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04/06/2009 - 11:50

Brasil será líder mundial no mercado de energia renovável, diz relatório


Multinacional descreve como o Brasil poderia produzir até 8 bilhões de litros de biocombustível derivado de resíduos da cana-de-açúcar até 2020, o que representaria até US$ 4 bilhões em exportações.

De acordo com o relatório da multinacional Novozymes, dentro de dois a três anos o Brasil teria condições de iniciar a produção do biocombustível derivado do bagaço da cana-de-açúcar em grande escala, além da atual produção do próprio açúcar. Até o ano de 2020, o Brasil produziria 8,2 bilhões de litros. “O biocombustível de segunda geração não só irá gerar mais exportações para o Brasil, mas também ajudará o país a manter a sua liderança no mercado da energia renovável”, diz o documento. “Mas esse desenvolvimento dependerá da capacidade da indústria em atrair investimentos e o apoio político necessário”, observa o estudo. O tema está sendo discutido no Ethanol Summit, em São Paulo, que começou segunda-feira (1º de junho) e vai até quarta-feira (3).

As informações da Novozymes, líder mundial no fornecimento das enzimas necessárias para a produção do bioetanol, foram apresentadas detalhadamente no evento por Steen Riisgaard, presidente da empresa dinamarquesa. “Os carros europeus de hoje são movidos a açúcar brasileiro. Os de amanhã usarão resíduos”, declarou Riisgaard. “Estima-se que o Brasil terá capacidade de produzir entre 4,6 e 8,2 bilhões de litros de etanol de segunda geração derivado de biomassa de cana-de-açúcar até o ano de 2020, o que elevará o mercado brasileiro a uma posição única”, disse o executivo. Riisgaard declarou ainda que, atualmente, 7% do total do consumo de gasolina está baseado no biocombustível, que possui potencial de crescimento de pelo menos 25%, o que supriria a necessidade global para o transporte até 2030. “Tanto a União Européia quanto os EUA têm uma forte demanda pelo biocombustível de segunda geração, e nós acreditamos que o Brasil está perfeitamente apto a abocanhar uma grande fatia deste mercado.”

Oportunidade para o Brasil: No ano passado, a UE dobrou o volume das suas importações de biocombustível, fornecido na sua grande maioria pelo Brasil. O mercado de exportação está crescendo rapidamente, devido ao compromisso político dos EUA e da UE em criar um setor de transportes mais limpo, apoiado pela legislação que cria uma demanda global e coloca o Brasil numa posição de mercado privilegiada. As leis norte-americanas e europeia favorecem o biocombustível produzido com resíduos em vez de matérias-primas alimentares.

A Novozymes e o seu parceiro brasileiro, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), estão investindo pesadamente no desenvolvimento desse tipo de combustíveis e até já receberam um aporte de 1,6 milhão de euros da UE, para financiar pesquisas e desenvolvimento. O acordo com os países europeus visa alcançar menores custos na transformação da biomassa em etanol.

No Brasil, a percentagem de bioetanol usado no combustível de transporte já chega aos 50%, um nível muito maior do que os 7% nos EUA, 2% na China e 1% na Europa, colocando o país em primeiro lugar disparado. Os investimentos globais em etanol aumentaram significativamente nos últimos oito anos, passando de US$ 430 milhões em 2001 para US$ 14 bilhões em 2007.

Ethanol Summit 2009: O evento tem a participação de 140 palestrantes e traz centenas de participantes do mundo todo, inclusive pesquisadores, líderes de empresas e representantes governamentais. Eles debatem o futuro dos biocombustíveis no Brasil, com ênfase especial no biocombustível mais usado no mundo, o bioetanol. [Foto: Steen Riisgaard, presidente mundial da dinamarquesa Novozymes].

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