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06/06/2009 - 12:15

Primavera Editorial publica romance Mohamed, o latoeiro, de Gilberto Abrão

A imigração síria no Brasil do século passado é pano de fundo do livro Mohamed, o latoeiro, de Gilberto Abrão, que será lançado pela Primavera Editorial em outubro de 2009. As peripécias do jovem imigrante, que empresta seu nome ao título do romance de estreia de Gilberto Abrão, deve encantar leitores ávidos por informações históricas e afetivas sobre a presença da comunidade árabe no Brasil. A própria história de vida de Gilberto Abrão, enviado pelo pai aos dez anos para o Líbano, tornou-se matéria-prima para esse romance singular.

São Paulo – A Primavera Editorial lançará, em outubro, o livro Mohamed, o latoeiro, romance de estreia de Gilberto Abrão que aos 10 anos foi enviado ao Líbano pelos pais para estudar o idioma árabe e aprender mais sobre a cultura e a religião muçulmana. Educado em dois mundos distintos – o árabe e o brasileiro – o autor usou sua história de vida para transpor para o papel a trajetória fictícia de Mohamed, um jovem imigrante sírio que chega ao Brasil no início do século passado. O “namoro” de Abrão com a literatura começou na década de 1970, quando passou a escrever contos e crônicas para o jornal Zero Hora e se consolida quatro décadas depois com o lançamento do livro que promete encantar leitores ávidos por informações sobre a presença da comunidade árabe no País. Embora seja uma obra de ficção, há muito de vida real em Mohamed, o latoeiro, que contará com um evento especial de lançamento durante a Feira do Livro de Porto Alegre, além de noites de autógrafos em São Paulo, Curitiba e no Rio de Janeiro.

Investir em novos autores latino-americanos – especialmente os estreantes e com obras que não foram publicadas no Brasil – tem sido uma das linhas editoriais adotadas pela Primavera Editorial. Segundo Lourdes Magalhães, presidente da Primavera Editorial, a editora tem interesse e assumiu o papel sociocultural de “apresentar” ao leitor brasileiro talentos da literatura nacional e estrangeira. “Não aguardamos as grandes feiras do mercado internacional para adquirir direitos das obras, tampouco aguardamos o livro se tornar um sucesso editorial no país de origem. Na prática, contamos com uma rede internacional e informal de leitores com uma visão contemporânea. São formadores de opinião de faixas etárias distintas, gente que antecipa tendências comportamentais, inclusive de leitura”, detalha a executiva, acrescentando que foi dessa forma que selecionou o livro Mohamed, o latoeiro.

Gilberto Abrão - “Segundo meu pai, o fato de eu ter nascido durante a 2ª Guerra Mundial justifica a minha rebeldia e falta de juízo”, conta Gilberto Abrão, que foi educado em um bairro simples de Curitiba, habitado por imigrantes poloneses, ucranianos, italianos, alemães e alguns sírio-libaneses. Aos 10 anos foi enviado pelo pai ao Líbano com a missão de aprender o idioma árabe, a cultura e a religião muçulmana. “Voltei aos 14 anos, fui estudar à noite e trabalhar durante o dia. O colégio não tinha boa fama, pois aceitava alunos já crescidos, rejeitados ou expulsos de outras escolas. No entanto, o prédio anexo à escola abrigava a Faculdade de Direito de Curitiba, onde acompanhei brilhantes conferências de renomados intelectuais e polítcos, de diferentes vertentes e posições partidárias, das décadas de 1950 e 1960”, detalha o autor. Rato de biblioteca, Gilberto Abrão leu os grandes clássicos da literatura nacional e mundial – de Machado de Assis a Franz Kafka – além de velhos jornais de Angola e Moçambique. Em 1962, o autor se alistou como voluntário das Forças de Emergência das Nações Unidas para guarnecer as fileiras de soldados que atuavam na fronteira entre o Egito e Israel. Por ser fluente em árabe e inglês permaneceu por 14 meses na Faixa de Gaza. Apaixonado por uma gaúcha, retornou ao Brasil em janeiro de 1965 para lecionar inglês em uma grande escola de idiomas. No ano seguinte, após obter o licenciamento para abrir uma franquia dessa escola de inglês, migrou para a cidade de Novo Hamburgo (RS). No início da década de 1970 iniciou o “namoro” com a literatura ao colaborar com o jornal Zero Hora, no qual publicava crônicas e contos na coluna Sol e Chuva. “Até me aventurei a tecer comentários políticos e tive a honra de ser censurado pela direção do jornal, que nessas ocasiões colocava anúncios em substituição à coluna”, conta.

Amigos – entre eles a professora Juracy Saraiva, mestre e doutora em literatura – desde 1983 insistem para que Gilberto Abrão escreva um livro. Dividido entre “ganhar dinheiro ou fazer literatura”, sempre escolheu a primeira opção. “Por conta de uma cirurgia no joelho, que me obrigou a ficar 40 dias em casa, decidi aceitar a sugestão da minha esposa e iniciar um livro. Comprei um notebook e comecei a escrever Mohamed, o latoeiro”, afirma, acrescentando que ainda continua dando as aulas de inglês.

Primavera Editorial - Criada em 2008, a Primavera Editorial possui um catálogo formado por obras de diferentes linhas editoriais como romances históricos e sociais, ficção brasileira e estrangeira, e policiais, entre outras. Entre as características da jovem editora estão a inovação e o pioneirismo dos conteúdos, além da qualidade da produção gráfica. Com a proposta de associar a leitura ao entretenimento e lazer qualificado – assim como o cinema, teatro e artes plásticas –, a Primavera Editorial possui um catálogo peculiar, composto por obras de autores nacionais e estrangeiros que têm por linha mestra a produção de uma literatura moderna e de qualidade ímpar, que evoca hábitos e costumes de diferentes povos e épocas; uma literatura instigante e criativa, que se transforma em uma maneira lúdica e pouco convencional de entender melhor a influência das culturas na formação dos povos. Criada na primavera de 2008, a editora lançou títulos de sucesso como La Llorona (Marcela Serrano, Chile), 31 Profissão Solteira (Claudia Aldana, Chile), Solstício de Verão (Edna Bugni, Brasil), A Décima Sinfonia (Joseph Gelinek, Espanha) e As Duas Faces da Abórbora (Caco Porto, Brasil).

A Primavera Editorial é presidida por Lourdes Magalhães, que possui 20 anos de experiência como consultora. No mercado editorial nacional e internacional, a executiva atua há vários anos desenvolvendo parcerias e contratos com agentes literários na avaliação de obras para a compra de direitos autorais, além de participar ativamente de feiras internacionais do setor. Lourdes Magalhães atuou em editoras consideradas referência no mercado como Ática, Scipione, Grupo Abril e Editora Brasiliense.

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