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27/05/2009 - 09:44

Morte súbita é tema de fórum em Curitiba

As doenças cardíacas são as principais causas do problema.

Dados norte-americanos revelam que por ano 300.000 pessoas morrem vítimas da morte súbita e a maioria dos casos decorre de problemas cardiovasculares. Embora não se tenham estimativas no Brasil, médicos acreditam que esse tipo de morte vem crescendo no país. Para discutir o tema, especialistas nacionais e internacionais estarão em Curitiba, entre 27 e 30 de maio, no 1º Fórum Internacional de Morte Súbita, que ocorre paralelamente ao XII Congresso Sul Brasileiro de Cardiologia, XXXVI Congresso Paranaense de Cardiologia.

Como muitas vezes as arritmias cardíacas não provocam sintomas, boa parte da população desconhece que está sofrendo desse distúrbio e correndo risco de morte súbita. “As alterações no ritmo normal do coração afetam, principalmente, as pessoas que possuem doenças cardiovasculares, mas também podem atingir indivíduos saudáveis, inclusive, atletas”, alerta o presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologista - instituição que organiza o evento - , Dr. José Carlos Moura Jorge.

A prevenção é a melhor opção para o problema, já que dados internacionais mostram que 2/3 da redução da mortalidade por doenças cardiovasculares estão relacionados a alertas e campanhas educativas. “A importância maior é conscientizar a população sobre o que é a morte súbita e de que maneira o cidadão comum pode contribuir para diminuir o número devastador desses casos, simplesmente sabendo como fazer massagem cardíaca e como utilizar o desfibrilador”, diz o cardiologista.

De acordo com o cardiologista Dr. Manoel Canesin, que participará do Congresso, existem treinamentos para a comunidade e programas de acesso público para utilizar o desfibrilador. “Quando uma pessoa sofre uma parada cardiorrespiratória súbita por uma arritmia cardíaca deve ser submetida a uma reanimação cardiopulmonar, que implica na compressão torácica, para a ventilação pulmonar. Com isso, é possível manter a circulação de sangue no cérebro e no coração”, explica Dr. Canesin.

É chamada de arritmia cardíaca qualquer variação da frequência do coração, que bate, normalmente, em torno de 60 a 100 vezes por minuto (no caso de um adulto). Palpitações, taquicardia, fibrilação e parada cardíaca são alguns dos tipos de arritmia mais comuns e que merecem a atenção de um cardiologista. Apesar de algumas mudanças no ritmo cardíaco serem facilmente percebidas, como as palpitações, nem todas possuem sintomas e, por isso, tornam-se tão perigosas. “Essas alterações de ritmo podem não ser notadas e acarretarem uma parada cardíaca. E, se não houver o socorro correto, pode causar a morte súbita”, ressalta o especialista.

Ritmo cardíaco - Quando o coração bate menos de 60 vezes por minuto, caracteriza-se a braquicardia e, muitas vezes, é necessário o implante de um marca-passo para regularizar os batimentos. A taquicardia, por sua vez, é a aceleração do ritmo cardíaco e pode requerer o uso de medicamentos antiarritmicos ou outros tratamentos. Algumas vezes, as arritmias são benignas e podem ser facilmente tratadas e até curadas, entretanto, outras podem ser decorrentes de doenças cardíacas, sendo fator de risco. A morte súbita é uma das possíveis consequências das arritmias cardíacas malignas, pois essas doenças podem evoluir para uma alteração crítica do ritmo cardíaco como a fibrilação arterial, chegado à parada cardiorrespiratória.

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