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30/05/2009 - 22:47

Exploração do Pré-sal no contexto global da utilização de combustíveis fósseis

No planeta se cobram posições institucionais de uso de matriz energética limpa, ao mesmo tempo em que o Brasil desponta como ator importante no cenário da exploração de petróleo, sobretudo em razão do início da retirada na plataforma Cidade de São Vicente, do óleo pré-sal, implicando em uma série de reflexões.

O aquecimento global provoca os mais diversos e acalorados debates. Muitos debates procuram identificar as causas, os estoques e a pagada de carbono. Nesses estudos, analisam-se os principais gases de efeito estufa e suas implicações diversas e as amplas conseqüências na vida humana e na biodiversidade do planeta.

Ao mesmo tempo são direcionadas pesquisas com objetivo principal de mitigar as causas, reduzindo a provocação e emissão de gases vilões do aquecimento global. O sucesso da mitigação e seqüestro desses gases poderá permitir a manutenção da qualidade de vida como se conhece hoje, evitando, principalmente os custos econômicos, ambientais e sociais de uma necessidade de adaptabilidade de vida em condições climáticas resultantes de um aumento médio da temperatura global.

Consenso entre os pesquisadores indica que a discussão passa necessariamente pela questão da inovação tecnológica e da fonte e do uso de energia. Nesse sentido, coloca-se a questão da carbonização da matriz energética como ponto fulcral dos debates. A utilização dos combustíveis fósseis no mundo é questionada por ambientalistas, em choque com o setor produtivo que domina a tecnologia de exploração e pode contar com um abastecimento regular e oferta segura.

Como a questão envolve visões multidisciplinares do problema, precisamos ao menos indicar fatos importantes para subsidiar novos debates e contribuir, não para um convencimento, mas, sobretudo, para o conhecimento e encaminhamento do problema.

Diariamente no mundo se consomem quase 14 bilhões de litros de petróleo. Comparativamente todo o etanol produzido no Brasil em um ano equivale a cerca de 50 horas da exploração e consumo de petróleo no planeta.

Ou seja, não se trata de reduzir o problema climático à substituição dos combustíveis fósseis, principalmente pela evidente questão matemática, já que não há oferta equivalente de substitutos.

Dessa forma, enquanto o mundo assiste a situação da limitação dos estoques de petróleo nos campos conhecidos, as descobertas do pré-sal no Brasil e as possibilidades tecnológicas e econômicas de sua exploração tomam forma grandiosa. Permite a ampliação da participação do País no clube de Nações na vanguarda de oferta dessa commodity, com o diferencial geopolítico de regionalmente se situar em zona ausente de conflitos, com plena democracia.

Evidentemente que essa disponibilidade de novos campos devem fomentar novos debates, principalmente de ordem institucional, com modelos regulatórios eficientes; ambientais, com mecanismos de controle de emissões e resíduos; sociais, com geração e distribuição de emprego e renda; tecnológicos, com instrumentos de inovações para exploração em áreas difíceis e profundas.

Resta claro que o mundo precisa de segurança na oferta de energia, seja liquida ou elétrica. Nesse contexto avançamos em duas frentes principais, seja o desenvolvimento de energias renováveis ou descoberta economicamente viável de novos campos para exploração de combustíveis fósseis.

. Por: Antonio Carlos Porto Araújo, ambientalista e consultor de energia renovável da Trevisan.

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