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27/05/2009 - 11:17

Semana de Museus termina com música clássica


Mesa redonda discutiu relação entre museus e turismo.

Uma mesa redonda sobre o tema “Museus, casas históricas, centros culturais e o turismo na Região Serrana” encerrou, no sábado, os sete dias de eventos da Semana Nacional de Museus no Museu Imperial.

O encontro, que discutiu a importância da preservação do patrimônio cultural e o desenvolvimento do turismo para a geração de emprego e renda, reuniu o diretor de Turismo de Negócios e Eventos da Embratur, Marcelo Pedroso; a assessora de relações internacionais da TurisRio, Mirian Cutz; o presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis, Charles Rossi; o representante da Secretaria de Turismo de Teresópolis, Bernardo Ribeiro; o secretário de Cultura de Teresópolis, Wanderley Peres; e o diretor do Museu Imperial, o historiador Maurício Vicente Ferreira Júnior.

“Será preciso restringir o turismo para preservar?” Foi com este questionamento que Mirian Cutz deu início ao debate sobre a relação entre museus e turismo. Segundo ela, turismo e cultura são instrumentos estratégicos para promover qualidade de vida e cidadania.

“Petrópolis é uma região que tem muito a oferecer ao turismo internacional. Petrópolis e a Região Serrana têm produtos bastante interessantes para serem promovidos no mercado internacional”, comentou Marcelo Pedroso após apresentar a estratégia de promoção do Brasil no exterior por meio do Projeto Aquarela.

Para o presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis, levando em consideração a infraestrutura oferecida para os visitantes, o Museu Imperial é o único produto turístico de Petrópolis: “O Museu é o principal atrativo turístico da cidade, que se destaca pelo patrimônio histórico. O Museu Imperial é a nossa referência”.

No fim da mesa redonda, o diretor do Museu apresentou o projeto “Museus e seus visitantes”, desenvolvido com a metodologia do programa Observatório de Museus e Centros Culturais, agora no âmbito do Instituto Brasileiro dos Museus. Maurício adiantou que o Museu Imperial fará parte da pesquisa já aplicada em trinta e cinco museus brasileiros e que, durante três meses, questionários serão preenchidos pelos visitantes. “É fundamental conhecer os visitantes e seus interesses para que possamos oferecer serviços adequados. Petrópolis e o Museu Imperial precisam conhecer seu público. E num plano mais geral, a pesquisa do Observatório dos Museus possibilita a realização de estudos comparativos, identificando e avaliando as várias demandas e motivos dos deslocamentos de público para os Museus”, explicou Maurício.

Marcelo Fagerlande relança Cd gravado em espineta, única do mundo - Os visitantes do Museu Imperial puderam apreciar na noite de sábado, a apresentação do músico Marcelo Fagerlande, encerrando os eventos culturais da Semana dos Museus. O artista é considerado um dos mais importantes cravistas do Brasil e o concerto marcou o relançamento do Cd “Marcelo Fagerlande no Museu Imperial”, produzido em 1990. O disco contém 16 faixas de músicas brasileiras e portuguesas gravadas no único exemplar da espineta Mathias Bostem no mundo, que pertence ao acervo do museu.

“Enquanto alguns dizem que a maior jóia do Museu Imperial é a coroa que pertenceu à d. Pedro II, eu digo que a mais importante jóia é essa espineta”, afirma Fagerlande.

O concerto é um dos exemplos de ações que estão sendo implementadas pela diretoria do museu em oferecer música de qualidade para um público cada vez maior: “Queremos que o petropolitano se habitue a prestigiar concertos de música clássica, formando assim plateia para este tipo de evento”, declarou o diretor da Instituição, o historiador Maurício Vicente Ferreira Júnior.

A opinião é ratificada pelo designer Daniel Carvalho. Acompanhado do filho, estudante de piano, os dois assistiram a apresentação que consideraram de extremo bom gosto. “É a primeira vez que venho ao Museu Imperial assistir a uma apresentação cultural. Essas atrações merecem se tornar cada vez mais frequentes. Foi fantástica a apresentação e, é extremamente necessário unir a cultura e a história que Petrópolis detém”, garantiu.

Marcelo Fagerlande escolheu, para fazer parte deste trabalho, obras de compositores do período barroco, como Francisco Xavier Bachixa, João de Souza Carvalho e Francisco Xavier Baptista. Ao lado destes foram incluídos Carlos Seixas - autor da primeira metade do século XVIII e um dos maiores nomes portugueses que compôs para o teclado - e os brasileiros Luís Álvares Pinto e José Maurício Nunes Garcia, mais conhecidos por suas obras sacras, mas representados no Cd por composições tecladísticas.

De acordo com o diretor de Turismo de Negócios e Eventos da Embratur, Marcelo Pedroso, a apresentação enriquece ainda mais a figura do Museu Imperial. “Esse instrumento tem uma unicidade e é o que incrementa ainda mais essa apresentação. A relação entre cultura e turismo é uma linha tênue e que se beneficia de ambos os lados. É mais um aspecto vantajoso para uma cidade repleta de belezas naturais e históricas”, disse. . [ Museu Imperial, Rua da Imperatriz, 220, de terça a domingo, das 11h às 18h]. [ Foto: 1) Charles Rossi, presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis; Marcelo Pedroso, diretor de Trismo de Negócios e Eventos da Embratur; Mirian Cutz, assessora de relações internacionais da TurisRio e Maurício Vicente Ferreira Júnior, diretor do Museu Imperial].

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