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12/06/2009 - 20:12

CTNBio aprova segunda geração de algodão resistente a pragas

Nova tecnologia aprimora o controle de pragas, reduzindo mais o uso de inseticidas, protegendo mais o homem e o meio ambiente.

O algodão Bollgard® II (MON 15985), segunda geração do algodão Bollgard, da Monsanto, foi aprovado hoje (21.05.09) pela CTNBio. A nova tecnologia confere proteção a algumas das principais pragas do algodoeiro – curuquerê do algodoeiro (Alabama argillacea), lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens), lagarta rosada (Pectinophora gossypiella) e lagarta do cartucho ou lagarta militar (Spodoptera frugiperda) -, o que foi possível com a inserção de uma segunda proteína inseticida oriunda do Bt (Bacillus thuringiensis) na planta de Bollgard®. O Bt é uma bactéria encontrada naturalmente no solo e que, por sua ação inseticida, é utilizada na agricultura orgânica há décadas.

O algodoeiro é intensamente afetado por insetos-pragas, principalmente lagartas, que causam danos às plantas e um significativo impacto na produtividade das lavouras. Para o controle dessas pragas, são utilizados inseticidas químicos em pulverizações sobre a cultura. Por contar com a expressão de duas proteínas de Bt (Cry1Ac e Cry2Ab2), o algodão Bollgard® II representa para o cotonicultor uma nova opção para o Manejo da Resistência de Insetos (MRI), possibilitando uma diminuição do número de aplicações de inseticidas, o que torna a cotonicultura mais sustentável, com melhor produtividade e, ao mesmo tempo, conservando mais os recursos naturais.

Ensaios de campo conduzidos no Brasil pelo Departamento Técnico da Monsanto e aprovados pela CTNBio mostraram que, em média, na lavoura de algodão Bollgard® II são feitas 2 aplicações de inseticidas a menos do que no Bollgard® e 4 a menos do que no algodão convencional.

Menor uso de inseticidas significa menor quantidade de embalagens descartadas, menor uso de maquinário e, consequentemente, menor queima de combustível fóssil. Outro fator importante é o potencial para a preservação de populações de insetos benéficos nas lavouras de algodão Bollgard® II em comparação às lavouras de algodão convencional, uma vez que esses insetos benéficos não são alvos das proteínas Bt e se beneficiam, portanto, de um ambiente agrícola com menor aplicação de inseticidas.

A redução do uso de inseticidas químicos nas lavouras de algodão Bollgard® II reflete também nos custos de produção, com economia e aumento da rentabilidade, e também possibilitando a redução dos níveis de intoxicação de agricultores, o que beneficia especialmente os pequenos produtores.

O algodão Bollgard® II já é plantado nos Estados Unidos, Austrália e Índia, tendo seu cultivo comercial aprovado no Brasil pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em 21 de maio de 2009. No País, o algodão Bollgard® é cultivado desde 2005 e ocupou uma área de 90 mil hectares na safra 2008/2009. O algodão Roundup Ready®, tolerante ao herbicida glifosato, foi aprovado pela CTNBio para plantio comercial em setembro de 2008.

Próximos passos - Os próximos passos antes da comercialização da nova tecnologia são o registro das variedades de algodão no Ministério da Agricultura e a multiplicação das sementes. A Monsanto espera que o cotonicultor brasileiro já possa desfrutar dos benefícios desta nova tecnologia a partir de 2010.

Aumento da eficácia de controle - Experimentos conduzidos pela Monsanto com o algodão Bollgard® II em estações de pesquisa no Sudeste e Centro-Oeste do País apontam elevados níveis de controle do curuquerê do algodoeiro (Alabama argillacea), lagarta das maçãs (Heliothis virescens) e lagarta rosada (Pectinophora gossypiella), de forma significativamente superior, quando comparado ao sistema de controle através de inseticidas químicos sobre cultivares convencionais, além da supressão da lagarta do cartucho ou lagarta militar (Spodoptera frugiperda), conforme apresentado no XXII Congresso Brasileiro de Entomologia, ocorrido em agosto de 2008, em Uberlândia (MG). “Em nenhum momento, as populações de lepidópteros atingiram o nível que precisasse de controle no algodão Bollgard® II e pulverizações de inseticidas químicos para a complementação do seu controle mostraram-se desnecessárias”, explica Fabiano Ferreira, gerente de Biotecnologia em Algodão da Monsanto.

A eficácia de controle de lepidópteros pelo algodão Bollgard® II foi comparada com sistema padrão de pulverização de inseticidas químicos sobre o algodão convencional. A flutuação populacional dos insetos que infestaram as parcelas dos experimentos, assim como a extensão dos danos causados às estruturas vegetativas e reprodutivas das plantas, foram avaliadas periodicamente, durante todo o ciclo da cultura. O algodão Bollgard® II ou convencional foram monitorados, pulverizados e avaliados separadamente. Foram realizadas pulverizações com inseticidas químicos sempre que a população de insetos de uma espécie de aproximava do nível de dano econômico, conforme as práticas do manejo integrado de pragas. | Andréia Vitório.

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