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30/05/2009 - 21:34

Métodos Anticoncepcionais


Com uma vida social e profissional cada vez mais intensa, a mulher moderna não abre mão de segurança, conforto e praticidade no que diz respeito aos cuidados diários com sua saúde. E um dos pontos primordiais para ela é usar um método contraceptivo que se adapte ao seu organismo e ritmo de vida.

Hoje, existem métodos contraceptivos à venda nas farmácias e também os procedimentos que só são realizados por ginecologistas. Mas, é vital que a mulher saiba qual é o mais indicado, seguro, confortável e com menos efeitos colaterais.

Para escolher o melhor método contraceptivo, seja qual for a idade da mulher, nada como uma conversa com o ginecologista para obter informações sobre todos eles.

“Cabe à mulher decidir, junto com seu médico, o método que mais se harmonize ao seu organismo e expectativas. Os métodos contraceptivos estão cada vez mais práticos e eficazes”, ressalta a ginecologista Dra. Rosa Maria Neme (CRM SP-87844), graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com residência médica e doutorado em Medicina na área de Ginecologia pela Universidade de São Paulo e diretora do Centro de Endometriose São Paulo, primeira clínica de São Paulo especializada no tratamento da doença. Realizou residência-médica também na Universidade de São Paulo (2000). Também dirigiu o Centro de Endometriose São Paulo, e integra a equipe médica do Hospital Israelita Albert Einstein, Samaritano, São Luiz e Sírio Libanês.

O Centro de Endometriose São Paulo conta com serviços voltados à assistência global da saúde da mulher e valorização da beleza feminina. A iniciativa deste projeto pioneiro é da Dra. Rosa Maria Neme, que possui diversos trabalhos publicados sobre a endometriose e larga experiência no tratamento desta doença. Ela lidera uma equipe clínica formada por médicos e profissionais nas áreas de ginecologia, radiologia, cirurgia do aparelho digestivo, urologia, clínica geral, anestesia especializada no tratamento de dor, dermatologia, fisioterapia, nutrição e psicologia.

Entrevista: Dra. Rosa Maria Neme respondeu as principais dúvidas, por Chris Santos e Aline Marques, Prestigie:

1) Além dos anticoncepcionais orais, quais os outros tipos que existem e são usados no Brasil? Quais as vantagens e desvantagens de cada um dos tipos? . Há vários tipos de anticoncepcionais: - Os injetáveis: são práticos porque são usados mensalmente ou trimestralmente, mas podem provocar muita irregularidade no ciclo menstrual | - Adesivos e anel vaginal: são práticos, pois são trocados semanalmente ou a cada três semanas, sendo ideais para mulheres que esquecem de tomar a pílula diária | - DIU de cobre: Vantagem de poder ser usado por um período de 7 a 10 anos. Entretanto, seu uso pode aumentar as cólicas menstruais e o sangramento na menstruação. Não tem hormônio. | - DIU de progesterona: Pode permanecer durante cinco anos dentro do útero e tem a vantagem de ter baixa dosagem de hormônio, não influencia no ciclo hormonal (ovulação) e diminui o sangramento vaginal, podendo até suspender a menstruação. | - Métodos de barreira - camisinha masculina ou feminina e diafragma: os dois primeiros são ideais para evitar a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. | - Pílula do dia seguinte: composta de uma dose mais alta de progesterona, evita a gestação em casos emergenciais, sem provocar efeitos colaterais significativos.

2) Há contraindicações para o uso de qualquer um deles? Em que situações? . A principal contraindicação está nos métodos hormonais, principalmente nos que contém estrógeno sintético (pílula, anel vaginal e adesivo), que não devem ser usados por mulheres fumantes acima dos 35 anos ou que tenham algum fator que predisponha à trombose.

3) Há cuidados que a mulher deve tomar antes de iniciar o uso de anticoncepcionais? E durante o uso, ela deve se submeter a algum tipo de exame regularmente? . Idealmente, devem ser feitos exames para verificar se a mulher apresenta algum fator de risco para trombose. São exames de sangue que mostram esse risco, que apesar de raro, pode ser grave.

4) Quais os mitos mais comuns em torno do uso de anticoncepcionais? . Os mitos mais comuns são que os anticoncepcionais engordam e aumentam as varizes. Na verdade, os anticoncepcionais atuais, pela baixíssima dose hormonal, podem dar um pequeno inchaço no corpo da mulher, mas que é facilmente controlado com a prática de exercícios físicos. Além disso, pode acontecer um discreto aumento do apetite.

Quanto às varizes, os estudos mais atuais nessa área demonstram que a dose dos contraceptivos é insuficiente para provocar o aumento dos vasos, principalmente em membros inferiores.

5) É verdade que o anticoncepcional pode interagir com outros medicamentos e não ter o efeito esperado? Isso ocorre com qualquer dos tipos à venda no país? . Todos os métodos contraceptivos hormonais podem ter sua eficácia diminuída diante do uso associado de antibióticos e antidepressivos, por exemplo.

6) A mulher pode não se adaptar a algum tipo de anticoncepcional? De que maneira ela vai perceber isso? . Ela pode permanecer com irregularidade menstrual, apesar do uso certo do método, ou ter efeitos colaterais indesejados, como dores de cabeça fortes, mal estar, enjôo, entre outros sintomas. Este período de adaptação gira em torno de três meses.

7) Quais as mudanças que ocorrem no corpo ao iniciar o uso de anticoncepcional? Essas alterações voltam ao passam assim que o uso é interrompido? . Todas as alterações voltam ao normal após a suspensão do método. Pode haver um inchaço do corpo e, principalmente, das mamas nos três primeiros meses, assim como o aumento da acne e oleosidade da pele.

8) Há mulheres que dizem que "incham" quando usam pílula. Isso pode ocorrer de fato? Por quê? . Pode, porque há uma discreta retenção de líquido no corpo no período de adaptação ao hormônio.

9) Mulheres que usam pílula têm mais chance de desenvolver câncer de mama e de colo de útero? Ou, ao contrário, a pílula protege contra esses tipos da doença? . Não há nada provado a este respeito e sim muitas dúvidas. Em geral, as pílulas têm dose hormonal muito baixa e que não chegam a interferir no ciclo natural do câncer de mama. Quanto ao câncer de colo de útero, não há nenhuma associação ao uso da pílula, pois ele está ligado em mais de 95% dos casos à infecção pelo vírus do HPV.

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