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23/06/2009 - 10:17

Citi aposta em mercados emergentes para recuperação

São Paulo- O Citigroup espera que grandes mercados emergentes, como o Brasil, liderem a recuperação do banco e sejam responsáveis pelo crescimento futuro, afirmou o presidente-executivo da instituição, Vikram Pandit, nesta segunda-feira.

Durante entrevista a um pequeno grupo de jornalistas na sede do banco em São Paulo, Pandit afirmou que o Brasil está emergindo como uma região importante de crescimento para o Citigroup, agora o terceiro maior banco dos Estados Unidos depois de perder bilhões de dólares em meio à crise de crédito. A empresa espera que os mercados emergentes representem 50 por cento de todas as operações de sua unidade Citicorp.

"Nós trataremos muito claramente os dois temas de crescimento. Um será a globalização e o segundo, o crescimento em mercados emergentes", disse Pandit. "Estamos convencidos de que os mercados emergentes vão separar-se dos mercados desenvolvidos."

O Brasil, maior economia da América Latina, tem sido uma rara região de destaque para o Citigroup nos últimos anos, oferecendo uma fonte estável de receitas durante o maior boom do país em três décadas.

Pandit afirmou que o Citigroup pretende mirar cada vez mais na área de empréstimos ao consumidor no país, estratégia que outros bancos também estão utilizando à medida que cada vez mais brasileiros, além de pequenas e médias empresas, buscam tomar dinheiro emprestado para investir.

Diferentemente de outros grandes mercados emergentes, ou mesmo países desenvolvidos, que dependem de exportações para crescer, a economia brasileira é impulsionada, em grande parte, por demanda local, que deve ajudar o país a enfrentar bem a crise mundial, afirmou Pandit.

"O herói esquecido do Brasil é o consumidor brasileiro", disse Pandit. "O modelo de desenvolvimento para o Brasil será robusto. Não se trata apenas de commodities, não se trata apenas de exportações, mas se trata de desenvolver uma economia local, o consumo local e isso está acontecendo".

O banco aposta no crescimento estável do crédito para o consumidor no Brasil nos próximos anos, à medida que famílias gastem mais com eletrodomésticos e outros bens, e empresas grandes no país busquem mais recomendações para aquisições no exterior, financiamento de comércio e transações no câmbio.

Grande máquina de empréstimos - O Citigroup quer se tornar a "financiadora da vez" no Brasil, disse Gustavo Marin, o presidente-executivo da empresa no país. O banco já mudou sua marca no setor, no Brasil, de Citi Financial para Credicard Financiamentos, usando o mesmo nome que seus negócios de cartões de crédito Credicard. Seus planos são usar a base de dados de clientes da Credicard "para entrar no pedaço de financiamentos", disse.

"Estamos criando uma grande máquina de empréstimos", afirmou Marin. "Isso será um dos motores de crescimento no setor de consumidores que está em andamento".

Pandit acrescentou que a consolidação do setor bancário no Brasil poderá apresentar oportunidades para o Citigroup.

O banco, sediado em Nova York, levantou quase 1 bilhão de dólares por meio da venda da participação na operadora de cartão de crédito Redecard. Em 2008, o Citigroup comprou a corretora Intra, apostando em um crescimento das operações com ações no Brasil.

Pandit fez questão de salientar que os Estados Unidos continuarão como um mercado chave para o Citigroup.

"Nós temos uma forte presença nos Estados Unidos e isso continuará", disse. "Seremos, sozinhos, a maior empresa de serviços financeiros nos mercados emergentes".

Pandit também afirmou que os portfólios de cartões de crédito e de hipotecas do banco continuam sendo desafiadores.

"Teremos de enfrentar as perdas que vierem daí e cobri-las com receitas que estamos gerando", disse Pandit.

As ações do Citigroup fecharam o dia com baixa de 5,36 por cento, aos 3 dólares, em Nova York, seguindo a queda do mercado como um todo.| Por: Elzio Barreto/Reuters.

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