Em 2007 Iveco terá crescimento acima do mercado nacional de caminhões

Projeções da Iveco para o ano que vem apontam crescimento de 20% em suas vendas de caminhões para o mercado interno. Para Jorge Garcia, presidente da Iveco Latin América “indicadores apontam que o mercado de caminhões não terá crescimento significativo no ano que vem, porém, com o crescimento da rede de concessionárias Iveco e os recentes lançamentos da marca, estimamos um crescimento maior que cresceremos bem mais que o mercado”.

Para Garcia, enquanto as taxas de juros não diminuírem e o Pró Caminhoneiro do BNDES não sair do papel, é impossível fazer projeções mais otimistas. Embora não aposte no crescimento da economia brasileira a curto prazo, o presidente da Iveco acredita no potencial do País e no crescimento da marca no mercado nacional.

“A Iveco tem potencial para crescer em todos os segmentos, principalmente na faixa dos semi-pesados e pesados, onde lançamos recentemente o modelo Cavallino e a família de pesados Stralis”.

De acordo com o executivo, a Iveco continuará a ampliar sua rede de concessionárias e deverá investir cerca de 100 milhões de reais para o desenvolvimento de novos produtos nos próximos dois anos no Brasil. Em suas projeções para 2007, o presidente da Iveco acredita que o mercado total de caminhões irá produzir 97 mil veículos, com 75 mil unidades destinadas ao mercado interno e o restante para exportações. Segundo Garcia, as remessas ao exterior caminharão em bom ritmo no ano que vem, principalmente para Argentina, onde há previsões de crescimento da economia, e para a Venezuela, onde foi registrado um verdadeiro boom em 2006, com vendas previstas de 28 mil veículos no mercado interno até o final do ano.

Estimativas da Iveco apontam para a produção de 17 mil veículos da marca no ano que vem (incluindo veículos Ducato produzidos na Fábrica da Iveco Fiat em Sete Lagoas) contra 16 mil unidades previstas para 2006. “As exportações deverão alcançar 4.200 unidades”.

Em sua avaliação, as perspectivas são positivas a médio e longo prazo, tanto para a marca quanto para o mercado total. Garcia acredita que há grande potencial de crescimento no Brasil, já que 65% de tudo o que se transporta no País é por via rodoviária e há uma tendência natural de renovação da frota. “Existe uma forte demanda reprimida por caminhões novos no Brasil, pois o País possui dimensões continentais e as fronteiras agrícolas tendem a se expandir. Há ainda a tendência das grandes empresas geradoras de carga passarem a exigir cada vez mais o selo de qualidade de serviços e ambiental de seus fornecedores. Com isso, haverá forte necessidade de renovação da frota nos próximos anos. Com a inflação sob controle e juros decrescentes será possível fazer investimentos a longo prazo”, conclui.

Para completar o quadro de perspectivas da Iveco, Garcia anunciou que a montadora já está preparada para atender as normas Euro 4, prevista para entrar em vigor apenas em 2009, e que o transportador e o caminhoneiro autônomo se surpreenderão com as novidades em produtos da Iveco previstas para o próximo ano. “Minha meta é responder positivamente todas as demandas do mercado de veículos comerciais e alcançar 10% de market share”. | Foto: Jorge Garcia-Presidente