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23/05/2009 - 09:08

"Temos que arrumar a casa na bonança", afirma diretor-presidente da Tupy S/A

Preocupação com saúde financeira da empresa, diversificação da carteira de clientes, foco no negócio e investimento na educação dos trabalhadores são medidas apontadas por Luiz Tarquínio Sardinha Ferro, diretor-presidente da Tupy S/A, para se evitar abalos com a crise

Florianópolis, 21.05.2008 - Assim como uma pessoa que tem boa alimentação e pratica exercícios físicos regularmente sofre menos com uma eventual gripe, uma empresa preocupada com a gestão tem menos chance de sofrer abalos com crises financeiras. Na última palestra do Encontro Catarinense da Indústria, dia 21 de maio, o diretor-presidente da Tupy S/A, Luiz Tarquínio Sardinha Ferro, falou sobre a importância da preocupação contínua com a gestão empresarial para enfrentar a crise. "Tem que arrumar a casa na bonança", afirmou.

Manter a sustentabilidade financeira, a diversificação da carteira de clientes, o foco no negócio e o investimento na educação dos funcionários e no desenvolvimento tecnológico são algumas das estratégias adotadas pela Tupy para garantir a solidez da organização, segundo seu principal executivo.

Tarquínio explicou que muitas empresas afetadas pela atual crise econômica já tinham problemas mesmo antes da turbulência, como a Chrysler e a General Motors (GM). Sobre a Tupy, lembrou que a empresa tem 88% do seu negócio voltado para o setor automotivo. No entanto, apenas uma pequena parte dos clientes da empresa foram beneficiados com a ajuda governamental, que privilegiou o setor automotivo no segmento de carros de passeio. "Caminhões, máquinas agrícolas e de construção civil não tiveram investimento direto, apenas algum indireto, como os incentivos agrícolas, por exemplo", completa. A empresa também enfrenta, em 2009, uma redução das exportações, que até 2008 representavam 50% do faturamento da companhia, atendendo os Estados Unidos, a Europa e a Ásia.

O aprendizado resultante de estratégias adotadas pela empresa em mais de 70 anos foram relatados por Ferro. Ele lembrou que, em 1949, a Tupy criou uma escola técnica para formação de funcionários e na década de 70 investiu em um centro de pesquisa. A década de 80 foi marcada pela diversificação dos produtos e a de 90, pela venda da companhia e a aquisição de plantas industriais. Com esta decisão, a empresa teve parte de sua sustentabilidade financeira comprometida, agravada pela crise de crédito de 2002. Porém, com os esforços dos últimos anos, conseguiu se recuperar financeiramente para chegar saudável à crise atual. Dessa experiência, Ferro aconselha: "nenhuma empresa deve empreender projeto de crescimento que lhe custe a saúde financeira".

Sobre as medidas a serem tomadas no momento da crise, ele destaca a velocidade de adaptação e tomada de decisões, flexibilidade, olho na concorrência e foco na avaliação de clientes e fornecedores.

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