é mais dramática na cidade de México, onde os dados indicam um índice de apenas 25%.

Outro dado que chama à atenção é o limitado acesso das pequenas e médias empresas aos serviços financeiros oferecidos pelos bancos. Estas empresas não são apenas geradoras importantes de emprego, mas também, com adequado financiamento, deveriam atuar como incubadores de projetos empresariais de maior escala.

Os resultados do estudo serão apresentados por Liliana Rojas-Suárez, consultora do CLAAF, que participará do painel Expansão do acesso aos serviços bancários, durante o dia 13 de novembro.

Projeto de sucesso no Chile - De acordo com a pesquisa do CLAAF, o acesso limitado a serviços financeiros está associado às condições específicas presentes nos países latino-americanos: história de instabilidade macroeconômica e alta volatilidade, que reduzem a confiança no setor financeiro, além de altos níveis de pobreza e extremo desequilíbrio na distribuição de renda, impedindo que importantes setores da população tenham acesso ao sistema financeiro formal.

Para Liliana Rojas, o Chile é o país da América Latina que mais se aproxima dos índices de bancarização e utilização dos serviços bancários registrados nos países industrializados. Ela cita iniciativas positivas do país, como o caso dos caixas automáticos. Lá, a provisão de serviços financeiros mediantes caixas eletrônicos é bem maior do que a das agências, tendência similar à apresentada pelos países industrializados.

No Chile, também foram feitos progressos importantes ao melhorar a transparência e os padrões da informação contábil por parte das pequenas e médias empresas. Isso reduziu custos operacionais bancários e facilitou a avaliação de créditos de risco.

O Brasil na intermediária - De acordo com o estudo do CLAAF, o Brasil ainda ocupa um nível intermediário, em comparação aos países industrializados. “Apesar de o Brasil oferecer atendimento bancário em 100% dos seus municípios, o número de pessoas bancarizadas ainda precisa crescer muito. Além disso, também é baixo o montante de recursos financeiros transacionados por estas pessoas”, comenta a consultora.

Um outro fato que inibe o crescimento do nível de bancarização é o extremo peso de impostos. “Isso não incentiva a ocupação do espaço financeiro em toda a América Latina”. O trabalho feito pelo CLAAF traz uma série de recomendações que poderiam ser implementadas para aumentar o nível de bancarização na região. Uma das principais trata dessa questão das taxas. “O Comitê recomenda a eliminação paulatina dos impostos às transações financeiras e a sua substituição por outras fontes de renda menos prejudiciais”. O estudo até sugere que esses impostos, se não fossem eliminados, poderiam ser transformados em créditos a descontar do imposto de renda.

Entre os temas que também serão discutidos no evento, estão a “Diversificação das formas de captação de recursos para comércio exterior”, “Captação de recursos através do mercado de capitais”, “Recursos Financeiros: mudanças face a negócios em mercados emergentes”, "Créditos e meio ambiente: conceitos aplicados às instituições financeiras", "Reflexos da política e da economia internacional nas relações comerciais dentro da América Latina" e “Negociações internacionais do comércio: bilaterais, regionais e multilaterais no comércio entre os países da América Latina".

A Assembléia já registra o patrocínio da KPMG, Serasa, Unibanco, Itaú BBA, Bradesco, Banco do Brasil, VISA, BM&F e Standard Chartered, além de cerca de 70 instituições financeiras e empresas internacionais, dezenas de bancos internacionais e apoios de inúmeros veiculos de comunicação, entre eles a Fator Brasil. Mais informações: www.febraban.org.br

Participação internacional - A 40ª Assembléia Anual da Felaban contará com a participação de 70 patrocinadores das Américas e Europa. O evento será realizado no Rio de Janeiro, de 12 a 14 de novembro, no Hotel Windsor Barra, Avenida Sernambetiba, 2.630 ,Barra da Tijuca. Site do evento: www.assembleia2006.com.br

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira