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30/05/2009 - 22:47

A Coreia do Norte desafia o mundo

A história da Coreia do Norte começa com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Naquele ano, os japoneses - derrotados no confronto militar - foram expulsos da península e a Coreia foi dividida entre norte-americanos e soviéticos. Em 25 de junho de 1950, a frágil paz entre as duas zonas de ocupação foi rompida e a Coreia do Norte (controlada pelos soviéticos) invadiu a região sul da península controlada pelos Estados Unidos, dando origem a um grande conflito que praticamente inaugura a Guerra Fria entre os dois países.

Em 27 de julho de 1953, foi assinado um armistício entre o comandante do exército norte-coreano e um representante da Organização das Nações Unidas, criando uma zona desmilitarizada entre os dois países.

Durante os anos em que esteve sob a esfera soviética de poder, o país apresentou bons índices de desenvolvimento, principalmente no campo social e econômico. Entretanto, após a crise do petróleo, nos anos 1970, a economia da Coreia começou a despencar.

O país depende frequentemente da ajuda humanitária internacional, e seu índice de desenvolvimento humano está muito abaixo dos principais vizinhos da região. O país é controlado por um partido único, sendo a censura e o culto ao líder características daquela nação oriental.

Em 1994 morreu Kim Il-Sung, que governara o país desde 1948. Seu filho, Kim Jong-Il, assumiu o comando do partido dos trabalhadores norte-coreano em 1997 e seguiu a linha do pai. Opôs-se à abertura econômica do país e inflou os gastos com o setor militar, possivelmente para barganhar algo dos inimigos políticos.

A atual política militar de incentivo à construção de um arsenal nuclear insere-se nessa lógica. O país, na verdade, quer intimidar o mundo com seus testes nucleares para conseguir alguma ajuda econômica dos países desenvolvidos. Isso, entretanto, não quer dizer que não devemos ter medo dos testes nucleares norte-coreanos, pois eles apresentam, de fato, uma enorme ameaça ao mundo livre, além de provocarem danos terríveis ao meio ambiente da região. Nesse último teste, verificou-se um abalo sísmico significativo em algumas regiões de países próximos devido à explosão do artefato nuclear. Isso gerou pânico, principalmente no Japão, que é proibido até hoje de manter um exército permanente após a Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos, principal potência bélica do mundo, também se opõem aos testes nucleares norte-coreanos. O país só tem hoje o apoio da República Popular da China, mesmo assim, com algumas ressalvas.

. Por Ricardo Barros, Professor de História do Colégio Paulista (COPI). Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Graduado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e em Pedagogia pela Faculdade de Educação da USP.

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