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13/06/2009 - 07:55

Banco Central: relatório aponta resistência de bancos brasileiros

São Paulo- Os bancos brasileiros mostravam, no final do ano passado, "elevada resistência" às oscilações no risco de crédito e nas taxas de juro e de câmbio, apontou o Banco Central em relatório semestral sobre o sistema financeiro divulgado no dia 12 de junho (sexta-feira).

O Relatório de Estabilidade Financeira mostrou que, apesar da piora da crise global, o Índice de Basiléia subiu durante o segundo semestre do ano passado, de 15,5 para 17,5 por cento.

O índice, baseado na relação entre o patrimônio de referência dos bancos e o risco assumido por eles, deve ser de no mínimo 11 por cento no Brasil.

"O teste de estresse demonstrou que somente um cenário extremo, que combinasse choques nas taxas de juros, de câmbio e elevação de risco de crédito, faria com que o universo analisado apresentasse um índice médio de Basiléia inferior aos 11 por cento", informou o BC em nota.

Neste cenário, o índice atingiria 10,7 por cento -que ainda é superior ao recomendado internacionalmente, de 8 por cento.

O BC ponderou, no entanto, que "a priori" a elevação do Índice de Basiléia não pode ser tomada como uma melhora na capitalização dos bancos --já que "contribuíram para essa melhora mudanças normativas ocorridas no segundo semestre".

O relatório do BC avaliou ainda que, durante o período mais agudo da crise financeira internacional, não foram detectados eventos que acarretassem mudança nas estratégias organizacionais das instituições brasileiras.

"As decisões sobre aquisição, associação ou fusão ocorridas no segundo semestre decorreram de eventos iniciados antes da crise", acrescentou o BC.

“Mas que a condução adequada das políticas econômica e monetária contribuiu para minimizar os reflexos da turbulência no setor financeiro e, por extensão, nos setores produtivos do país. O REF destaca as medidas adotadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central, como os incentivos à aquisição de ativos dos bancos de pequeno porte pelos de médio e grande porte e a redução dos recolhimentos de depósitos compulsórios, que contribuíram para o restabelecimento do volume de liquidez do sistema e para a manutenção das concessões de operações de crédito.

Além disso, avaliando a organização do SFN, o relatório verificou que, durante o período mais agudo da crise financeira internacional, não foram detectados eventos que acarretassem mudança nas estratégias organizacionais das instituições financeiras brasileiras. As decisões sobre aquisição, associação ou fusão ocorridas no segundo semestre decorreram de eventos iniciados antes da crise”, avaliou o relatório.

"Num período superior a um mês, a liquidez desse segmento foi 10 por cento inferior ao estimado para suportar situações de estresse de liquidez", mostrou o relatório, acrescentando que as medidas adotadas pelo governo ajudaram na melhora das condições do sistema.

Os testes de estresse são realizados mensalmente pelo BC com mais de 100 instituições e visam avaliar a solvência de cada instituição após a aplicação de cenários distintos. | Por: Daniela Machado/Reuters e Fator Brasil.

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