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04/06/2009 - 11:22

Meirelles repete alerta sobre euforia no câmbio

Brasília - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, voltou a alertar contra a euforia dos investidores no mercado de câmbio.

Em audiência pública na Câmara dos Deputados no dia 3 de junho (quarta-feira), Meirelles reiterou também que não é o momento de o governo voltar a taxar capitais estrangeiros, uma vez que a apreciação do real tem resultado principalmente de uma elevação do fluxo de investimentos estrangeiros diretos e de aplicações de não-residentes na bolsa brasileira.

"O mercado funciona em duas direções. Não é para se entrar em depressão ou euforia", afirmou Meirelles.

"Eu espero que as empresas brasileiras e os investidores brasileiros olhem com muita responsabilidade. Esse negócio de dizer que o dólar chegará a um real... É bom manter o pé no chão."

Ele lembrou que, no passado, as empresas apostaram que o dólar não subiria e isso "custou caro" para muitas delas.

Em maio, segundo Meirelles, o investimento estrangeiro direto bruto somou 2,750 bilhões de dólares.

As remessas de lucros e dividendos, por outro lado, voltaram a subir e alcançaram 2,5 bilhões de dólares, frente a 1,716 bilhões de dólares em abril. A conta de serviços, ainda de acordo com o presidente do BC, foi deficitária em 1,2 bilhão de dólares no mês passado.

A estimativa do BC, anunciada na última semana, é de que o país fecharia maio com déficit em transações correntes de 2,3 bilhões de dólares, o pior resultado desde janeiro.

Upgrade no risco - Meirelles frisou que nas duas últimas semanas verificou-se uma recuperação das condições de financiamento das empresas, que voltaram a captar no mercado e, em alguns casos, anunciaram a intenção de emitir ações.

Também presente à audiência, o diretor de Política Econômica do BC, Mário Mesquita, afirmou que a classificação de risco brasileiro está atualmente inferior a de países que tem indicadores, como o de endividamento, piores.

"É de se supor que, em algum momento no futuro, haja uma convergência de ratings", disse Mesquita, acrescentando que sua expectativa é de que essa convergência ocorra com uma elevação da nota brasileira.

Atualmente, as agências Standard & Poor's e Fitch classificam a dívida soberana do país em "BBB-", a primeira nota na faixa grau de investimento. A Moody's está um passo atrás.| Por Isabel Versiani, edição de Daniela Machado/Reuters.

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