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06/06/2009 - 13:01

A importância dos concessionários

Fórum sobre as perspectivas do mercado automobilístico nacional destaca a força das redes.

Feirões de fim de semana de todas as marcas são uma manifestação inegável do fascínio que os automóveis exercem sobre o imaginário do consumidor brasileiro. Visitá-los tem sido um elixir para quem ainda não reconhece a qualidade de nossos produtos e a vitalidade da rede de concessionários. Atrativos, estes feirões transformaram-se em hábito incorporado por uma massa de consumidores ao decidir-se por uma compra. O que se deduz deste processo é que mesmo no momento em que o fantasma da crise pairou sobre o ânimo geral, foram exatamente estes representantes que permaneceram combativos.

Embora o país esteja tecnicamente em recessão e vendas internas de veículos enfrentando crescimento zero seja eventual motivo de comemoração para alguns especialistas, existe uma ótica mais positiva que é referendada por um segmento atuante. “Não acredito em crescimento zero e no momento estamos mesmo ao sabor das variáveis do IPI”, acredita Marcos Penna, Diretor Comercial do Grupo Sinal – maior concessionário da Fiat Automóveis no estado de São Paulo e um dos maiores do Brasil. “No mínimo eu poderia acreditar em um crescimento de 5 a 6 por cento”.

Quando o PIB – Produto Interno Bruto – cai por dois trimestres consecutivos, está caracterizada a recessão técnica. Para o jornalista especializado Fernando Calmon “apenas Brasil, China e provavelmente Índia reúnem chances de evitar a queda no mercado automobilístico. Europa, EUA, Japão e até nossos vizinhos deverão experimentar tombos superiores a 10%”.

No cenário produtivo o panorama não é estimulante porque os números tendem a cair. Com o cenário externo ruim as exportações estão limitadas e fugindo ao comum, o PIB é que deve vir a reboque dos compradores de carros. Com isto investimentos foram adiados e a meta de produzir 5 milhões de veículos atrasará para cerca de 2015. “O índice de emprego diminuirá em toda a cadeia, salvo as concessionárias e o Brasil dependerá mais do seu mercado interno devido ao excesso de capacidade instalada no mundo”, ainda prevê Calmon.

Durante o seminário “Revisão das Perspectivas 2009” realizado em São Paulo pela Autodata, vários temas foram debatidos à margem da realidade que solidificamos nossa sexta posição mundial no mercado automotivo e termos fechado o último quadrimestre com o recorde histórico de 866.900 veículos comercializados entre carros e comerciais leves. De positivo é que o crédito cresceu 220% entre 2002 e 2008 como um todo e como há queda nos juros e vendas saudáveis, a inadimplência está sob controle. Tanto que o prazo de 72 meses voltou a ser oferecido como estimulo psicológico, já que atrai poucos clientes. Cledorvino Bellini, presidente da Fiat, ao contrário de outros executivos considera importante que o IPI reduzido continue até o fim do ano para garantir que os números de 2008 se repitam. Ele ficaria contente “se houvesse uma retirada paulatina, mês a mês no segundo semestre, que impactaria menos o mercado”. A política de preços da indústria tem sido ferramenta básica, aliada ao crédito em expansão e imposto reduzido, no auxílio às vendas. “O percentual do IPI é fundamental, mas ficou claro que o desconto médio ao cliente final foi maior que o percentual de queda do IPI”, reforça Marcos Penna.

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