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16/06/2009 - 14:28

Síndrome de avestruz

Na mitologia popular, o avestruz é um animal que diante de qualquer problema ou dificuldade enfia sua cabeça em um buraco para se esconder, como se isso fosse salvá-lo da adversidade. A cabeça protegida, mas o corpo totalmente exposto.

Nos dias de hoje, percebemos muitos avestruzes na vida corporativa. Organizações que optam por enfiar a cabeça em um buraco e não crescer, e profissionais que, diante dos desafios e tempestades, fecham os olhos na esperança que os problemas passem e eles saiam ilesos.

Quantas empresas, olhando somente para o escuro do buraco, não percebem as oportunidades que podem surgir durante as crises e com isso, deixam de conquistar e de crescer, oferecendo sempre os mesmos produtos e serviços que as tornaram conhecidas no mercado? Não inovam, acreditando que a reserva de mercado vai garantir-lhes a sobrevivência. Mas o mercado não caminha nessa toada. Empresas de renome internacional detentoras de marcas consolidadas, que demoraram um pouco mais para perceber a necessidade de mudança e adequação aos novos tempos, sucumbiram, ou às duras penas se reestruturaram após prejuízos financeiros e de imagem.

Um exemplo que ilustra esse fato é o caso de uma grande empresa do ramo de copiadoras. Nos anos 60, a marca, mundialmente famosa, teve um crescimento muito forte e atingiu, nos anos 70, uma participação no mercado da ordem de 80%. Porém, surge nos anos 80 uma nova fábrica, que oferece ao mercado copiadoras a preços altamente competitivos. Para se ter uma ideia da situação, os preços dos produtos oferecidos ao mercado por essa nova fabricante eram mais baixos que os custos de produção da gigante do setor.

Não é difícil imaginar o resultado da entrada desse novo concorrente: uma empresa que dominava o mercado, com uma marca consolidada, é obrigada a assistir uma diminuição drástica em sua participação, chegando a um “market share” de 30%, acompanhada por uma queda vertiginosa de suas ações na bolsa. Ineditismo, reconhecimento mundial e solidez não garantiram posição de conforto ou reserva de mercado à empresa.

Mas não somente empresas passam por esses momentos, muitos profissionais perderam e continuam perdendo grandes chances por terem medo dos desafios, do inesperado. Por não querer lidar com os problemas e adversidades, diante de qualquer situação conflituosa, correm para enfiar a cabeça em um buraco e esperam que o “vendaval” se acalme.

Há ainda aqueles que vivem constantemente olhando para si mesmos, com a cabeça enfiada em algum buraco, não se relacionando com outras pessoas, com medo de se apresentar ao mercado, de fazer parte e interagir com o sistema. Eles esquecem que o crescimento pessoal e profissional advém das relações sociais.

Quantas profissões desapareceram ou foram incorporadas pela tecnologia e quantos profissionais ficaram sem colocação no mercado de trabalho por terem sido avestruzes, com suas cabeças enfiadas na terra, achando que assim os desafios passariam e tudo voltaria ao normal? Com essa atitude não se desenvolveram, não criaram condições de empregabilidade e, portanto, não conseguiram permanecer no mercado corporativo.

O profissional que quer se desenvolver, adquirir novas competências e lutar pela sua empregabilidade não pode simplesmente se esconder dos problemas ou de novos desafios, sendo resistente às mudanças. Se diante dos problemas enfiarmos a cabeça em um buraco, corremos o risco de não achar soluções e sermos açoitados sempre pelo mesmo vento, nos tornando especialistas na resolução dos mesmos conflitos e, assim, não saímos do lugar.

O mercado corporativo não precisa de avestruzes e sim de visionários, de sonhadores, de líderes que enxergam novas oportunidades, mesmo em tempos de crise, e partem para a luta. Pessoas que não desistem no primeiro tropeço, mas continuam correndo atrás de seus sonhos.

Ainda que a tempestade pareça muito forte, tire a cabeça do buraco e enfrente-a. Enfrentando-a, aprenda com ela.

. Por: Márcio Camargo, mestre em Ciências e Práticas Educativas com MBA em Gestão de Operações, Produtos e Serviços, pedagogo e coaching, possui dez anos de experiência na área de gestão educacional. Atualmente é diretor da Escola de Negócios da Universidade Positivo.

Perfil da Universidade Positivo – A Universidade Positivo materializa, na Educação Superior, a excelência que o Grupo Positivo alcançou na oferta de educação. Para assegurar uma sólida formação profissional, com base nos valores do saber, da ética, do trabalho e do progresso, e adequada às exigências do mercado de trabalho, mantém parcerias com entidades e instituições públicas e privadas. O câmpus Ecoville foi especialmente projetado com o objetivo de integrar as modernas instalações físicas à preservação do meio ambiente. É nesse câmpus modelo, comparável às melhores instituições internacionais, que a Universidade Positivo oferece cursos de Graduação, de Pós-Graduação e Pesquisa e de Extensão. O Centro Tecnológico da Universidade Positivo, com sede no câmpus Ângelo Sampaio, tem uma proposta diferenciada e oferece Cursos Superiores de Tecnologia de curta duração, para quem busca formação sintonizada com as necessidades do mercado de trabalho. Na Graduação, a Universidade Positivo ainda conta com a Escola de Negócios, que tem como objetivo ser referência no desenvolvimento do ensino de Negócios. Por meio de clínicas, a instituição presta um importante serviço à comunidade com atendimento gratuito em várias áreas. O mesmo acontece com o Hospital da Cruz Vermelha, que triplicou sua estrutura física e duplicou sua capacidade de atendimento, graças à parceria, firmada em 2004, com o curso de Medicina. O Grupo Positivo, do qual a Universidade Positivo faz parte, é a maior corporação de Educação do Brasil, conta com mais de 7,5 mil colaboradores e mantém negócios em países da América, da Ásia, da África e da Europa. [Na Internet: www.up.edu.br].

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