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20/05/2009 - 10:11

O desempenho da indústria gráfica no primeiro trimestre de 2009

Os dados do IBGE apontam para o crescimento de 0,71% da produção da indústria gráfica brasileira, no período dos últimos 12 meses (contados de abril de 2008 a março de 2009), em relação aos doze meses anteriores, e queda na produção de 3,5% no primeiro trimestre de 2009, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

O setor ainda sofre o impacto da contração dos mercados, iniciada com a crise internacional, mas, para muitos segmentos da indústria gráfica, já se pode ver “a luz ao final do túnel”.

O mês de março de 2009 foi bem melhor do que fevereiro para todos os grupos gráficos, exceto o segmento fabricante de cadernos.

Desempenho geral da indústria gráfica – Os dados da Tabela 1 mostram que, nos doze meses contados de abril de 2008 a março de 2009, o desempenho da indústria gráfica foi positivo em 0,7%. Tal desempenho foi superior ao da indústria de bens de consumo de semi e não duráveis (0,4%), no mesmo período, e superior ao da média da indústria de transformação, de -1,9%, nos mesmos 12 meses.

Analisando-se os trimestres, o resultado da indústria gráfica apresenta-se ainda negativo em 3% no 1º trimestre de 2009, em relação ao 1º trimestre 2008. Vale destacar que o 1º trimestre de 2009 foi melhor do que o mesmo período do ano anterior para o segmento editorial.

A atividade industrial foi também negativa em 17% no 1º trimestre 2009 em relação ao 4º trimestre de 2008, recuo maior do que o da média da indústria de transformação, que foi de 14,7%. Cabe notar a leve recuperação do segmento de impressos comerciais no 1º trimestre de 2009 em relação ao último trimestre do ano passado (vide Gráfico 1).

Ao olharmos os três primeiros meses do ano, em relação ao mês imediatamente anterior, notamos uma recuperação em março, em todos os segmentos gráficos, com exceção do grupo fabricante de cadernos (Tabela 2).

Desempenho do segmento de embalagens – O ano de 2009 iniciou com crescimento próximo de zero. De dezembro de 2008 para janeiro de 2009, o acréscimo foi de (0,3%) na produção do segmento de embalagens impressas seguido de uma queda de 2,7% em fevereiro em relação a janeiro. Em março a situação começou a melhorar, quando a atividade se recupera em 10,3% em relação a fevereiro, estimulada pelo aumento de 11,9% da produção das embalagens de papel e papelão impressas.

Ao analisarmos o desempenho na indústria de embalagens impressas no primeiro trimestre de 2009, verificamos que, em relação ao 4º trimestre de 2008 houve queda de 6% na atividade. Em relação ao mesmo primeiro trimestre de 2008, o declínio foi de 5,3% (Gráfico 3).

Como resultado acumulado, houve acréscimo de 0,99% na produção de embalagens impressas nos 12 meses, contados de abril de 2008 a março de 2009, desempenho este bem superior ao da classe industrial em que se insere, que é a de bens intermediários, cuja produção decresceu (-4,3%), superando também o resultado da indústria gráfica como um todo (0,71%). Entre as modalidades de embalagens impressas, a produção daquelas em papel e papelão cresceu 0,9% e as de plástico, 1,24% no mesmo período de doze meses, em comparação aos 12 meses que o antecederam.

As informações sobre o desempenho geral da indústria mostram que o estímulo ao segmento gráfico de embalagens impressas veio do setor de alimentação e bebidas elaboradas para consumo doméstico, com crescimento de produção de 0,9% nos mesmos 12 meses (e +5,8% de fevereiro para março de 2009) e demais bens de consumo não duráveis com acréscimo de 2,2% no mesmo período (+4,6% de fevereiro para março de 2009), já que todos os demais ramos da indústria apresentaram desempenho bastante negativo.

Desempenho do segmento editorial – O desempenho do segmento editorial deve ser analisado levando-se em conta as suas características sazonais.

Os primeiros três meses do ano de 2009 foram bastante instáveis para o segmento gráfico de produtos editoriais. De dezembro de 2008 para janeiro de 2009, a queda na produção foi de 30%, mas, em fevereiro e março, a situação começou a melhorar, com incrementos sucessivos na produção de 9,5% e 15% respectivamente.

Assim, comparando-se o 1º trimestre de 2009 com o mesmo trimestre de 2008 - períodos com as mesmas características sazonais - este segmento da indústria gráfica é o único que apresenta desempenho positivo, com acréscimo significativo, de 7,5% na produção.

No acumulado dos doze meses entre abril de 2008 e março de 2009, o acréscimo na produção é de 0,7%, muito semelhante ao resultado geral verificado para toda a indústria gráfica brasileira no mesmo período.

Desempenho do segmento de cadernos – A contração no mercado norte-americano, em decorrência da crise internacional e, consequentemente, a redução nas exportações de cadernos para aquele mercado, tem impactado negativamente a atividade deste segmento.

Com declínios sucessivos na produção – de 9,3% em janeiro de 2009, em relação a dezembro de 2008; de 31,6% em fevereiro, em relação a janeiro de 2009; e de 9,5% adicionais em março, em relação ao fevereiro –, este grupo já acumula uma queda de 37% na produção, no 1º trimestre de 2009 em relação ao último trimestre de 2008, e de 19% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

No período acumulado dos 12 meses entre abril de 2008 e março de 2009, o declínio já é de 6,27%.

Este, portanto, por ser o mais significativo grupo exportador do setor gráfico é também o mais impactado com a contração da economia mundial.

Desempenho do segmento de impressos comerciais – Após o período de cortes nas verbas de marketing das empresas em reação a crise internacional, que deprimiram drasticamente compras de impressos comerciais nos meses de novembro e dezembro de 2008, há sinais claros de gradual recuperação na atividade deste grupo gráfico.

Nos três primeiros meses de 2009 ocorreram aumentos sucessivos nas encomendas de impressos comerciais, em percentuais de 12,4% em janeiro, 18% em fevereiro e 16,7% em março, em relação ao respectivo mês anterior.

Analisando-se os resultados acumulados, temos que o 1º trimestre de 2009, já representa incremento de 4,7% na produção em relação ao péssimo último trimestre de 2008 para este segmento.

Tal recuperação ainda se mostra insuficiente para compensar as perdas do final do ano passado, já que a atividade deste 1º trimestre de 2009 é ainda inferior em 11,6% à do mesmo 1º trimestre de 2008.

No acumulado de doze meses, entre abril de 2008 e março de 2009, temos o resultado positivo de 1,59% – o melhor da indústria gráfica (0,71%), mas ainda capta o efeito positivo das eleições ocorridas entre maio e setembro de 2008.| www.abigraf.org.br

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