Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

02/06/2009 - 10:43

Hora certa de comprar um carro

Redução do IPI, promoções, feirões de fábrica. As promoções são tanta que quase todos concordão que chegou a hora de comprar um veículo, correto? Não, essa idéia é muito errada, pois a compra consciente de um veículo só acontece se a pessoa tiver uma real idéia de sua situação financeira e se esse veículo não será o vetor de futuras dívidas.

O problema é que a maiorida dos consumidores de veículos só pensa no custo da compra e esquecem que isso ocasionará diversos outros gastos, como combustível, manutenção, IPVA, seguros, acessórios e possíveis multas. Além disso, é importante saber a real condição de adquirir esse bom, eu sempre separo os consumidores em três grupos em relação as suas finanças: os endividados, os equilibrados e os investidores, e cada um desses grupos devem tratar a compra de um automóvel de forma diferente.

O consumidor endividado não deve nem pensar em comprar um veículo nesse momento, a prioridade dela deve ser sair das dívidas e, um custo a mais em seu orçamento é praticamente assinar o certificado de falência financeira. A prioridade no momento deve ser resolver as dívidas, reduzindo gastos desnecessário e caso tenha o sonho de ter um veículo, esse deve ser planejado em um prazo longo de tempo, quando, além do fim das dívidas, essa pessoa já tenha feito uma poupança que dará a garantida de que pode comprar o veículo, além de ter reservas para os gastos extras que terá.

Os consumidores equilibrados financeiramente são os que mais preocupam, pois esses, por não possuírem dívidas, pensam que essa é hora de “investir” em um novo veículo, ou em trocar o que já possui, seduzidas pelas promoções. Mas não percebem que não possuem dinheiro em caixa para comprar à vista e que terão que financiar e que bancar outros custos de manutenção. E esse é o grande passo para ir do equilíbrio financeiro para as dívidas. Além disso, já existem análises que provam que o desconto do IPI não valem para financiamentos longos, o que torna as promoções desvantajosas.

O consumidor equilibrado deve refletir sobre se realmente quer esse bem de consumo e, caso queira, iniciar imediatamente um investimento, que terá como objetivo a compra ou a troca. Ao chegar ao valor necessário para pagar a vista, negociar reduções ainda maiores. Nunca se esquecendo dos gastos extras que um veículo representará.

Para os poupadores a situação no momento é de análise, tendo que refletir se é realmente necessário um novo veículo, se for e tiver dinheiro para compra a vista essa é uma boa hora. Se faltar alguma quantia que terá que financiar, é melhor guardar mais até que compre a vista.

Caso já possua um veículo e queira outro, terá que refletir quais as vantagens de um novo carro e se os gastos dos dois não são arriscados. Sempre reforço que um veículo não é investimento, em função de sua rápida desvalorização. O consumo de bens deve sempre estar associado a reais necessidades e não a impulsos consumistas do momento.

Para finalizar, como explico no livro Terapia Financeira, Editora Gente, as pessoas devem ter objetivos para seu futuro, pois, só assim terão segurança para o consumo consciente. Ter um carro é interessante? Com certeza, mas com as devidas ressalvas de que não será ele que fará sua vida melhor, e sim a segurança financeira para poder pensar com calma suas ações.

. Por: Reinaldo Domingos - Educador e Terapeuta financeiro. Também é autor do livro “Terapia Financeira” - (Editora Gente), e criador da Metodologia DiSOP – Educação Financeira - Presidente do DiSOP Instituto de Educação Financeira – (www.disop.com.br).

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira