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30/05/2009 - 21:13

Pesquisa Amcham-Ibope aponta otimismo do empresariado

O empresariado brasileiro vê de modo positivo o início da gestão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Pesquisa Amcham-Ibope aponta que, nestes primeiros meses, para 78%, o governo correspondeu às expectativas e, para 19%, as superou. Além disso, 91% se declaram otimistas com relação aos quatro anos do mandato.

“A ideia dessa sondagem surgiu em novembro passado, em evento da Amcham que debateu a crise internacional. Os resultados mostram as percepções, os sonhos e os receios dos líderes empresariais do Brasil e indicam caminhos para influenciar o futuro”, afirmou o Jacques Marcovitch, ex-reitor da Universidade de São Paulo. Ele apresentou uma análise dos dados em encontro com o presidente da US Chamber, Tom Donohue, nesta sexta-feira (29/05) na Amcham-São Paulo.

O clima favorável detectado pelo Ibope se explica mais pelo reconhecimento de uma postura promissora do novo presidente do que por uma percepção de efeitos diretos sobre os negócios no Brasil. Apenas 41% dos entrevistados declaram já vivenciar reflexos positivos da nova administração em suas operações.

Os setores citados como objeto de maior impacto positivo são energia, petróleo e gás (54%), alimentos (36%), tecnologia da informação (36%) e turismo (31%). Já os segmentos automotivo (31%), siderúrgico (23%), calçadista (23%) e de bens de capital (20%) aparecem como os que sofrem menos. O agronegócio e setor financeiro, por sua vez, são lembrados tanto pelos efeitos positivos (53% e 38%, respectivamente) como pelos negativos (27% e 20%).

O levantamento mostra que a maioria das companhias (57%) não tem adotado medidas específicas frente ao novo contexto bilateral. “Isso indica que os executivos de fato acreditam em sinais de recuperação”, explicou Laure Castelnau, diretora executiva de Atendimento e Planejamento do Ibope Inteligência. Entre as que optaram por ações imediatas frente ao novo contexto, verificou-se principalmente um movimento de corte de gastos (14%) e busca de novas oportunidades (9%).

Com relação à crise, 75% dos entrevistados duvidam que a administração Obama seja capaz de reverter o quadro ainda em 2009, mas, em um prazo estendido, manifestam visão mais favorável: 72% desse público apostam em melhora consistente dentro de dois ou três anos.

Relação bilateral - Para os empresários e executivos ouvidos pelo Ibope, o Brasil não está hoje no topo da lista de prioridades da política externa americana. Quase 70% avaliam que o País figura apenas entre os dez maiores parceiros dos EUA, e 13% acreditam que esteja entre os cinco principais. Dois em cada dez entrevistados veem um espaço mínimo para o Brasil na pauta americana.

Essa análise se explica em parte pela percepção de que, pelo lado brasileiro, há maior abertura para fortalecer o relacionamento bilateral do que pelo americano: 76% dos consultados afirmam que o governo do Brasil se mostra disposto ou muito disposto a intensificar o diálogo, enquanto apenas 56% notam a mesma postura na administração dos EUA; 87% dizem que a iniciativa privada brasileira está disposta ou muito disposta a investir no estreitamento da relação, ao passo que somente 31% enxergam o mesmo interesse no setor privado americano.

A sondagem revela ainda uma expectativa de recrudescimento do protecionismo dos EUA nos próximos quatro anos – nada menos que 52% acreditam nessa hipótese – e um espírito predominantemente (69%) de apoio ao crescente intervencionismo governamental em companhias americanas.

A pedido da Amcham, o Ibope ouviu, entre os dias 28 de abril e 15 de maio, 192 empresários e altos executivos de companhias associadas de vários setores que atuam no Brasil, 68% delas de capital nacional, 15% de capital americano e 17% de outras origens.

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