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20/06/2009 - 12:03

Fator humano é determinante no sucesso das fusões e aquisições

Acompanhamos com bastante preocupação todas as aquisições que tem se tornado moda nestes tempos de crise financeira mundial. A UGT (União Geral dos Trabalhadores) e o Sindicato dos Comerciários de São Paulo vigiam cada aquisição ou fusão de olho nos empregos, que sempre são ameaçados, direta ou indiretamente.

Caso não se estabeleçam critérios transparentes de acomodação dos respectivos capitais humanos envolvidos nas fusões ou aquisições, os novos donos do empreendimento, sejam eles fundos de pensão, acionistas estrangeiros ou grandes bancos vão começar a perceber, na própria condução do empreendimento, a atuação organizada da UGT, que trabalhará a favor do respeito, da dignidade e pela preservação das vagas de nossos trabalhadores e trabalhadoras.

A moda das fusões e aquisições teve destaque neste primeiro semestre com com a união de Perdigão e Sadia, que originou a BR Foods, e a incorporação do Ponto Frio pelo Pão de Açúcar.

Texto publicado no site[ www.administradores.com.br ]e assinado pela jornalista Karin Sato, da InfoMoney, destaca que o ponto central no sucesso de qualquer aquisição ou fusão passa pelo gerenciamento eficiente do capital humano.

"Para evitar que se repita o índice de quase 80% das empresas que não atingiram ou não ultrapassaram todas as metas estabelecidas nas últimas operações de M&A (mergers and acquisitions, ou fusões e aquisições), a atenção ao capital humano é fundamental e o principal obstáculo para que a nova empresa atinja o sucesso. São dificuldades, por exemplo, de integrar culturas e de selecionar líderes. Muitas empresas perderam líderes fundamentais ao seu desenvolvimento e crescimento, porque se descuidaram nos cem primeiros dias", alerta Emerson Soma, diretor-geral da Hewitt Associates no Brasil, multinacional especializada em recursos humanos.

A UGT está em contato com os grandes grupos neste processo de fusão e aquisição porque temos acesso diferenciado ao capital humano que é essencial para o sucesso dos negócios em andamento. Porque entre a intenção estratégica de se incorporar uma empresa e se conseguir o sucesso de complementação cultural, de práticas gerenciais e manter todo mundo motivado há uma distância imensa.

É neste meio de campo que atuaremos como lideranças sindicais, com prática de relacionamento cotidiano com os trabalhadores e trabalhadoras, conhecedores que somos de suas aspirações.

A UGT está disposta a ajudar, desde que as premissas de respeito ao que o profissional agregou à qualquer uma das partes envolvidas na fusão ou aquisição sejam destacadas e negociadas, com transparência, em caso de redundância.

Todo mundo sente no ar a demissão quando ocorrem redundâncias. Nenhum trabalhador (ou trabalhadora) quer atuar numa empresa em que ele e seu colega tenham exatamente a mesma função. E em que um deles fique sobrando sem ter o que fazer.

Mas não aceitamos e estamos nos organizando para interferir de maneira clara no processo de fusão é o desrespeito profissional ou a demissão arbitrária. Ou, ainda, as manipulações que desconsideram o que foi agregado ao longo de anos, através de dedicação profissional, implantação de novos projetos, desenvolvimento de produtos ou serviços.

A UGT tem consciência que pode interferir positivamente para preservar investimentos astronômicos. No ano passado, por exemplo, ocorreram 53 fusões e aquisições que movimentaram R$ 24,4 bilhões, de acordo com dados da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).

Qualquer mal entendido na hora do ajuste do capital humano cria um vetor que afeta diretamente o sucesso ou o commpromete toda a operação. Até então, os grandes grupos agiram sem levar em consideração as centrais sindicais, que têm um imenso poder de alavancagem dentro das empresas em processo de fusão, como também junto à opinião pública e nas instâncias do poder público, no Congresso Nacional e no Poder Executivo.

A UGT chega para entrar no jogo para valer. E vai acompanhar bem de perto todas as oscilações, as negociações entre os departamentos e as informações estratégicas que nossos associados já tem nos passado. Buscando sempre o sucesso da fusão ou da incorporação. Mas disposta a interferir para corrigir desvios ou injustiças.

. Por: Ricardo Patah, presidente da UGT

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